BGS 2013: conferimos The Witcher 3

Durante a Brasil Game Show 2013 conferimos um pouco do terceiro e final episódio final de The Witcher, onde a equipe do CD Projekt RED decidiu transforma-lo em uma experiência mais rica e significante para o jogador.  Com a desafiante proposta de redefinir o RPG, The Witcher 3: Wild Hunt conta com todos os principais elementos anteriores da série, mas com a incrível novidade de ter um mundo completamente aberto à exploração.
Talvez fosse somente este detalhe que faltava para transformar o jogo em uma completa experiência onde o poder de decisão pode moldar todos os aspectos de sua jornada. Escolhas estas onde não existe um bem óbvio, deixando o jogador entre decidir matar uma criatura da floresta e, junto com ela, a inocente menina na qual usa de incubadora ou ficar do lado dos anciões e preservar um ser sedento por sangue que já assassinou vários aldeões.

Entre paisagens acinzentadas, vilarejos escondidos nas gigantes montanhas e a batida dos cacos do robusto cavalo, a ambientação se mistura a influencia dos personagens, das criaturas, dos pequenos seres da floresta e a presença de nosso familiar protagonista, Geralt. Suas escolhas se arrastam pelo vasto mapa, entre problemas, conflitos, aliados e inimigos.

E aí que os principais aspectos dos títulos anteriores se encaixam perfeitamente ao mundo aberto de Witcher 3; seja nas principais ou sidequests, em uma simples conversa durante a tarde ou uma venda de peixe nas docas, cada ação causa impacto na história e no mundo do jogo. Sendo assim, com as diferentes combinações de fala, de ações, decisões e tudo que sua consciência permitir fazer, é possível ter um total de até 36 finais diferentes.

Você separaria um casal apaixonado? Revelaria a traição de um cidadão a Nilfgaard ou guardaria este segredo? E se ele fosse caçado? Não importa a escolha, Geralt precisa estar pronto para enfrentar todas as consequências e, principalmente, as mudanças geradas por ela. Precisa vender seu peixe em outras terras? Simples. Livre o vilarejo daquele monstro e libere a rota de comercio, veja tudo prosperar. As escolhas ressoam neste enorme mundo aberto, mas cuidado. Algumas podem ser imediatas, já outras podem demorar a chegar.

Mas a realidade dos eventos não param por aí. Além de todas as quests afetarem o mundo do jogo, eventos aleatórios também acontecem a todo o momento, e cabe ao jogador decidir se salvará o cidadão do ataque de bandidos de outra cidade ou passará na frente como se nada tivesse acontecido. Lembrando que, todas as ações têm consequências, ajudando ou não.

Mas Geralt conta com toda a assistência de um excelente sistema de combate onde o jogador tem total liberdade para utilizar e combinar os elementos tradicionais do RPG com grande velocidade e um controle completo de sua lâmina. Como um verdadeiro guerreiro bruxo, nosso protagonista dos cabelos prateados pode liberar novos golpes, utilizar o ambiente a seu favor durante o combate e ainda preparar armadilhas ou até envenenar sua espada. Uma forma mais expandida do sistema de combate de The Witcher 2, mas com mesma essência.

As paisagens, além de belíssimas, não demoram a carregar, sendo possível explorar sem interrupções, com enorme sensação de espaço aberto e liberdade. Muito grande as distâncias? Sem problemas. Por mais que seja possível explorar os quilômetros em detalhes no mapa, o jogo conta com um sistema de Fast Travel que permite voltar mais rápido aos locais que visitou. Não apenas isto, mas o sistema de economia do jogo é quase real, sendo possível vender, comprar e experimentar preços e produtos diferentes dependendo da região e das ações realizadas em jogo como derrotar criaturas, vilarejos e quase infinitas possibilidades.

Assim, o mundo vive sem você. Interage, muda, se mescla, mas vive perfeitamente e se altera sem o jogador, reagindo a acontecimentos e até ao clima. Não apenas os cidadãos, mas as florestas e climas são afetadas por criaturas, onde um simples Leshen pode transformar a paisagem de uma encantadora floresta em uma devastada imagem de filme de terror.

E caso as criaturas sejam diferentes ou fortes demais, é possível contar com a ajuda de uma base de dados sobre elas, ver suas fraquezas, seus pontos fortes e os principais dados antes de enfrenta-las. E ainda ter a ajuda do seu Sentido de Bruxo e perceber detalhes não vistos a olho nú. E Gerald vai precisar de toda a ajuda possível, já que a IA do jogo foi melhorada, os inimigos podem se comunicar entre sí, coordenar esforços e até combinar ataques em conjunto. Mas a vantagem é que os monstros não evoluem com o jogador e Geralt pode usar tudo do ambiente para ter vantagem entre os combates combinando suas três especialidades de Espadachim, Mago e Alquimista, criando personagens híbridos e únicos.

A experiência cinematográfica de The Witcher 3 permite que o jogador encerre conversas quando quiser sem skip, mas interrompendo a conversa chata dos NPCs. Você pode sussurrar um segredo, entregar itens e conversar quase que naturalmente com todos os habitantes.

Detalhado e com um mundo extremamente vasto e realista, a proposta de The Witcher 3 é uma atmosfera e ambientação superiores aos anteriores da série, mesclando seus melhores elementos e atirando-os neste gigante mundo aberto de possibilidade e principalmente consequências. A CD Projekt RED confirma o jogo legendado em português e, dependendo do mercado, uma possível localização completa.

The Witcher 3 chega ao Xbox One, PS4 e PC em 2014.

Fonte: FinalBoss