[Crítica]- Em Ritmo de Fuga

Em Ritmo de Fuga é surpreendente bom, principalmente em seu desenvolvimento que é bem dinâmico. A grande maioria das cenas do filme são de ação eletrizantes, já as outras são mais dramáticas. Essa combinação faz com que o filme flua livremente sem ficar chato ou tedioso, e parecendo que é um filme bem rápido quando na verdade tem 2 horas de duração.

Se tratando de um filme de ação obvio que os efeitos especiais dele seriam muito bons, de fato. Mas como se trata de um filme onde a maioria dos momentos são dentro de carros até que as quantidades de efeitos são mínimas. O grande diferencial é que assim como a saga Velozes e Furiosos a maioria das manobras com carro são feita sem assistência de CGI, fazendo assim com que o filme seja mais real. Isso é algo bem legal, por que não fica aquela coisa chata de efeitos especiais pulando na tela a cada minuto, com cenas de explosões gigantes tipo Transformers. Falando agora da parte dos carros, especificamente as manobras em alta velocidade que são uma das coisas mais legais do filme, já que não são exageradas e em grande quantidade, fazendo assim serem de uma maior qualidade. Tudo isso misturado com uma excelente fotografia e uma palheta de cor muito bem escolhido, fazendo o filme ser mais escuro em determinados momentos e ser mais “alegre” em outros. O mais engraçado é que Em Ritmo de Fuga não é um filme para ser assistido em 3D ou em IMAX, mesmo sendo considerado um filme de ação. Mas de qualquer jeito esse não é o maior ponto forte desse filme.

O mais importante nesse filme não são os efeitos, o roteiro ou os personagens e sim a música. Ela é coisa mais importante nele, já que o personagem de Ainstel em quase todo filme fica usando fones de ouvido. E obviamente que a trilha sonora seria de excelentíssima qualidade, trazendo músicas desde rock clássico, Hip Hop e eletrônica. Tudo isso misturado durante o filme. O melhor é que em quase todos os momentos está tocando música e todas elas são de qualidade. O mais impressionante é que foram feitas músicas com fala de determinados personagens no filme, como por exemplo “ Was He Slow?”. Caso você queira conferir a trilha sonora ela está logo abaixo:

Já o roteiro não é muita coisa, como já é conhecido em filmes de ação. O mais engraçado é que em quase todos os momentos esse Em Ritmo de Fuga me lembrou os primeiros filmes da saga Velozes e Furiosos, aonde a história estava ligada diretamente com os carros. Porém ela não é muita elaborada, e tem vários furos (que possivelmente serão explicados em uma continuação do filme). O começo do filme temos um objetivo desconhecido e ao passar do filme vamos conhecendo esse objetivo e quando descobrimos tudo e começa se encaminhar para o final, a história muda drasticamente, sem mais nem menos. Ela simplesmente muda de rumo se transforma em mais um “Duro de Matar” do que outra coisa, e quase toa a essência de um filme de carros se perde para um filme de ação convencional. Isso para mim complicou muita o entendimento final da trama. Os personagens são bons, alguns destaques são para o personagem do Ansel Elgort que faz o papel do Baby, Baby possui um par romântico com a atriz Lily James (Debhora). Porém os dois não são nada convincentes como par romântico. Sendo aquele casal clichê de filme dos anos 80.

A atuação é muita boa, principalmente para o Ansel e para o mito do Kevin Spacey. O mais engraçado é que o filme toco eu fiquei olhando para ele e pensando que ele estava fazendo o papel do presidente Frank Underwood da série House of Cards. Não sei se é pela semelhança entre o Doc e o presidente na série ou se eu cismei com o ator. Já os outros coadjuvantes não são de impressionar, mas mantem uma atuação boa.

Confira o trailer legendado logo abaixo:

Em Ritmo de Fuga chega aos cinemas brasileiros em 27 de julho