[Análise]- Need For Speed: Payback

Quando se fala sobre jogos de carro se pensa logo em Need for Speed, um do senão o mais icônico jogo de corrida de todos os tempos, e depois de alguns deslizes em outras edições do jogo a EA lançou o tão aguardado Need for Speed: Payback. Confira a nossa análise do jogo logo abaixo:

A sua jogabilidade é algo estranho, sempre fui acostumado a jogar jogos de corrida, desde Gran Turismo, até Need for Speed. E no Payback é meio estranha, começando com os comandos que até então são bem simples, o único problema é que em alguns momentos eles demoram para responder, atrapalhando assim o próprio gameplay. Outra coisa é como cada carro reage aos comandos, me pareceu que todos os carros (do mesmo estilo) estavam com a mesma dificuldade de se dirigir. A um grande problema que é que em diversos momentos durante o gameplay o jogo tem queda de FPS, fazendo assim o jogo ficar mais lento, mas isso logo volta ao normal. O grande problema é que isso é algo corriqueiro dentro desse jogo fazendo assim algo virar algo chato que incomoda os jogadores.

Need For Speed: Payback é como se fosse um RPG de carros, onde temos diversos carros e cada um deles tem um nível diferente do outro, vale lembrar que não é só por que um carro custa mais do que o outro que ele necessariamente. Dentro do jogo além de poder comprar diversos carros de diversas marcas diferente, só que temos que fazer upgrades no carro toda as vezes que possível, por que assim que vamos ganhando corridas os níveis de dificuldade vão aumentando, e aí é onde o perigo mora. Essas speed cards (como o jogo se refere a cartas de melhorias dos carros) podem ser comprados em lojas de autopeças dentro do jogo, com dinheiro adiquirido durante as missões OU você pode comprar elas com dinheiro de verdade, ou seja, investindo mais dinheiro em um jogo que teoricamente deveria oferecer tudo já na primeira compra. E isso foi o que gerou mais revolta entre os jogadores, já que não é nada barato as Speed Cards que o jogo oferece, e o pior de tudo é que cada carta só pode ser usada em um veículo, obrigando assim o jogador a comprar mais, criando assim um mercado de micro transações.

Os gráficos são muito bons, como sempre nos jogos da EA, além de serem belíssimos são extremamente caprichados, sendo muito detalhado. A coisa mais legal para mim graficamente dentro do jogo é o por do sol que é simplesmente maravilhoso e bastante realista, as paisagens que vemos durantes nossas viagens ou corrida também são bastante impressionantes, de tão bonita que são. Mas há também alguns erros, e são constantes, erros na renderização, tanto de mapa quanto de carro, fazendo assim carros brotarem na sua tela do nada e sem motivo algum, atrapalhando sua corrida, ou quando você entra em um túnel e ele ainda não foi totalmente processado pelo jogo, e acaba virando um “túnel invisível”, outra coisa é quando o SEU próprio carro acaba desaparecendo, assim transformando em uma espécie de jato da Mulher Maravilha, só que em forma de carro. E a pior coisa de todas, que não podemos deixar para trás é que o jogo no Playstation 4 simplesmente trava e fecha sozinho, isso comigo aconteceu mais de 2 vezes.

A trilha sonora é algo maravilhoso em todo o jogo da saga Need for Speed, e nesse não é nada diferente. Contendo em sua maioria músicas de rap, porém diversificando de vez em quando para alguns outros estilos. O mais bacana é que desde o Need For Speed de 2015 contamos com músicas brasileiras, e agora também temos. O trabalho da música ficou na mão do grupo de rap Haikaiss, com a música Rap Lord. Caso queira escutar a trilha na integra confira ela logo abaixo:

A história em jogos de corrida nunca foi o ponto forte, e a história se repete em Payback. Temos 3 corredores, Tyler, Mac e Jess que são traídos por até então uma amiga chamada Lina Navarro e tem como o objetivo a vingança (por isso do nome Payback). E todo o jogo é baseado nisso. A história além de ser rasa tem vários pontos sem conexão e personagens fraquíssimos, onde aparecem em determinado momento do jogo e depois nunca mais aparecem ou só são citados no final da campanha. O maior dos problemas é que a história é contada por meio de diálogos fora e dentro de cutscenes, porém as cutscenes são bem poucas e só sobra um momento para a história ser contada. Dentro do carro durante as corridas. O pior de tudo não é isso, é que se você não manja dos paranaue da linga inglesa só ouvindo um diálogo, você é praticamente obrigado a ler as legendas (que graças a Deus está em português) fazendo com que o jogador desfoque totalmente da sua corrida. Mas como o estilo de jogos de corrida não é focado em uma boa história não podemos pegar tão pesado com eles nesse até então grande quesito.

O jogo está quase que inteiramente em português, com as interfaces do menu em português e as legendas, porém o áudio ainda se mantem em inglês, coisa que é CRUCIAL para um jogo de corrida, onde você precisa escutar e entender o dialogo entre os personagens para entender a história por completo. Isso acabou me decepcionando, pois já estamos no final de 2017 e vemos ainda empresa como a EA se negando a dublar um jogo Triple A, num cenário onde os grandes jogos lançados quase todos vem com a dublagem para o Brasil.

No final Need for Seepd: Payback é mais um jogo dessa gigantesca série de jogos que falham em vários pontos, tanto com gameplay quanto os inúmeros bugs e as loot boxes. Infelizmente os grandes fãs da saga irão ter que esperar mais um tempo para terem um jogo tão bom quanto os primeiros jogos da franquia mais amada de corrida.

Confira o trailer do jogo logo abaixo:

Need for Speed: Payback já está disponível para Playstation 4, Xbox One e PC.

O jogo foi testado em um PS4 e dado pela EA para análise.