[Crítica]- Me Chame Pelo Seu Nome

 

Com o começo da temporada de premiação do cinema, os maiores concorrentes ao prêmio de filme do ano começaram a dar a cara aqui na nossa terrinha. O primeiro deles é o Me Chame Pelo Seu Nome. Confira o que achamos do filme.

Me Chame Pelo Seu Nome é o típico filme indie, isso em todos os aspectos, mas já chegamos lá. Primeiro podemos falar de como a história se desenvolve. Como já é de esperar em um filme de drama, a história é contada de uma maneira lenta, principalmente no primeiro ato, no segundo ato mantemos a mesma lentidão, dando impressão que o filme é chato e extremamente demorado (mesmo contendo duas horas e onze de duração), porém tudo muda com a chegada do terceiro ato, que não só da um gás ao filme, como transforma o mesmo em algo mais animado e se mantem assim até a sua conclusão geral, no final do filme.

Já que estamos falando de um filme onde não houve um grande orçamento (cerca de 3.5 milhões de dólares) não podemos esperar uma grande quantidade de efeitos, já que o filme também não é voltado para essa parte, estamos falando de um filme drama, que o uso de VFX é quase que nulos, salvos em alguns momentos.

A fotografia é um dos pontos mais fortes do longo, sendo simplesmente linda, com um jogo de câmera e ótimos planos, e uma paisagem muito bonita fazem com que o filme seja muito bom visualmente. Porém temos um pequeno problema que são os cortes que tem no filme, que além de estranhos e fora da hora alguns até mesmo não tem muito sentindo, mas isso acaba passando batido para aqueles que apenas estão a procura de uma diversão.

A trilha é outra coisa que foi aplaudida por todos, misturando músicas românticas, com musicais instrumentais principalmente tocada no piano, fazem com que a trilha seja espetacular. Caso queira, você pode conferir a trilha sonora logo abaixo:

Me Chame Pelo Seu Nome não é definitivamente um filme onde você pode levar uma criança para assistir, além de contarmos com uma trama que é difícil de entender, temos também algumas cenas inapropriadas para o público mais novo. O maior problema não o tema que o filme aborda, e sim as cenas de sexo que são quase que inteiramente desnecessárias dentro do longa, fazendo ser apelativo. No final de tudo temos uma história de amor entre dois rapazes, um de 17 anos chamado Elio e outro de 24 anos chamado Oliver. Porém o filme não se trata de sexo, namoro ou algo do tipo. É mais sobre o personagem principal (Elio) descobrindo sua sexualidade e se fazendo a pergunta, “será que eu sou gay?”. E é assim que a trama se desenvolve, com altos e baixos partindo de uma situação que é concluída com um desfecho abaixo do esperado pelo o espectador. Além disso tudo o filme deixa uma pequena brecha para uma continuação, coisa que o diretor do filme, Luca Guadagnino já se mostrou interessado em realizar, mas isso só para daqui alguns anos.

A atuação em geral é muito boa, dando créditos ao personagem principal, o Elio Perlman que é interpretado pelo jovem ator de 22 anos Timothée Chalamet, que realmente rouba a cena em todos os momentos, me pareceu que o ator se acostumou com o personagem muito bom. Também temos o Oliver, que é interpretado pelo  já conhecido, Armie Hammer que também é bom, mas não consegue aparecer mais do que o Timothée.

Confira o trailer legendando logo abaixo:

É o verão de 1983 no norte da Itália, e Elio Perlman (Timothée Chalamet), um rapaz precoce de 17 anos, passa os dias na villa do século 17 de sua família, transcrevendo e tocando música clássica, lendo e flertando com sua amiga Marzia (Esther Garrel). Um dia, Oliver (Armie Hammer), um estudante de pós-graduação, chega para ajudar o pai de Elio, como o aluno-visitante anual de verão. Em meio ao esplendor ensolarado deste cenário, Elio e Oliver descobrem a embriagadora beleza do despertar do desejo ao longo de um verão que mudará suas vidas para sempre.

Me Chame Pelo Seu Nome chega aos cinemas brasileiros em 18 de janeiro.