[Crítica]- A Forma da Água

Depois do Globo de Ouro, começamos ver alguns do filmes favoritos nas premiações chegar aqui em terras tupiniquins. Dessa vez foi a vez do tão aclamado A Forma da Água, que foi dirigido e roterizado por nada mais nada menos que Guillermo del Toro. Confira o que achamos do filme logo abaixo:

A forma da Água é sem dúvida nenhuma um dos filmes mais pirados que você vai assistir nos últimos tempos, não só pela sua história, mas pela toda a parte técnica do filme. Começando pelo seu desenvolvimento que é igual em todos os momentos do filme, não temos momentos de mudança de ritimo, é sempre constante e igual e isso se mantem do momento que ela começa até o final.

Quando se trata de Guillermo del Toro logo imaginamos como bonitos serão os efeitos especiais e a fotografia, e sim A Forma da Água tem um dos melhores trabalhos de efeitos especiais do últimos anos, já que temos em todo o filme a presença de uma espécie de peixe que se parece com um humano (em questão de ser bípede) .A maquiagem é muito boa, e os efeitos que fazem possivel o filme inteiro também. Não podemos deixar de citar a fotografia que é um dos maiores pontos do filme, que é bem trabalhada juntamente com a paleta de cor que é em um tom mais cinza, dando a entender que o filme além de ser um romance é algo mais “sombrio” que um simples filme de amorzinho.

A direção como não podemos deixar passar é muito boa, fazendo com que o diretor tenha ganhando o Globo De Ouro de melhor direção. Assim como na grande maioria dos filmes do Del Toro, onde podemos ver um jogo de câmeras muito bom, que deixam até uma cena que tem tudo para ser chata em algo no mínimo legal.

A trilha é uma das coisas mais sensacionais no filme, ela não é original, mas as músicas formam muito bem escolhidas e remetem muito bem aos anos 60/70. Caso queira ouvir a trilha confira ela logo abaixo:

Podemos falar da história que não é uma das melhores coisas, mas tem seus pontos positivos. Em primeiro lugar, esse não é um filme clichê de amor, onde duas pessoas se apaixonam e ficam juntas. Em A Forma da Água falamos sobre um amor entre uma personagem muda chamada Elise, que trabalha em um laboratório nos Estados Unidos no ano de 1962, o problema é que nesse laboratório levam uma criatura bípede em forma de peixe, que acaba se apaixonando pela Elise. No final de tudo vemos que a história definitivamente não é o forte no filme, não é que ela é fraca ou algo disso, ela até chega a ser emocionante em alguns momentos, mas em outros é sem sal e no geral é totalmente previsível. O legal é ver a relação dos dois sendo formada aos poucos. Del Toro consegue em um mesmo filme falar sobre diversos assuntos no minimo polêmicos , inclusive cita religião dos nativos da nossa Amazônia, onde em um determinado momento descobrimos que a criatura é brasileira, e vive em águas nacionais. Fora tudo isso que eu falei a trama em geral é apenas ok. Não espere algo maravilhoso e sensacional nesse quesito porque você irá ter uma grande decepção.

A atuação é muito boa, principalmente da atriz principal Sally Hawkins que interpreta a Elise, que consegue roubar a cena no filme todo mesmo não falando nada. Também temos Richard Jenkins que interpreta o artista Giles que na história é o melhor amigo de Elise e um dos únicos que entendem como é o mundo dela. Fora isso as outras atuações são boas, mas nenhuma de grande destaque como essas.

Confira o trailer legendando logo abaixo:

Do mestre contador de histórias Guillermo del Toro, vem A FORMA DA ÁGUA – um conto de fadas dos mais imaginativos ambientado no cenário dos Estados Unidos na época da Guerra Fria, por volta de 1962. No laboratório secreto e de alta segurança do governo onde trabalha, a solitária Elisa (interpretada por Sally Hawkins) vive presa em uma vida de isolamento. Sua vida muda para sempre quando ela e a colega Zelda (interpretada por Octavia Spencer) descobrem uma experiência secreta. Também estão no elenco Michael Shannon, Richard Jenkins, Doug Jones e Michael Stuhlbarg.

 

A Forma da Água chega aos cinemas brasileiros em 1º de fevereiro.