Análises

One Piece: Grand Battle! não é nem um pouco “grande”

Bom dia, eu sou a Rosie e esse é mais um texto sobre jogos de anime nada a ver. ONE PIECE: Grand Battle, desenvolvido pela Ganbarion, é um dos primeiríssimos jogos lançados sobre a obra, lá em 2001. Sua gama de personagens conta com apenas um que apareceu durante a Grand Line por conta disso. Como esperado, é um jogo de luta de PS1, mas pegando um pouquinho da maior febre da época da 5ª geração: platform fighters.

Naquela época Smash tava com a corda toda e todo mundo queria copiar, mas ninguém tinha coragem de usar o sistema de porcentagem único do jogo e por isso lançou muito jogo ruim… esse é um deles. Com controles nada responsivos, mecânicas entediantes, quase nenhuma profundidade e pouco conteúdo casual, Grand Battle não é um bom começo pra franquia de jogos de luta de One Piece. O bloqueio é duro, agarrões são muito irritantes de acertar, golpes são lentos, Supers são infinitos e os itens são insuportáveis. Grand Battle tem tudo pra ser horrível, e foi.

Na verdade eu gravei uma gameplay completa desse jogo, terminando o Arcade de todos os personagens. Foi risível, pra dizer o mínimo. Toda a gameplay foi carregada pelos comentários entre eu e meu mano Benjamin, sendo um jogo tão ridículo que sequer comentamos sobre ele e falamos mais sobre a vida. Raramente me diverti e isso pode ser bem visto na nossa introdução:

Se não ficou claro, não existe profundidade no jogo. Defender não te dá oportunidade de contra-atacar mas também não pode ser vencida. Throws são horríveis de acertar por sua hitbox inexistente e quase não dão dano. Supers não usam barra e podem ser usados infinitamente até a luta acabar. Não tem combos, mixup, pressão… nada —  você só bate e se acertar, que bom, se não, tenta de novo. Os itens são horrorosos e ficam caindo na sua cabeça no meio da luta, atrapalhando todo mundo e divertindo ninguém. Os golpes duros fazem com que cada vez que você apertar o botão de ataque na hora errada pareça uma eternidade. Tem apenas um botão de ataque com variações direcionais, variações que nem são tão boas. Alguns personagens tem golpes divertidos de usar por conta de animações bonitas ou por serem um pouco mais rápidos que o normal, mas boa parte só cumpre seu papel — dá dano se pegar.

+Leia também: O potencial perdido de Fullmetal Alchemist: Stray Rondo

Ao menos as músicas são boas e os cenários são muito bonitinhos. É um jogo bastante charmoso visualmente, e tenho quase certeza que meu jogo de plataforma 3D vai ter gráficos como esses, mas é só isso que tenho a dizer. A maior emoção que eu senti com esse jogo foi escutar We Are na abertura e nos créditos, uma música que vem direto do anime então não dá pra chamar de mérito do jogo. Entre jogar Grand Battle de novo e comer merda, eu digo: era melhor ter ido ver o Pelé. E comer merda. Boa noite!

Roronoa Zoro
Rosie Moreno

Menina trans, gosto de coisas fofas, Nintendo, FGs e de escrever. Minha escrita é um pouco estranha e não tão refinada, mas espero que eu consiga trazer conteúdo divertido para você.

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Rosie Moreno

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