Hitman sempre foi uma das franquias mais queridas de toda a comunidade gamer fanática pelo gênero stealth, uma saga de jogos que começou lá nos anos 2000 e, depois de enfrentar muitos problemas, está mais viva hoje do que nunca. Em Hitman 3, concluímos a história que nos é apresentado no reboot de Hitman lá em 2016. Será que o Agente 47 terá um final digno dos seus feitos?
Os jogos do Hitman quase sempre foram publicados pela Square Enix, mas isso mudou após o lançamento do Hitman 2 (2018), que foi lançado pela Warner Bros. Games. Em Hitman 3, a IO Interactive decidiu que era a sua hora de não só desenvolver, mas também de publicar o seu próprio jogo.
Hitman 3 não é perfeito em sua jogabilidade, mas chega perto. A fórmula que foi desenvolvida para o reboot da série lá em 2016 foi constantemente aprimorada até chegar ao seu ápice, no desfecho da trilogia. A movimentação é suave e os controles respondem muito bem aos comandos. A única coisa que não é das melhores é mira com armas de fogo, principalmente para aqueles que jogam no controle (como foi o meu caso). Ela é imprecisa com fuzis, escopetas e até alguns tipos de pistola. Enfrentei alguns bugs de movimentação, principalmente quando queria pegar algum objeto e o Agente 47 não conseguia.
O mais legal do jogo é que você é livre para executar a missão do jeito que você bem entender. Quer matar todo mundo com um rifle de assalto? Tudo bem, pode fazer! Prefere esperar o melhor momento para matar na furtividade? Pode fazer! O jogo te dá várias opções de como chegar ao seu objetivo, a única coisa que importa é que você consiga cumprir eles; mas é claro, algumas formas de matar te darão mais pontos e estrelas do que outras, seguindo a tradição do ranking de Silent Assassin. O legal dos jogos do Hitman é o fator de rejogabilidade, que faz com que os jogadores queiram refazer as fases de diversas formas diferentes, o que torna o jogo bastante legal e pouco enjoativo.
Os gráficos foram notavelmente melhorados das versões anteriores, com uma iluminação muito mais bonita, sem contar na presença do ray-tracing. Principalmente em missões onde estamos em cidades grandes, podemos ver a beleza que o jogo tem a nos oferecer. Os rostos dos personagens também foram mais bem trabalhados e dão uma maior impressão de realismo.
Mesmo muitos dizendo que Hitman 3 é o desfecho da história do Agente 47, mesmo que por enquanto, o seu final é deixado totalmente aberto. A história da organização Providence pode até momentaneamente ter acabado, mas outros problemas maiores ainda estão por vim no universo desenvolvido pela IO. O forte do jogo definitivamente não é a sua história, que é contada na sua maioria em cutscenes ou pouquíssimos diálogos durante as missões. Ela é bem fraca e só está lá para justificar os alvos e os objetivos que realizamos.
Um dos maiores pontos negativos do jogo é que Hitman 3 não seguiu o padrão imposto pela Square (e depois pela Warner) em questão de localização para diversos idiomas. O jogo possui, ao todo, quatro idiomas disponíveis para as legendas e português não é nenhum deles. Eu não faço parte do grupinho que reclama que “em pleno 2021 jogos são comercializados no Brasil sem ao menos uma legenda”, mas acho irracional não traduzir um jogo quando suas duas prequels vieram inteiramente localizadas.
Assim como em Hitman 2, ao comprar o pacote mais caro disponível, recebemos acesso a não só o jogo base e alguns itens mas também uma cópia dos dois primeiros jogos, com todas as missões e expansões. Essa é uma boa entrada para quem quer jogar de uma vez por todas as missões da trilogia em um único jogo.
Confira o trailer abaixo:
Hitman 3 está disponível para Playstation 4 e 5, PC, Stadia, Xbox Series e One.
O jogo foi testado em um PC. A cópia foi concedida pela desenvolvedora.