A Acer foi uma das grandes expositoras de destaque BGS 2022, não só pelo seu enorme estande que se destacava com painéis de LED, uma árvore de bastões azuis e telões luminosos, mas também por estar estrategicamente localizada logo na entrada/saída do evento. Bom, por essas coisas e por expor, pela primeira vez no Brasil, alguns de seus novos produtos lançados pela marca internacionalmente.
Os holofotes residiam nos novos monitores com a tecnologia “SpatialLabs” da família Predator, introduzidos no mercado em agosto e chegando ao Brasil para supreender com seu sistema de simulação de imagens 3D usando um sistema de captura ocular com duas microcâmeras. Calma, que a gente explica.
Em resumo, os monitores “Acer SpatialLabs View”, também embutidos nos notebooks “Predator Helios 300“, são capazes de emular um efeito 3D (parecido com do Nintendo 3DS), mas com várias diferenças cruciais: a primeira e mais importante é que QUALQUER conteúdo pode ser convertido e processado pela IA para atingir o efeito de profundidade em múltiplas camadas; ou seja, sua funcionalidade não é restrita apenas a jogos específicos, mas até vídeos ou filmes por streaming comuns.
A tecnologia de estereoscopia ainda surpreende por causa da Realidade Simulada (SR) ser integrada às ditas microcâmeras que capturam a posição dos olhos (eye-tracking) para fragmentar a imagem e criar uma ilusão de profundidade de acordo com a posição da sua cabeça, permitindo que o usuário mergulhe no universo do jogo de forma bem mais eficaz que a solução precária que o 3DS costumava utilizar, não limitando o campo de visão do jogador como o portátil da Nintendo fazia.
Enquanto dispositivo introdutório de uma tecnologia que eu acredito poder ser revolucionária para o mercado, os monitores ainda tem alguns problemas claros. Um dos mais gritantes seria o “bleeding” ou efeito fantasma que as camadas dos jogos criam, uma espécie de “sombra” em volta de cada geometria, espaço esse que serve de respiro para a imagem reproduzir essa ilusão de “se mover” junto da sua cabeça.
Outro problema é na interação com interfaces 2D (como HUDs ou similares), onde a visualização dos botões fica estranha e ofuscada a depender da intensidade do 3D configurável pelo painel de controle do monitor (deixando claro que não tive tempo de interagir o suficiente com ele). Vale lembrar que os requisitos mínimos e recomendados incluem um computador com placa de vídeo RTX 2070 e processador Intel Core i7, e RTX3070 com uma i9, respectivamente.
Por fim, as telas disponíveis possuem suporte a 90hz e 4K (ou 2K, caso o 3D esteja ativado) mas infelizmente não passam de 15.5 polegadas, o que é satisfatório para o notebook mas pode ser considerado bem abaixo do normal para a média de 24′ nos desktops.
A inauguração dos produtos não para por aí, e trazemos mais um destaque à tona diretamente do estande da Acer: o novo teclado mecânico Predator PKW120 Aethon700, que possui uma funcionalidade espetacular de alternância tátil com o giro de um botão. Em suma, ao manipular a alavanca no canto superior direito do teclado, o usuário pode trocar entre um switch Red e um switch Blue.
Para quem compreende sobre teclados mecânicos, sabe que há uma sutil diferença no feedback tátil e sonoro do teclado: os botões vermelhos “deslizam”, enquanto os azuis possuem uma pequena resistência, um “bump” que faz um clique sonoro característico das máquinas de escrever do século passado.
A adição pode ser útil para pessoas que gostam de um retorno tátil mais suave durante certos jogos, mas que talvez prefiram uma maior resistência na hora de escrever por longas horas (ou vice-versa), se tornando uma adição versátil e interessante ao mercado dos teclados.
Vale ressaltar que esses e muitos outros produtos da Acer estarão disponíveis no site oficial da empresa com até 50% de desconto durante a próxima Black Friday.