Duna é um grande romance de sci-fi, com muita aventura, ação e fantasia, também. Os cenários são interplanetários, e se passam em quatro planetas distintos: Kaitain, sede do império do universo; Giedi Prime, sede da dinastia Harkonnen; Caladan, sede da dinastia Atreides; e Arrakis, onde está a Especiaria e os lendários nativos do planeta. Dividido em três tópicos principais, ou livros – Duna, Muad’Dib e O Profeta , a trama engloba temas relacionados à política, ecologia, religião, misticismo, nomadismo, além de nos conduzir por uma aventura repleta de traições, fanatismo radical, amor, renúncia e amizade.
Eu poderia falar das centenas de coisas legais e interessantes que contém o livro. Duna possui um universo tão rico e cheio de meandros, que é impossível comentar sobre cada um dos seus múltiplos e profundos aspectos em uma resenha, até aqui já enorme, sem escrever um outro livro. As naves, armas, os modos de luta, os poderes de telepatia, os vermes de areia, o povo nômade e místico de Arrakis, os exploradores de especiarias, os navegadores da Corporação, entre muitas outras coisas, são o que há de mais criativo em um livro do gênero. Lendo-o, percebi que muita gente bebeu eu suas águas, ou especiarias. Algumas comparações com Star Wars foram inevitáveis. George Lucas, certamente, leu Duna bem antes de pensar em escrever e dirigir o Episódio 4 da sua saga intergaláctica, de 1977.
A narrativa é muito boa, bem cadenciada, com momentos onde temos visões do futuro que está por vir e mesmo assim queremos saber exatamente como as coisas se desenrolam para chegarmos naquele ponto. E isso é algo bem legal.
Em Arrakis também vive o povo fremen, do qual que eu pretendo falar mais nas resenhas seguintes. Só saibam que eles acolham Paul e criam uma relação estreita com a família Atreides. Passando um pouco para o lado rival dos Atreides, temos os Harkonnen. Preparem-se para uma boa dose de raiva e “tramas por trás de tramas” no meio dos conflitos entre eles.
Duna é, sem sombra de dúvidas, um livro que parece manter-se firme ao longo dos tempos. No decorrer das suas quase 600 páginas, pareceu-me que o livro não havia sido escrito no século passado, e sim alguns anos atrás, até mesmo hoje, tal é a maneira com que são abordados alguns dos assuntos atuais e de problemática mundial (escassez de recursos naturas, religião e política).
Toda a cultura do povo Fremen, o incrível e perigoso planeta de Arrakis, as intrigas políticas de cada capítulo, tudo foi muito bem desenvolvido e deixa o leitor com vontade de saber o que acontecerá nas páginas seguintes.
Duna não é um livro qualquer. Afinal de contas, ele é um senhor de 50 anos que merece toda a nossa atenção e respeito. E tudo o que se disser sobre esse livro ainda não será suficiente; ainda mais se você gosta de sci-fi e fantasia. Considere a sua leitura como obrigatória.
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