Encarcerados chegou em território brasileiro no final do primeiro trimestre desse ano e o livro já traz a responsabilidade de ser tão bom quanto outras obras do aclamadíssimo, John Scalzi, escritor de diversas obras de ficção cientifica. Confira o que nós achamos sobre a sua mais nova obra:
O desenvolvimento do livro é bem bom, começando já de uma forma rápida, mas explicativa, descrevendo o cenário e tudo a sua volta e aos poucos o livro vai ficando mais lento e menos descritivo, mas nada que atrapalhe e transforme encarcerados em um título ruim.
Não teria como falar do livro e não comparar com outros livros de ficção cientifica, comparado a grandes nomes do gênero, Encarcerados consegue ser um ótimo livro, com elementos importantes que os fãs de si-fi gostam e ao mesmo tempo temos uma pegada um pouco diferente, uma pegada policial, fazendo assim com que o livro seja uma ótima obra de ficção mas peca em algumas vezes no drama policial.
John Scalzi é conhecido por criar grandes universos e ótimos livros, como o Guerra do Velho que foi aclamado tanto pela crítica quanto pelos fãs, se transformando em umas das obras mais influentes de ficção dos últimos tempos. E a formula mágica de Scalzi se mantem em Encarcerados, dessa vez temos uma doença que faz com que muitas pessoas morrerem e as que não morrem acabam ficando presas dentro do seu próprio corpo, basicamente como uma pessoa em estado vegetativo, então pesquisadores ao redor do mundo desenvolvem um jeito de transferir a consciência dessas pessoas afetadas com o Haden para uma máquina, que faz com que eles possam agir “normalmente” na sociedade. No livro acompanhamos a história de um recém formando policial do FBI, que quando criança contraiu a doença Haden. E em seu primeiro dia de trabalho acaba se deparando com um assassinado envolvendo um Haden e um integrador (algumas pessoas que contraíram a doença, mas por algum motivo se curaram, e seus cérebros sofrerem mutação, fazendo com que consigam integrar alguém com Haden em seus corpos, para que aquela pessoa se “sinta” uma pessoa de verdade e não uma máquina). No meio tempo conhece sua parceira que se mostra ter uma personalidade difícil, mas aos poucos se mostra ser uma pessoa de grande ajuda. E a história vai se desenvolvendo a partir desse ponto, o único problema em minha opinião é o desfecho da história que é preguiçoso e simples, acredito que o autor poderia ter deixado uma porta aberta para uma possível continuação, já que poderia explorar o universo de Encarcerados de diversas formas possíveis, mas no final das contas decidiu dar um final “ruim” e que os leitores ao longo do livro já vão esperando, então nada de grandes surpresas ou até plot twist.
Os personagens são bem construídos e com uma história de fundo boa e que ao decorrer das páginas vão amadurecendo e terminam o livro totalmente diferentes do que começaram, muito mais maduros com a situação que tiveram que passar.
Confira a sinopse do livro:
Um assassinato ocorre em um quarto de hotel em Washington. Junto à vítima está um homem banhado em seu sangue, que alega não ter sido responsável pelo crime. O caso logo se torna da alçada do FBI, pois envolve uma nova e especial classe de indivíduos. Os hadens são pessoas que, devido a uma síndrome, tiveram sua mente encarcerada em um organismo imóvel. Para viver em sociedade, eles transferem sua consciência para estruturas robóticas ou alugam o corpo de indivíduos saudáveis. A investigação desse assassinato leva agente Shane e sua parceira Vann não apenas a mergulhar no mundo dos hadens, mas a descobrir uma rede de interesses políticos e econômicos envolvendo sua cultura e seus veículos robóticos. Em mais um de seus best-sellers, John Scalzi, ganhador do prêmio Hugo, constrói um mundo futurista plausível e bem explicado. Encarcerados é uma mistura perfeita de ficção científica e romance policial, repleto de intrigas políticas e polêmicas sociais e tecnológicas.
Encarcerados já está as vendas nas principais livrarias brasileiras.
O livro foi cedido para análise pela a editora Aleph