Crítica: Androides Sonham Com Ovelhas Elétricas?

Blade Runner é um dos maiores e mais icônicos símbolos da cultura pop. Mesmo fazendo tanto tempo que Philip K Dick publicou pela primeira vez o livro ele sempre volta a tona em algum momento para discussão tão presente nos dias atuais.

 

Lançado em 1968 nos Estados Unidos com o titulo original de Androides Sonham com Ovelhas Elétricas? Blade Runner, cresceu ao ponto de ser adaptado para as telas dos cinemas no final na década de 80.

Lançado aqui no Brasil pela editora Aleph, com o atual nome de Blade Runner, o livro chega já na sua 3ª edição pela editora. Nessa edição especial temos conversas e entrevistas especiais do autor que nunca tinham sidos mostradas em uma edição brasileira.

No livro acompanhamos a história do caçador de recompensa chamado Rick Deckard em um Estados Unidos pós 3ª Guerra Mundial, onde a humanidade criou androides (ou Andy’s) para fazer o trabalho pesado nas colônias foras da terra. Mas os mesmos são proibidos de manter uma vida na Terra sem autorização, os que fogem de seus deveres e vem para Terra com objetivo de ter uma vida “normal” entre os humanos quando descobertos são mortos (ou como é chamado no livro aposentados) pelos caçadores de recompensas contratados.

Rick é chamado para o trabalho de sua vida, localizar e aposentar 6 androides com um processador Nexus-6 o até então mais novo no mercado, que faz com que o androide seja mais inteligente, forte e rápido que um humano normal, sendo quase impossível para qualquer um distinguir ele de um humano, menos para Rick que depois de muito lutar consegue achar um jeito de desvendar quem são os androides.

No meio da história somos apresentados a diversos pensamentos filosóficos que fazem com que nós tenhamos uma reflexão sobre como enxergamos a vida e tudo ao nosso redor. Algo ótimo no livro são as perguntas que são feitas e não são respondidas, pois assim atiça o pensamento e gera a duvida de “será que ele é ou, não é?”.

Posso garantir que essa é uma das obras primas da ficção, mesmo depois de tanto tempo poucos autores conseguiram chegar perto da genialidade de Philip K. Dick quando escreveu de “Androides Sonham com Ovelhas Elétricas?”.

O mais legal do livro tudo é que ele é extremamente acessível a qualquer tipo de público, mesmo mantendo assuntos como, sexo, filosofia, religião e entre outras coisas mais pesadas o livro não se torna complexo de se entender ou de ser lido, pelo contrário, cada vez que você lê acaba pegando uma parte que não tenha entendido que completa uma história toda no final e deixa-a bem mais interessante e complexa.

A relação de Dick com os androides é extremamente bem construída, principalmente com Rachel, seu par romântico durante a história. Ele acaba seguindo dilemas que aprende com outros personagens e até duvidando de sí mesmo em questão de ser ou não um androide, dai que vem o nome do livro, pois segundo a mitologia de Philip, androides não possuem empatia como nós possuímos, sendo assim um dos únicos jeito de descobrimos eles é por meio de um teste que mede exatamente isso, a empatia.

 

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Recebemos o livro pela editora Aleph