[Crítica]- Blade Runner 2049

 

A 35 anos atrás víamos pela primeira vez a obra de arte Blade Runner feita pelo diretor Ridley Scoot e atuada pelo Harrison Ford. E hoje em 2017 é a hora de a gente ver a continuação. Confira a nossa crítica de Blade Runner 2049.

Não tem como falar do segundo filme sem citar o primeiro antes. O desenvolvimento do 2049 é muito mais lento e “chato” do que o primeiro, e na verdade temos algumas cenas de ação a mais do que o outro, só que vemos mais diálogos do que qualquer coisa, e isso para um filme de quase 3 horas é bem complicado. Para você se manter acordado enquanto assiste o filme, você realmente tem que gostar do estilo de filme, senão vai tirar um cochilo em vários momentos. E isso não é porque o filme é ruim ou algo do tipo, é simplesmente porque ele tem tantos diálogos complicados que para as pessoas que não são fãs fica chato de assistir.

Os efeitos especiais são de ótima qualidade, assim como no primeiro filme, não revolucionador, mas bom. Há uma ótima mistura do cenário da Los Angeles futurística, que é sombria e escura, com uma excelentíssima fotografia que consegue captar todos os detalhes e ao mesmo tempo consegue ser simples e rápida. Tudo isso misturado com alguns efeitos especiais, já que estamos falando de uma Space Opera (uma ficção cientifica mais possível e realista), os efeitos em grande escala não são tão necessários assim. No final o resultado é uma combinação excelente de fatores estéticos que com certeza vai agradar ao público em geral.

A trilha sonora é outra coisa onde a direção acertou em cheio, sendo muito boa e remetendo quase que totalmente ao Blade Runner original. Com músicas eletrônicas apenas instrumentais onde aumenta muito o clima de suspense durante todo o filme.

O roteiro é algo bem legal, sendo uma espécie de continuação do primeiro filme, Blade Runner 2049 consegue entregar a resposta que o seu antecessor criou a mais de 30 anos atrás, trazendo uma conclusão ao ciclo e ao mesmo tempo se iniciando um novo, com novos personagens, novos objetivos, novas tecnologias. A história acaba sendo de uma ótima qualidade só pecando na quantidade de diálogos, muito deles não precisando existir, ou se existirem serem mais curtos. O grande problema é que a ação no filme só acontece em momentos distintos nessas quase 3 horas de duração, o principal momento é nos últimos 20 minutos do filme, onde 10 só é de porradaria, fazendo com que os outros 150 minutos sejam quase 100% de dialogo monótono, o que acaba deixando o filme mais “chato”. O que achei estranho foi a falta de aparição do vilão Sr. Willians, interpretado pelo Jared Leto. Acredito que ele irá desempenhar um papel maior na próxima continuação do Blade Runner.

A atuação em geral é muito boa e surpreendente. O Ryan Gosling acabou roubando a cena, conseguindo interpretar seu papel com muita eficiente, mostrando que realmente se adaptou para seu personagem. Outra surpresa agradável foi a atuação do Harrison Ford, que no final foi muito boa também, sendo quase que igual a sua no primeiro filme

Confira o trailer legendado logo abaixo:

Trinta anos após os eventos do primeiro filme, um novo Blade Runner, o agente K da Polícia de Los Angeles, descobre um segredo há muito enterrado que tem o potencial de mergulhar no caos o que resta da sociedade. A descoberta de K o leva a uma investigação para encontrar Rick Deckard, um ex-policial Blade Runner que está desaparecido há três décadas.

 

Blade Runner 2049 chega aos cinemas brasileiros em 5 de outubro de 2017