Na edição desta semana da Sexta-Feira do Terror, vamos discutir as semelhanças que fazem do mais novo filme da Netflix, Tem Alguém Na Sua Casa, praticamente ser um filme que estreou há 40 anos.
Lançado nesta semana, o filme consegue misturar um terror adolescente do século XXI com aspectos que me fizeram lembrar dos filmes de suspense do século passado.
Vale avisar que, mesmo esse texto tendo minha própria opinião, não estou aqui para fazer uma análise do filme, e sim mostrar alguns dos sentimentos que tive assistindo à esse filme (que já vou avisando: não é exatamente um dos melhores).
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O gênero “Slasher”
Se tratando do tema principal dessa matéria, que é relacionar o Tem Alguém na Sua Casa com o terror do século passado, é impossível não trazer à tona o gênero “Slasher“.
Pra quem não sabe, essa categoria se baseia em filmes como Sexta-Feira 13, A Hora do Pesadelo, O Massacre da Serra Elétrica e todas as outras milhares de obras e experiências audiovisuais que focam em um personagem mascarado que saí por aí matando pessoas (que geralmente são um grupo de adolescentes à la High School Musical).
E isso não é diferente em Tem Alguém na Sua Casa. O filme conta com um grupo de adolescentes que acabam tendo suas vidas interrompidas por um assassino em série; o objetivo do assassino? Simples, matar todos que tenham segredos e expô-los ao público.
Ok, confesso que a ideia pode até ser boa, mas a execução… Enfim, tudo bem, o objetivo do texto não é criticar.
As roupas dos personagens
Com certeza essa parte me pegou de surpresa: a estética dos personagens lembra muito os adolescentes dos anos 80 e 90. com seus aspectos únicos, vestimentas de cores parecidas e coisa do tipo. A título de comparação, as vestimentas dos adolescentes atuais são muito bem colocadas na série Sex Education, que se passa na idade contemporânea mas com personagens que também se vestem num jeito meio oitentista.
Os óculos quadrados, as calças jeans acima da cintura, as camisetas listradas dentro da calça e até mesmo os famosos jogadores de futebol americano do ensino médio serviram como uma âncora que me fez, logo na primeira vista, observar o quão parecido/inspirado o filme é em sucessos do suspense de anos atrás.
Além disso, um personagem específico me chamou a atenção, Zach Sandford (Dale Whibley), um dos principais adolescentes do filme. Ele é filho de um dos homens mais ricos e mais odiados da cidade. O que me intrigou nele (no sentido positivo) foi sua aparência: loiro, alto, estilo meio “bad boy”, indiferente pras coisas…
Isso te remete a algum ator? Pelo menos na minha concepção, esse é o tipo de papel perfeito para um adolescente que fez muito sucesso nos anos 90, Macaulay Culkin (Esqueceram de Mim).
A máscara do assassino
Máscara de hóquei, de fantasma, de carne, enfim, máscaras são geralmente um objeto importante dentro da figura de um psicopata em um filme de terror. Esse movimento se destacou principalmente no fim do século passado com o advento do querido Jason Vorhees e do simpático Michael Myers, e claro, não poderia ficar de fora do filme que estamos discutindo.
O assassino em série que mata suas vítimas para expor segredos dela em Tem Alguém Na Sua Casa tinha também possui sua própria máscara, ou melhor, suas próprias máscaras. Isso porquê ele utiliza uma impressora 3D para fabricar máscaras do formato do rosto de suas vítimas, tornando tudo mais macabro e bem parecido com suspenses antigos.
Enfim, o filme é bom?
Respondendo diretamente à pergunta: não, o filme não é dos melhores, mas chamá-lo de “ruim” é um pouco agressivo demais. O filme tem seus momentos bons, seus clichês, sua história “normalzona” e seus atores com interpretações dignas de framboesa de ouro.
Mas se você tá aí, sem fazer nada, e quer assistir à um filme diferente e que faça você esquecer um poucos os problemas da vida real, Tem Alguém Na Sua Casa pode ser uma boa escolha.
Para quem quiser assistir à Tem Alguém Na Sua Casa, o filme está disponível na plataforma de streaming Netflix.