Calma, não precisa ficar em quarentena e usar fones de ouvidos, o vírus é um software malicioso pela propagação do som! A descoberta foi realizada por pesquisadores do Instituto Fraunhofer de Comunicação, Processamento de Informação e Ergonomia.
O malware consegue se apossar do microfone do computador e usar uma frequência inaudível para acionar outra máquina. Nos testes, foi possível transferir senhas e uma pequena quantidade de dados a uma distância de quase 20 metros. Usando repetidores de áudio, entretanto, é possível fazer essa comunicação entre distâncias muito maiores.
Os cientistas usaram vários testes para testar a transferência dos dados com sons inaudíveis por seres humanos entre dois computadores Lenovo T400m somente usando seus microfones e suas caixas de som. A técnica mais eficaz de transmissão foi a usada originalmente para outro propósito, a comunicação debaixo d’água. Chamado de Modem ACS (Adaptive Communicaton System – Sistema de comunicação adaptativa) foi capaz de transmitir dados entre computadores portáteis por 19,7 metros de distância.
Entretanto o sistema ACS veio com uma pequena desvantagem, apenas transmitia cerca de 20 bits por segundo, muito pouco comparado as grandes redes. Mas nada que impeça a remoção de dados importantes, como sua senha do banco por exemplo.
De qualquer maneira, ainda seria necessário um software para a transmissão dos dados, ou seja o computador deveria estar infectado para que isto realmente acontecesse. Mas como o StuxNet, que infectou uma usina nuclear russa, o sistema poderia ser melhorado para que falhas bruscas nos sistemas operacionais conseguissem uma brecha de transmissão sem o Software.
Em anúncio oficial a Fraunhofer declara que a pesquisa é somente para fins acadêmicos, e que está destinada a fins de segurança, e que somente está mostrando o conceito, e no caso a sensibilizar os usuários sobre um possível ataque do tipo.
E você o que acha? É realmente possível um ataque por ondas sonoras? Desde que não tenha o nome de SkyNet, estou tranquilo!
Original do Ars Technica, e Olhar Digital