[Primeiras impressões]- GWENT

 

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Olá! Novamente o Recanto do Dragão estará trazendo a vocês uma breve análise do novo jogo Free-to-Play da CD Projekt Red que está por vir, o standalone de Gwent, o famoso e adorado jogo de cartas do universo de The Witcher!

A introdução, e os tutoriais

Para falar a verdade, eu não esperava por um tutorial que conseguisse explicar Gwent tão bem de uma forma tão bem feita e simples. Mas uma coisa tenho que destacar a todos, tanto aos que já jogaram Gwent várias e várias vezes no The Witcher 3 quanto aos que nunca jogaram: não faça nada antes de completar o tutorial. Os motivos? Existem detalhes que são diferentes do Gwent “original”; o tutorial não é apenas do gameplay, mas também fala de outros fatores extraordinariamente importantes aos jogadores, como a criação de novos decks de cartas, ou a compra de barris, nos quais irei detalhar mais à frente.

Gráficos e Áudio

Uma coisa que realmente surpreendeu na experiência de muitos, inclusive a minha, foi a presença de uma trilha sonora fiel ao jogo, porém totalmente nova, seguindo músicas de estilo taverna da era medieval e coisas similares, muito parecidas com as que são reproduzidas em partidas de Gwent do The Witcher 3, onde seus oponentes são apenas NPC’s.

A direção de arte é ótima, possui um aspecto variado entre os menus, que seguem desenhos similares ao das HQs de The Witcher, e as cartas em si, sendo que as cartas de raridade mais baixa possuem desenhos em 2D com profundidade aplicada para que as cartas tenham um aspecto de serem “janelas a outros locais ou momentos”, e não apenas cartas normais, enquanto cartas mais poderosas possuem até efeitos e animações em 3D, como a carta de demônio, onde o mesmo aparece encarando um soldado frente a frente, ou a carta do próprio Geralt de Rívia, que aparece girando sua espada de prata e decepando um grupo de 3 carniçais, inimigos conhecidos na trilogia The Witcher.

As maneiras de criar e obter cartas

Existem maneiras que você pode criar suas cartas desejadas ou obtê-las de forma mais cara (literalmente). O primeiro método é similar ao funcionamento de “Caixas Hextec” do jogo League of Legends, onde você vai até o seu baralho, onde aparecem todas as suas cartas. Você pode escolher as cartas que não deseja e as desmonta em restos de carta, e utiliza os mesmos para construir cartas melhores e mais fortes, similar aos cristais de personagens e de skins do sistema do LoL, sendo uma maneira bem simples de se criar o seu próprio baralho, sem muitas complicações.

Enquanto isso, você também pode ir até a loja e comprar “Barris de carta”, que são como caixas de jogos da Valve, onde você recebe 6 cartas aleatórias e mais algumas de bônus, mas com um porém: você pode recebê-las usando minérios, que são obtidos durante o seu progresso no jogo, ou comprando com dinheiro real, algo que já era esperado, por ser um jogo grátis, que precisa de alguma fonte de dinheiro para ser continuado. O problema é que, caso opte por receber os Kegs (ou barris), você descobre que os mesmos possuem um preço altíssimo no Brasil, quase impossibilitando os brasileiros de comprar sem desembolsar uma boa quantia de dinheiro para isso.

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A obtenção de recursos

Após cada partida, caso ganhe, o vencedor irá ganhar uma quantia de minérios, que poderá ser utilizada posteriormente para serem trocadas por Kegs (o nome dos barris que contém cartas), e também estará presente um botão chamado “Bom Jogo”, que caso você aperte, irá mandar ao oponente uma mensagem falando que foi uma partida bem jogada. Caso ambos apertem o botão, ambos receberão a mensagem e irão receber alguns restos de carta para fabricar cartas posteriormente. Uma coisa que me incomodou foi que, já que não existe limite para mandar o “GG” ou “Bom Jogo” para o oponente, provavelmente os jogadores irão abusar do botão e irão apertá-lo sempre que puderem para “farmar” os restos de carta, podendo ser considerado um pequeno erro por parte dos desenvolvedores. Para mim, uma boa solução seria por um limite na quantidade de agradecimentos por dia e aumentar a quantidade de espólios recebida para compensar isto, assim ficaria menos tendencioso apertar o botão, e sim mais honesto, já que os jogadores usariam o botão com menos frequência, mas aí já é decisão dos desenvolvedores.

As cartas e seus conteúdos

Algo também legal a se destacar são pequenas referências inclusas em certas cartas, é algo pequeno porém muito interessante. Um exemplo é quando se coloca a carta do Geralt, e uma de suas falas é “Ah, como eu odeio portais”, se referindo a diversos problemas que bruxos possuem com portais, desde superstições a “pequenos traumas” em certas situações que cada bruxo vivenciou. Geralt chega a tapar o rosto enquanto atravessa um portal de sua amiga, Keira Metz, durante uma fase do TW3, saindo do mesmo como se estivesse com náusea. É bem engraçado, pra falar a verdade.

As cartas, tanto do Gwent original (TW3) quanto deste, não possuem um bom equilíbrio entre si, por ser uma grande quantidade de cartas disponíveis, mas há uma exceção: Este jogo ainda está em Beta, ou seja, não está pronto. Ainda possui erros e desequilíbrios, que irão ser consertados através do Feedback do público antes do mesmo ser lançado.

 

VALE A PENA?

Diferente do que muitos pensam, o jogo não possui nenhum traço que pode se dizer “roubado” de outros jogos de carta famosos como HeartStone. É um jogo de cartas único, definitivamente sem igual, e por ser grátis definitivamente vale uma pequena porção do seu tempo, mesmo se você não gosta de jogos do gênero. Se você for um fã da trilogia Witcher como eu, irá se apaixonar facilmente. O jogo é complexo, bonito, e interessante, apesar de possuir problemas no balanceamento, é bem mais competitivo e justo que a versão do The Witcher 3.

Texto feito pelo colaborador Yan Heiji

Confira o texto logo abaixo:

GWENT está em fase de closed beta, sem nenhuma data para o lançamento