Na edição desta semana da Sexta-feira do Terror vamos analisar friamente (só que não) o primeiro episódio de Chucky, a nova série do Star+ inspirada no sucesso do boneco assassino do filme de 1988.
Se você tá afim de evitar spoilers, fica tranquilo, pois eu aviso com antecedência na única parte que falamos um pouco do plot. Agora, arraste para baixo e vamos debater juntos a nova história do pequeno serial killer que aterrorizou as crianças dos anos 80.
É de terror?
Já vou começar polemizando, ou não. Respondendo logo de cara a pergunta do título: sim, é de terror, mas só se você for uma criança de dez anos que foi criada assistindo Discovery Kids.
Agora, se você não se encaixa na descrição acima, fique tranquilo e não se desanime. Se olharmos com calma o primeiro episódio de Chucky, dá para notar que o propósito da série está longe de ser igual ao primeiro filme. Na verdade, lembra bastante seus sucessores.
Se tratando de um boneco possuído por um assassino, não dá pra fugir do gênero de “terror”, porém, assim como nas antigas sequências, a série parece abordar bem mais o drama e a comédia. Assim, os momentos de terror parecem que ficam de lado, não que isso seja algo ruim.
Temos sim alguns momentos meio bizarros e com elementos de terror, mas o foco agora é justamente acompanhar o dia a dia de um adolescente em meio a um colegial repleto de babacas e patricinhas. Algo bem parecido com filmes como Patricinhas de Beverly Hills e outros filmes de adolescentes, mas dessa vez temos um boneco sedento por sangue.
+LEIA TAMBÉM: “TEM ALGUÉM NA SUA CASA”: VEJA O MAIS NOVO SLASHER OITENTISTA DA NETFLIX
A história atual que promete bastante
Como já dito, vamos acompanhar Jake, um garoto homossexual de 14 anos que tem que enfrentar uma família estúpida ao mesmo tempo que sofre bullying no colégio.
E de fato é aí que a série começa a chamar a nossa atenção. Abordando temas atuais como homofobia e redes sociais, o primeiro episódio de Chucky já se mostrou bem diferente dos outros filmes de gerações passadas.
O boneco do “mal”
Cuidado que temos spoilers nos próximos parágrafos.
Será que é do mal mesmo? Foi com essa dúvida que eu terminei o primeiro episódio de Chucky.
Para ser sincero, eu esperava ver muito mais de um psicopata do que um bonequinho guiando um adolescente à la ‘Ratattouile’, com o rato Remi guiando o chefe de cozinha Linguini por baixo do seu chapéu.
Mas tudo bem, afinal de contas, desde o primeiro filme, o boneco teve seus “princípios”, escolhendo a dedo suas vítimas e sempre pensando num porquê de cada assassinato.
Antes de finalizar, quero ressaltar o quão bom ficou o rosto e as expressões do boneco. Sim, temos ferramentas hoje em dia que poderiam deixar tudo muito melhor, mas a nostalgia que se passa quando o rosto mexe de forma bizarra é melhor do que uma mera computação gráfica.
O gostinho do que vamos ter durante toda a temporada foi dado com sucesso, agora resta saber, e esperar, para ver se de fato a série do Chucky vai conseguir cobrir nossas expectativas nostálgicas e sedentas por terror.