Com o avanço computacional e o estudo do cérebro humano, vários pesquisadores estão tentando mapear as conexões do cérebro humano, como sua rede de 100 bilhões de neurônios. Entretanto alguns cientistas preferem começar por algo mais simples, como o cérebro do rato que tem “apenas” 75 milhões de neurônios.
Um novo “atlas” de estudos relacionado ao cérebro dos camundongos, oferece o equivalente a uma mapa rodoviário sobre suas conexões cerebrais, ou “connectome” se preferir. Esse novo mapa cerebral, representa mais de quatro anos de trabalho realizados no Instituto Allen para a Ciência Cerebral, uma empresa privada sem fins lucrativos financiada por uma concessão pelo co-fundador da Microsoft Paul Allen.
É a mais detalhada informação, que temos sobre o cérebro de qualquer animal que não seja a da lombriga C. elegans , que tem apenas 302 neurônios.
“Entender como o cérebro está ligado é um dos passos mais importantes para a compreensão de como o cérebro codifica a informação”, disse o líder do projeto Hongkui Zeng em um comunicado à imprensa .
Para seguir o caminho de um neurônio, Zeng e seus colegas introduziram e vírus fluorescentes monitorados com tecnologia por imagens que permitiu resoluções menores do que um mícron. (Menos de um ano atrás, um projeto que oferecia resolução de 20 mícrons foi uma grande notícia .) O método padronizado permitiu aos pesquisadores um trabalho em conjunto feito em 1700 cérebros de camundongos individuais
No artigo da Nature, os pesquisadores aplicaram um modelo computacional para os dados da conexão assim revelando que as vias eram distintas e quão forte eram as conexões.
É difícil compreender como, nesta era de ciência avançada, os especialistas não sabem mais sobre como o cérebro humano funciona. Mas isso tudo tem uma estrutura muito complexa.
Mesmo as metáforas utilizadas pelos cientistas para descrever a complexidade cerebral, mostram o quão pouco realmente sabemos Van Wedeen , que publicou no connectome, disse que a fiação do cérebro não é simplesmente ligar dois pontos ; ao contrário, é uma grade densa de neurônios que mudam constantemente para se adaptar às novas exigências. Sebastian Seung , um cientista de alto nível que também está trabalhando no connectome, compara o cérebro a “uma tigela gigante de espaguete, em que cada fio foi substituído por um complexo e ramificado macarrão. “
Mas há um longo caminho a percorrer. David Anderson, um biólogo neural no Instituto de Tecnologia da Califórnia, disse que o trabalho foi publicado como um mapa no nível de grandes rodovias interestaduais.
Mesmo este sendo o primeiro mapa do cérebro “pequeno” de camundongos, ele ocupou mais de 1,8petabytes de dados no computador.Caso tenha ficado curioso, as ferramentas de dados e navegação estão disponíveis em www.brain-map.org . O connectome humano, quando estiver totalmente mapeada (se conseguir ser), teria em em torno de 98.000 petabytes de dados.
Será que em algum futuro não tão distante, teremos mapeado completamente o cérebro humano?
Via SingularityHub