Escrevi o texto de Dream Land ontem, e já estou escrevendo sobre Adventure!? Esses jogos do Kirby são rápidos! Kirby’s Adventure é o segundo jogo principal da franquia e introduz as tão carismáticas transformações do Kirby. Quando o bichinho engole algum inimigo especial ele absorve suas habilidades, e essa é a mecânica principal de quase todos os jogos da bolinha rosa.
+Se quiser ler mais sobre a franquia dê uma olhada na nossa Retrospectiva Kirby!
Como sinal de um bom começo, Kirby’s Adventure tem controles melhores e oferece novas possibilidades para o protagonista. Além de correr, Kirby também pode dar uma escorregada (um slide) pressionando para baixo e algum dos dois botões do jogo, deixando a movimentação bem mais divertida. Você ainda aperta pra cima para voar, o que me incomoda bastante, mas poder correr é divertido e o slide é muito útil como um ataque ou como um desvio.
Nessa primeira iteração das Copy Abilities elas ainda são bem simples. Você provavelmente vai gostar de algumas poucas mais do que a maioria, mas a graça dessa mecânica vem da necessidade. Você inevitavelmente vai perder seu Power Up bacana em algum momento e vai ter que seguir com o que tem. Assim é natural que você crie estratégias um pouco diferentes com cada habilidade, ainda que esteja no mesmo lugar. Tem também seções que podem ser trivializadas com alguma habilidade específica, mas que dão um desafio a mais para outras. Você nunca sabe o que vai achar à frente então sempre cabe ao jogador decidir se vai trocar ou permanecer com o que tem. E, mesmo assim, tem umas partes um pouco mais difíceis em certas fases (além dos chefes), que pedem reflexos ou mais pensamento antes de serem enfrentadas.
Mas na questão de reflexos, ainda fica difícil reagir pela movimentação limitada do Kirby. Ele ainda é lento para fazer muita coisa e por vezes é quase impossível escapar de uma situação quando você entra nela, sempre pedindo que você planeje bem suas ações ao invés de confiar na sua habilidade. Isso, pra mim, não é tão divertido quanto uma jogabilidade mais rápida e dinâmica, mas ainda é um desafio pra quem quer que seja um. Eu dei alguns game overs nesse joguinho, mas como as fases são menores, recomeçar uma do zero não significa muita coisa (graças a Deus).
Muitas habilidades nesse primeiro jogo funcionam de forma exatamente igual, com mínimas diferenças. Pelo fato de você não poder escolher qual usar, isso ainda é legal, já que sempre vai usar o que tem. Mas é meio triste que cuspir fogo e cuspir gelo funcionem da mesma forma, assim como criar espinhos, congelar na sua volta ou usar eletricidade. Os meus poderes favoritos são os que dão armas para o Kirby, como a espada, martelo e guarda-chuva. Também tem alguns que possibilitam mais movimentação ao jogador, mesmo que pouca, o que pode ser bom ou ruim dependendo da pessoa que você perguntar. Eu não gosto muito da Wheel, que faz o Kirby virar uma roda, e também não gosto da que ele vira uma bola e sai quicando por aí. Mas virar uma bola de fogo é divertido e é bacana controlar o disco voador.
A arte desse Kirby é muito fofa e detalhada, o que o torna um jogo que simplesmente não envelhece. Eu até prefiro ele ao seu remake de GBA, justamente pela arte ser tão linda aqui. A música é muito boa também, mostrando como essa franquia tem cuidado nesses fatores desde o início. O sistema de Hub World com portas e minigames é bem divertido pra mim também, então tudo nessa aventura parece um avanço.
Ainda assim, não diria que esse jogo é mais divertido que Dream Land. Entretém, mas ainda é fácil demais. O modo Extra (hard) desse é mal feito também, ele só corta sua vida pela metade. Não é muito divertido jogar com menos vida, só, não em um Kirby. Você vai só resetar as fases mais vezes por danos estúpidos e acaba não sendo divertido na prática. A mobilidade do Kirby é lenta demais pra fazer com que o desafio seja só o fato de você tomar muito dano, mas a volta desse modo é um bom sinal pra mim.
Gostaria de dizer que as Boss Fights são mais fáceis agora, mas por vezes mais chatas. Todas mudam drasticamente dependendo do seu poder (ou da falta de um), algo que não acho muito divertido porque sempre acabo chegando com a habilidade errada no chefe. Também é normal nesse aqui que você lute com bosses menores várias vezes. Uma coisa que eu adorei sobre as últimas lutas é que além de mais desafiadoras, elas são bastante cinemáticas. Esse é o segundo Kirby e já tem cenas incrivelmente épicas no final. Quero destacar a parte de navinha que você luta contra uma esfera no espaço, e a batalha de espadas contra o Meta Knight (hype pra caralho).
É um texto menor que o primeiro porque não tento tanto a dizer sobre quanto ele, então por isso termino com apenas um boa noite! Fiquem bem.