Você já se perguntou se temos algum de brasileiro de terror com ‘gore’ (sinônimo de violência extrema, órgãos por aí e muito sangue), que simplesmente seja bom? Recentemente eu descobri A Mata Negra, um thriller no estilo Ash Vs Evil Dead e vários outros filmes de horror que fizeram sucesso no segmento.
Não se desanime, a história daqui pode ser sobre amor, mas o jeito que o filme a conduz é bem diferente.
Ficou curioso para saber mais sobre o filme brasileiro de terror gore? Bora lá para mais uma Sexta-Feira do Terror!
Ah, antes de começar de fato – Mata Negra está disponível no serviço de streaming Amazon Prime Video. Então caso queira fugir de spoilers (porque vai ter bastante), assista ao filme primeiro.
A história que não saiu tanto da mesmice
Infelizmente, o que começou indo por trilhas inovadoras no território brasileiro acabou finalizando em um túnel de romance.
Fiquei decepcionado quando tive a quebra de perspectiva que tudo se tratava de um longo filme de amor que toca em assuntos macabros.
Vou resumir a história para vocês
Em Mata Negra acompanhamos a jovem Clara, uma jovem adulta que mora numa cidadezinha no interior de algum lugar (que não é mencionado).
Durante suas idas e vindas pela mata, ela se depara com um livro (à la Necronomicon das obras de Lovecraft) com vários rituais e manuscritos sobre invocação e troca de favores com o diabo.
Acho que fica óbvio o que acontece né? Bom, se você não entendeu a premissa – o “ficante” de Clara acaba falecendo numa tentativa de ida para a cidade grande, e cabe à jovem a árdua missão de realizar um ritual para trazer seu amado de volta.
Os rituais
Pois bem, esse é o ponto chave de toda a narrativa: os rituais.
São por meio deles que nossa protagonista começa a compreender toda a magia por trás do livro, assim, consequentemente ela se torna cada vez mais poderosa.
Um ponto muito eficaz do roteiro foi mostrar a mudança da Clara: enquanto no começo, a jovem não matava nem uma formiga, após possuir o tal “Necronomicon tupiniquim” e aprender a usá-lo, ela se torna uma verdadeira “assassina à distância”.
Usei o termo “à distância” porque ela não mata alguém com as próprias mãos em quase todo o longa, apenas utiliza o livro para realizar todas suas matanças místicas (no estilo do próprio Light Yagamy, de Death Note, mesmo).
Os seres invocados
Se temos rituais e temos um título com o nome gore, obviamente temo seres grotescos em Mata Negra.
E não são um, nem dois, nem três, e sim diversos monstros que, sendo bem sincero, me surpreenderam muito.
Quando percebi que o filme ia para esse lado, já pensei : “certeza que vai ser uma das piores coisas que já vi” (pouquíssimo preconceito com filmes brasileiros). Mas não, muito pelo contrário, a ambientação sonora junto com a maquiagem fazem desse aspecto bem real e tenebroso.
A GALINHA ZUMBI
Eu vou deixar claro: A Mata Negra possui uma GALINHA ZUMBI que tem a façanha de matar duas pessoas.
É isso mesmo que você leu, uma GALINHA zumbi. Acho que atingimos o ápice, né?
…
Só que não. A Mata Negra tem um BEBÊ que é a mistura de uma GALINHA com um HUMANO.
Tá, acho que te convenci a assistir e ver essas bizarrices né? (Não vou entrar em muitos detalhes, quero que você presencie isso de forma natural).
As cenas gore
Muito sangue rola solto em A Mata Negra.
Obviamente se tratando de um filme brasileiro de terror gore, algumas cenas ficam meio exageradas, contando com cabeças explodindo e outras coisas que ultrapassam um pouco o limite do real.
Mas em um filme que conta com rituais satânicos, o real realmente necessita ser “real”?
Fica a dúvida…
Afinal, A Mata Negra é bom?
Bom não é a palavra ideal, mas sim “diferente”.
Não vou mentir, a atuação dos atores é fraca, facilmente decepcionante e bem “brochante”.Mas a história por trás do filme faz com que o “sofrimento” com as forçadas atuações seja relevados.
Aliás, um bom filme brasileiro de terror gore com galinhas assassinas e um bebê antropozoomórfico faz com que A Mata Negra ganhe um lugarzinho especial dentro da categoria de horror sanguinolento.