Os mitos mais aterrorizantes da cultura pop

Nessa Sexta-Feira do Terror, iremos levantar um tema bem conhecido na internet brasileira: alguns dos mitos mais aterrorizantes da cultura pop. Já não é de hoje que filmes, séries e desenhos possuem diversas histórias e lendas que foram passadas de geração em geração.

Mas quando se trata de contos macabros por trás de obras da ficção, muitos nem se atrevem a pesquisar por puro receio do que podem encontrar. Sem mais delongas, confira abaixo nossa lista dos cinco mitos mais aterrorizantes da cultura pop!

Como não se lembrar da famosa história do coringa que matou Heath Ledger

Essa matéria foi inspirada no livro 52 Mitos Pop, do jornalista cultural Pablo Miyazawa. Caso você tenha ficado curioso e queira entender mais sobre essas e outras histórias da ficção, clique aqui e garanta já seu exemplar!

O episódio maldito de Bob Esponja

Episódios malditos do Chaves, do Digimon e até mesmo do Hora de Aventura são algum dos diversos contos aterrorizantes da cultura pop que existem por aí. Porém, quando se trata de um desenho como Bob Esponja, cheio de alusões a drogas, depressão e vários outros temas pesados, o buraco é bem mais embaixo.

Essa parte é inspirada no fragmento do livro de Pablo Miyazawa “Red Mist seria um vídeo de animação criado e editado de maneira caseira”.

Uma história deprimente e sangrenta

Na história do episódio, Lula Molusco, um dos personagens centrais conhecido por seu mau humor, tenta treinar para um festival de clarinete, porém sempre é atrapalhado por Bob Esponja.

Em certo momento, por meio de uma ilusão, o personagem se vê sendo vaiado por uma plateia inteira de peixes, e é aí que a bizarrice começa.

Após a cena de vaias, a câmera volta ao Molusco, desta vez em sua casa, quieto, chorando com uma música um tanto quanto sinistra tocando de fundo. De repente, um flash aparece e uma criança morta toma conta da tela, junto com a sombra de seu assassino.

Alguns segundos depois e outra menina assassinada aparece (vale lembrar que cenas de personagens reais eram comuns no desenho). Depois desses momentos angustiantes e dignos de um clássico horror europeu, Lula Molusco supostamente cometeria suicídio.

Desenho anônimo retratando como seria o personagem no episódio

A história é ainda mais profunda, envolvendo casos reais e até mesmo a prisão de seu animador, mas como na grande maioria dos mitos, nada disso foi confirmado oficialmente.

A Família Dinossauro e seu trágico episódio final

Quem não se lembra do episódio mais macabro do famoso sitcom de dinossauros, onde o Baby Dino acaba sendo possuído por um demônio e vira um mini exorcista? (Diversas menções ao clássico Exorcista (1973) são feitas nesse episódio, então se você gosta de terror, vale a pena assistir).

Porém, por incrível que pareça, há um capítulo da série que chega a ser pior que esse; não no sentido de terror em si, mas é totalmente chocante.

Eu vou explicar com poucas palavras o que acontece no final “místico” de Família Dinossauro – o que explica a falta desses seres jurássicos nos dias atuais? Pois bem, a extinção. E é nisso que o famoso último capítulo da série se baseia: o fim da família Silva-Sauro.

Na última cena, a câmera mostra o apresentador de TV se despedindo de todos, e corta para o lado de fora da casa mostrando tudo coberto de neve, indicando o início da Era do Gelo.

Ao contrário do Bob Esponja, esse episódio realmente existiu e foi veiculado em 1994. Pode não parecer muito assustador para você caro leitor, mas imagine-se no lugar de uma criança que acompanhava todos os dias do desenho e, de repente, todos seus queridos personagens morrem tragicamente com um meteoro. Meio triste, não?!

Divulgação/Disney+

Bonecos amaldiçoados

Crianças nascidas do meio ao fim da década de 80 e começo das década de 90 com certeza se lembram bem dos famosos bonecos do Fofão e da Xuxa.

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Ambos os famosos personagens do “folclore televisivo brasileiro” ganharam suas versões em miniatura, pras crianças que os acompanhassem pudessem viver lado a lado com suas versões de brinquedo.

Porém, a graça acabou depois de algum tempo do lançamento.

O mito em volta da boneca da Xuxa dizia que a mesma ganhava vida durante a noite (uma mistura de Chucky com Toy Story), e saía pela casa aprontando.

Pois bem. Obviamente, nesse caso, a lenda ficou por isso mesmo: ninguém nunca viu de fato a boneca se mexer, mesmo que o mito só tenha ajudado a florescer o medo de bonecas nos pequeninos daquela época. Mas a coisa fica séria mesmo com o Fofão.

A famosa faca oculta no Fofão

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Agora, se tratando da lenda por trás do boneco Fofão, infelizmente (ou felizmente), a lenda é bastaaante verídica. Muitos diziam que a miniatura acompanhava uma espécie de punhal ou adaga junto à cabeça do boneco, e isso realmente aconteceu…

Mas a questão é que essa lenda urbana foi simplesmente um erro (grosseiro) de design: a peça era nada mais nada menos que uma haste (que realmente tinha um formato um tanto quanto duvidoso), que servia como a “coluna” do boneco para segurar a cabeça do Fofão no lugar (mas que você podia puxar facilmente, como dá pra ver).

A lenda urbana ganhou certa profundidade: muitos diziam que aquilo era em referência a rituais ou pactos feito pelo ator do personagem na época, mas nada disso foi confirmado, se tornando mais um mito aterrorizante que ressoava na boca do povo.

A maldição por trás do Poltergeist

O clássico do terror (que aliás, estou devendo uma crítica do recente filme da série) também possui grandes histórias tenebrosas por trás da cortina.

No caso, estamos falando da trilogia que foi de 1982 a 1988, possuindo grandes histórias que se tornaram numa incrível coincidência (ou maldição).

Tudo começou ao fim das gravações do primeiro filme, quando a atriz Dominique Dunne se popularizou com a trágica morte por estrangulamento, causada pelo namorado. O mesmo só ficou preso por três anos pelo crime.

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Depois, ao fim das gravações do Poltergeist II, outros dois atores vieram a falecer por razões mais comuns, mas ainda trágicas.

O primeiro foi Julian Beck, que faleceu devido a um câncer no estomago, enquanto a outra foi de Will Sampson, que faleceu por complicações após uma cirurgia de transplante de órgãos.

E pra piorar a sequência, ao fim do terceiro filme, a atriz mirim Heather O’Rourke também faleceu por complicações decorrentes de um tratamento errado, graças a laudos médicos falhos de uma doença que a garota supostamente nunca teve.

Ok, várias mortes… tudo isso só deve ser coincidência, certo?

De acordo com a lenda da maldição, não: a saga de filmes teria mexido com “coisas inapropriadas”, transformando tudo em uma maldição.

A principio, além da ideia de filmarem sobre espíritos malignos, o set de gravação também continha ossos reais, o que também teria despertado a “fúria dos falecidos”, segundo a lenda.

Mitos aterrorizantes cultura pop
Em uma cena do primeiro filme, foram utilizados ossos reais devido ao alto preço de ossos falsos

Apesar da inevitabilidade da morte, algumas perguntas sobre a maldição de Poltergeist nunca foram exatamente justificadas, e isso sempre estará presente no mundo dos mitos e maldições da cultura pop.

IT e sua inspiração em um Serial Killer

Poucas coisas conseguem amedrontar mais do que um dos livros mais vendidos do mestre do terror, Stephen King. O mito de que o palhaço Pennywise na verdade era inspirado em um assassino em série, e não em pensamentos alucinógenos do escritor americano, é uma delas.

A história surgiu no lançamento do primeiro filme, em 1990. No caso, muitos populares alegaram que o palhaço, “dono” da cidade de Derry, foi inspirado em John Wayne Gacy, um dos assassinos mais brutais da história.

Adivinha qual era a vestimenta de assinatura que ele usava em seus crimes? A fantasia de um palhaço (inclusive, era conhecido como o ‘Palhaço Assassino’).

O tal criminoso, assim como muitos outros, fingia ser uma pessoa normal durante a maior parte do tempo, reservando uma segunda personalidade para cometer brutalidades com outras pessoas no resto desse tempo.

O ser foi incrivelmente interpretado por Tim Curry. Se você nunca assistiu, por favor, assista!

+Leia também: ANIVERSÁRIO DE 74 ANOS DO STEPHEN KING – O DIFERENCIAL DO MESTRE DO TERROR

A relação entre ambos nunca foi confirmada pelo escritor, valendo ressaltar que o mesmo admitiu escrever esse e outros livros famosos durante um período difícil da sua vida, na qual enfrentou alcoolismo e drogas. Cá entre nós, acho improvável que esse mito seja real por conta disso.

E assim, chegamos ao fim de mais uma edição da Sexta-Feira do Terror. Ficou curioso para saber mais sobre esses e outros mitos aterrorizantes da cultura pop? Basta adquirir seu exemplar do atemporal 52 Mitos Pop, pelo lendário jornalista cultural Pablo Miyazawa!