E sejam bem vindos a mais um Creepypasta! Como ontem Foi Sexta-Feira 12 e hoje é Sábado 13, nada melhor que curtir o fim de semana sabendo da terrível história do parque abandonado da Disney não? Confiram:
Quer deixar a história mais interessante? Que tal escutar essa musica enquanto lê?
Alguns de vocês já ouviram falar que a Disney é responsável por, pelo menos, uma cidade fantasma de verdade.
A Disney construiu o resort da Ilha do Tesouro nas Bahamas. Não começou como uma cidade fantasma! Os cruzeiros da Disney realmente paravam no resort e deixavam turistas lá pra que relaxassem em luxo.
Isso é FATO. Pode procurar.
A Disney gastou 30.000.000,000 de pratas com o lugar. Sim. Trinta milhões de dólares.
E aí deixaram pra lá.
Colocaram a culpa ela água ser rasa demais, já que assim os navios não poderiam atracar por lá e até nos funcionários já que, como eram nativos de lá, eram preguiçosos demais pra trabalharem num horário decente.
É aí que os fatos acabam. Não foi por causa da areia, muito menos por que “estrangeiros são preguiçosos”. Ambas foram desculpas convenientes. Não, sinceramente, não acredito que essas foram os verdadeiros motivos. Por que não caio na história oficial? Por causa do Palácio Mogli.
Perto da costa da Ilha Esmeralda, na Carolina do Norte, a Disney começara a construir um Palácio Mogli no fim dos anos 90. A ideia era um resort baseado na selva e, no meio da coisa toda, isso mesmo que você pensou, um enorme PALÁCIO.
Se você não está familiarizado com a personagem Mogli, tente lembrar da história do Menino Lobo. Se nunca leu, deve conhecer um desenho famoso da Disney, de décadas atrás, com o mesmo nome.
Mogli é uma criança abandonada na floresta, simplesmente criada por animais ao mesmo tempo que ameaçada/perseguida por eles. O Palácio Mogli foi uma manobra polêmica desde o início. A Disney comprou vários terrenos caríssimos pro projeto e teve realmente um escândalo envolvendo algumas dessas aquisições. O governo local tomou posse “urgente” de várias casas e as vendeu pra Disney. Chegou ao ponto de casas recém construídas serem condenadas sem nenhuma explicação.
Os terrenos tomados pelas autoridades serviriam pra construção de uma estrada fictícia. Tendo plena consciência do que estava havendo, as pessoas começaram a chamá-la de Rodovia Mickey Mouse.
Aí vieram os rascunhos da arte conceitual. Um grupo de almofadinhas da corporação fez uma reunião na cidade. Pretendiam mostrar pra todo mundo o quão lucrativo o projeto seria pra todos. Quando mostraram a arte conceitual, tinha um palácio tribal gigante… cercado de SELVA… cheio de homens e mulheres de tanguinha e apetrechos indígenas… bom, é justo falar que todo mundo surtou. Estavam falando de tribal, selva e tanguinhas no centro de um lugar no Sul dos Estados Unidos que não só era relativamente rico como também xenofóbico. Era uma mistura difícil de engolir praquela época. Um dos presentes tentou espalhar sua revolta, mas foi rapidamente imobilizado pelos seguranças depois de quebrar um dos quadros da apresentação com o joelho.
A Disney pegou aquele bairro e quebrou todo também. Casas foram demolidas, terra foi batida e a população não pôde fazer ou falar porcaria nenhuma. A TV e os jornais foram contra o resort no início, mas alguma conexão insana entra o pessoal da Disney e as mídias locais se fez presente e as opiniões mudaram na hora.
Foi isso aí, Ilha do Tesouro, Bahamas. A Disney enfiou milhões lá e ficou por isso mesmo. Aconteceu de novo o Palácio Mogli.
A construção foi acabada. Visitantes se hospedavam lá. Os arredores encheram de trânsito e de mais todas as perturbações associadas a um fluxo intenso de turistas irritados e perdidos.
E então acabou.
A Disney fechou o resort e ninguém teve nem ideia do que diabos acontecera. Mas todo mundo ficou bem feliz com isso. A perda da Disney foi uma coisa hilária e maravilhosa pra um grande grupo de pessoas que não quiseram aquilo em primeiro lugar.
Sinceramente nunca mais dei bola pra história desde o fechamento do lugar, mais de uma década atrás. Moro a umas quatro horas da Ilha Esmeralda e só ouvi relatos, nunca vivi o que de fato aconteceu.
Até que li um artigo de um cara que explorou a Ilha do Tesouro e montou um blog inteiro com todo tipo de merda que achou lá. Coisas… deixadas pra trás. Quebradas, destruídas e arruinadas pelos empregados revoltados por terem perdido o emprego.
Cacete, provavelmente até os moradores tinham dedo naquela destruição toda. As pessoas ficaram tão putas com a Ilha do Tesouro quanto a galera aqui ficou com o Palácio Mogli. Aliás, os boatos eram de que a Disney liberou todo o “estoque” do aquário nas águas locais quando fechou o resort, incluindo tubarões.
Bom, quem não gostaria de se promover com essa história?
O que quero falar é que esse blog sobre a Ilha do Tesouro me fez pensar. Apesar de terem passado muitos anos desde o fechamento, pensei que talvez fosse legal fazer algum tipo de “trilha urbana” no Palácio Mogli. Tirar umas fotos, escrever sobre, provavelmente ver se podia levar algo pra casa de lembrança.
Não vou dizer que fui pra lá na hora, por que, na verdade, passou um ano desde que descobri o artigo da Ilha do Tesouro até que eu fosse lá mesmo.
Durante esse ano, pesquisei o Palácio e o resort… Melhor, tentei.
Naturalmente, nenhum site ou fonte oficial relacionada a Disney fazia sequer menção ao Palácio. Limparam bem os rastros.
Mais estranho ainda foi o fato de que aparentemente ninguém antes de mim pensou em escrever sobre o Palácio ou coisa assim. Nenhuma das emissoras de TV e jornal locais sabiam dizer uma palavra sobre, o que até era o esperado já que dançaram conforme a música da Disney. Não sairiam por aí simplesmente comentando a vergonha dela, saca?
Por fim, não conseguia nem mesmo imaginar onde era o lugar. Tudo o que tinha de guia era um mapa velho pra cacete que chegara pelo correio no fim dos anos 90. Um item promocional enviado àqueles que haviam visitado o Disney World recentemente e, como tinha passado lá no fim dos anos 80, era um desses visitantes “recentes”.
Não pensei realmente em me apoiar nele. Tinha sido enfiado dentro da minha gaveta com todos os livros e quadrinhos da minha infância. Só lembrei dele depois de meses pesquisando e, mesmo assim, precisei de semanas até achá-lo na caixa que meus pais jogaram minhas coisas.
Mas ACHEI o lugar. Os moradores não ajudaram em nada, já que a maioria era de gente que acabara de se mudar… ou de gente velha que simplesmente grunhia pra mim e fazia gestos mal educados assim que eu começava com “Onde posso achar o Palá-“.
A viagem seguiu por uma longa estrada cheia de plantas. Espécimes tropicais tinham crescido como pragas e superpopularam a área, disputando com as espécimes nativas que realmente ERAM daquele lugar e tentavam retomar posse da terra.
Fiquei boquiaberto quando cheguei ao portão de entrada do resort. Portas enormes, de madeira de aparência monolítica, cujos suportes pareciam arrancados diretamente de sequóias gigantes.
Grudado no portão havia um pedaço de alumínio, um quadrado, com letras pintadas a tinta preta.
“ABANDONADO PELA DISNEY“. Claramente uma obra de arte de algum morador ou ex-empregado que tentava protestar.
Os portões estavam entreabertos o suficiente pra passar sem o carro. Segui em frente com uma câmera digital e o mapa, que continha desenhos do layout do resort.
O interior era tão cheio de plantas quanto o exterior. Os coqueiros, sem poda e cuidados, foram engolidos por pilhas formadas por seus próprios frutos. As bananeiras tinham se tornado, também, uma mistura de fedor e casulos de insetos. Havia um tipo disputa eterna entre a ordem e o caos, exemplificada por fileiras de uma espécie de flores, cuidadosamente plantadas nos lugares certos, que jaziam intercaladas por ervas daninhas grotescas e cogumelos escuros e mal cheirosos.
Tudo o que sobrara do lado de fora se resumia a madeira quebrada e podre e outros materiais não identificáveis. O que parecia ter sido um outdoor ou um letreiro de bar era agora somente uma pilha de detritos, destruídos por vândalos e maltratado pelo clima.
A coisa mais interessantes no chão era uma estátua do Baloo, o amigo urso de O Menino Lobo, posta em uma espécie de cercado na frente do prédio principal. O personagem estava congelado num eterno cumprimento pra ninguém, encarando o vazio com um sorriso idiota e cheio de dentes, e pedaços inteiros de seu “pelo” estavam cobertos de cocô de passarinho. Ervas daninhas subiam por sua plataforma.
Segui pro prédio principal – o PALÁCIO – e vi que a parte de fora, nas partes em que a pintura original não tinha caído ou apodrecido, estava coberta de pichações. As portas da frente não estavam abertas, tinham sido arrancadas das dobradiças e levadas de lá.
Acima das portas, ou melhor, do buraco onde elas estiveram um dia, alguém pintou de novo “ABANDONADO PELA DISNEY”.
Queria poder falar que encontrei várias coisas maneiras dentro do Palácio. Estátuas esquecidas, registradoras abandonadas ou uma sociedade secreta e autossustentável de mendigos.
O interior do prédio estava tão consumido, tão vazio, que cheguei a pensar que roubaram até o reboco das paredes. Qualquer coisa que fosse grande demais pra levar… Balcões, mesas, grandes árvores falsas… Tudo jazia misturado nessa câmara de eco que fazia cada passo parecer o ta-ta-ta de uma metralhadora lerda.
Chequei o piso e segui pra onde parecia interessante.
A cozinha estava daquele jeito… Uma cozinha industrial, cheia de equipamentos e espaço, construída a partir de um orçamento generoso. Superfícies de vidro foram quebradas, portas derrubadas das dobradiças e superfícies de metal amassadas por chutes. O lugar todo cheirava a mijo velho.
O imenso freezer, nem um pouco frio, tinha fileiras e fileiras de prateleiras vazias. Ganchos, provavelmente de carne, pendiam do teto. Fiquei lá dentro um pouco e reparei que eles se moviam.
Cada gancho balançava numa direção aleatória, mas seus movimentos eram tão discretos e lentos que era quase impossível notar. Imaginei que fosse resultado dos meus passos e, então, parei cada um com a minha mão, soltando cuidadosamente depois. Dentro de segundos, voltaram a mexem de novo.
Os banheiros estavam praticamente do mesmo jeito. Assim como o resort da Ilha do Tesouro, alguém tinha, metodicamente, quebrado cada vaso de porcelana com cocos e outros objetos. Tinha uns dois centímetros de água parada no chão, rançosa e fedorenta, por isso não fiquei muito tempo lá.
O mais estranhos é que os vasos e pias (e bidês dos banheiros femininos – sim, fui lá também) vazavam, pingavam e desperdiçavam água. Me pareceu que deviam ter cortado a água há muito, MUITO tempo. Havia bastante quartos no resort, mas obviamente eu não tinha tempo de investigar todos eles. Os poucos que vi estavam igualmente destruídos e não esperei achar nada lá. Imaginei que houvesse um rádio ou uma televisão em algum deles, por que realmente pensei ter ouvido uma conversa baixinho.
Apesar de parecer um sussurro, provavelmente minha própria expiração ecoando no silêncio ou água corrente me pregando peças na mente, as palavras pareciam:
-Não acreditei…
-(resposta curta)
-Não sabia disso… Não sabia…
-Seu pai te disse.
-(resposta curta ou possível choro)
Tá, tá… Parece ridículo. Só estou contando o que passei, por que pensei que pudesse ter alguém correndo naquele quarto – pior ainda, vagabundos que se escondiam ali e provavelmente me esfaqueariam.
Ao olhar pro lado de fora, vi algo interessante no pátio que não tinha percebido da primeira vez.
Uma coisa que me daria pelo menos o QUÊ mostrar depois de tanto esforço, nem que fosse só uma foto.
Havia uma estátua perfeita de uma píton, de uns dois metros, toda aconchegada tomando banho de sol num pedestal bem no meio da área. Tava quase na hora do sol se pôr e a luz caía sobre aquilo de um jeito PERFEITO pra uma foto.
Cheguei perto da píton e tirei a foto. Fiquei na ponta dos pés e tirei outra. Me aproximei pra pegar detalhes de seu rosto.
Lenta e casualmente, a píton levantou a cabeça, me olhou no fundo dos olhos, se virou e rastejou pra fora do pedestal, seguiu pela grama e sumiu entre as árvores. Todos os centímetros de seus dois metros e meio. A cabeça sumira tempos antes do rabo descer do pedestal.
A Disney soltara todos os seus animais exóticos por aí. No meu mapa, eu estava na casa dos répteis. Devia saber. Li sobre os tubarões da Ilha do Tesouro, DEVIA saber que eles fizeram isso.
Eu estava apavorado e completamente estupefato. Minha boca permaneceu aberta por um longo tempo antes de eu me tocar e voltar a terra. Pisquei algumas vezes e me distanciei de onde a cobra estivera, em direção ao Palácio.
Mesmo ela tendo ido embora, decidi não arriscar mais e volte pra dentro do prédio. Demorou algumas baforidas e uns tapas na minha fuça pra eu sair do transe.
Procurei algum lugar onde pudesse sentar por que minhas pernas pareciam gelatina. Claro, não havia NENHUM lugar pra sentar, a não ser que eu me contentasse com vidro quebrado e tapete de folha morta ou me apoiar em algum balcão questionável.
Tinha visto uma escada perto do lobby e decidi voltar pra me sentar até que me sentisse melhor. A escada estava longe o suficiente da frente do prédio pra estar relativamente limpa, à exceção de uma crosta de poeira. Tirei uma placa de metal da parede, também pintada com o bordão ABANDONADO PELA DISNEY, com o qual já me acostumava. Pus a placa na escada pra que pudesse sentar sem me sujar tanto.
A escadaria seguia pra baixo. Improvisando uma lanterna com o flash da câmera, pude ver que os degraus davam num portão de metal com barras. Uma placa na porta – dessa vez uma placa de verdade – lia “MASCOTES APENAS – OBRIGADO!”.
Isso me deixou animado por dois motivos. Primeiro, uma área só pra mascotes com certeza tinha coisa interessante naquela época… Segundo, as barras da porta ainda estavam lá. Ninguém se aventurara lá embaixo. Nem os vândalos, nem os ladrões, ninguém.
Era o úncio lugar que eu podia realmente “explorar” e, quem sabe, achar coisa interessante pra fotografar ou roubar na cara de pau. Vim pro Palácio num acordo comigo mesmo, de que não seria ruim pegar o que eu quisesse por que – né – “abandonado”.
Não deu muito trabalho pra abrir a fechadura. Tá, na verdade, minto. Não levou muito tempo pra arrancar a parte de metal por onde as barras da porta estavam presas. O tempo e o abandono fizeram a maior parte do trabalho. Pude dobrar a placa de metal o suficiente pra arrancar os pregos da parede e entrar – coisa que ninguém antes pensou, ou conseguiu, tempos atrás.
A área reservada pra Mascotes era assustadora de verdade, e uma mudança bem-vinda do resto do prédio. Só pra constar, esporadicamente, algumas lâmpadas ainda acendia, piscando e desligando aleatoriamente. Além do mais, nada fora roubado ou quebrado, mesmo sofrendo os efeitos do tempo e da falta de manutenção.
As mesas tinham cadernos e canetas, e havia relógios… Mesmo um lugar pra bater ponto na parede, completo com as fichas dos trabalhadores. Cadeiras estavam espalhadas e havia um espaço com uma televisão velha e cheia de estática e comida e bebida estragadas nos balcões.
Parecia um filme pós-apocalíptico, em que tudo é deixado pra trás na hora da evacuação.
Enquanto caminhava por entre os corredores, que pareciam um labirinto, a paisagem ficou cada vez mais interessante. Me embrenhando mais fundo, mesas e cadeiras foram jogadas no chão, papéis espalhados e quase fundidos ao chão úmido, e um carpete que já começava a absorver a podridão da madeira roxa do piso.
Tava tudo meio “derretido”. O que eu tocava se desfazia, mesmo se o toque tivesse sido dos mais leves, e as peças de roupa das araras dentro de um dos quartinhos simplesmente se desfez numa maçaroca úmida quando encostei.
O que me incomodava mesmo era a luz, cada vez mais esparsa e fraca à medida que seguia mais fundo naquele espaço úmido e sufocante do Palácio.
Eventualmente, cheguei a uma porta listrada de preto e amarelo com as palavras “PREP DOS PERSONAGENS” desenhada nela.
A porta não abriu de primeira. Imaginei que fosse onde as fantasias estavam guardadas e eu realmente precisava de uma foto dessa visão suja e retorcida. Mas por mais que eu tentasse, a porta não abria.
Quer dizer, até eu desistir e começar a ir embora. Foi quando ouvi um barulho e a porta abriu, lentamente.
Por dentro, o quarto estava completamente escuro. Completamente. Usei o flah pra tentar achar um interruptor na parede, mas não havia nada.
Enquanto procurava, fui interrompido por um barulho de eletricidade. Fileiras de luzes acima de mim simplesmente acenderam, algumas piscando e falhando como as outras do início.
Precisei de um segundo pra ajustar os olhos, parecia que a luz iria ficar mais e mais brilhante até explodir os bulbos… mas justamente quando pensei que chegaria nesse ponto, as luzes enfraqueceram e estabilizaram.
O quarto era exatamente o que eu pensei. Várias fantasias da Disney penduradas nas paredes, arrumadas pra parecerem cadáveres de algum desenho animado esqusito.
Tinha uma arara inteira só de tanguinhas e vestes “nativas” ao fundo. O que achei esquisito, e quis fotografar na hora, era uma fantasia de Mickey Mouse no centro da sala. Ao contrário das outras, estava jogada de costas, como a vítima de um assassinato. O pelo da fantasia estava podre e se desmanchava, formando falhas. Mais estranho ainda, porém, era a cor da fantasia. Era como um negativo do Mickey de verdade. Preto onde devia ser branco e branco onde devia ser preto. O resto, normalmente, vermelho, era azul claro.
A visão era perturbadora o suficiente pra me fazer deixar aquela foto pro final.
Fotografei as fantasias nas paredes. De cima, debaixo, de lado, mostrando uma arara inteira de desenhos animados estáticos e putrefatos, alguns sem os olhos de plástico.
Decidi montar uma foto. Uma das cabeças decapitadas das fantasias. Agarrei uma fantasia de Pato Donald e, cuidadosamente pra que não desmontasse, retirei a cabeça. Enquanto eu encarava aquela cabeça olhuda, um barulho alto me fez pular de medo.
Olhei pros meus pés, e entre eles havia um crânio humano. Caíra da cabeça do mascote e se desmanchou em mil pedacinhos; só uma cara vazia e um maxilar sobraram, olhando de volta pra mim. Deixei a cabeça do Donald cair na hora, como vocês fariam, e corri para a porta. Na saída pro corredor, olhei pra trás pro crânio.
Eu precisava de uma foto, saca?PRECISAVA, por inúmeras razões que talvez pareçam bobas, mas não são se você pensar bem.
Precisava de prova do ocorrido, principalmente por que a Disney queria encobrir isso. Sem dúvida, desde o começo, mesmo que isso fosse só vista grossa das feias, a Disney era RESPONSÁVEL.
Foi quando o Mickey, o negativo, o oposto do Mickey, no meio do chão, começou a se levantar.
Primeiro sentou, depois se pôs de pé… a fantasia… ou quem estivesse lá dentro… parou no centro da sala, o rosto me encarando diretamente enquanto eu repetia “não”…
Com mãos trêmulas, o coração batendo contra o peito, e pernas de gelatina, consegui levantar a câmera e mirar a criatura-negativo que agora me encarava em silêncio.
A tela da câmera, contra a luz, mostrava só pixels no formato da coisa. Era a silhueta perfeita da fantasia do Mickey. A câmera, se movendo nas minhas mãos instáveis, acompanhava o contorno do Mickey enquanto ele se mexia. Aí a câmera desligou. Ficou quieta, a tela apagada…quebrada…
Voltei a encarar a fantasia do Mickey.
-Ei…. – chamou, numa imitação perfeita, retorcida e sussurrada da voz do Mickey – quer ver minha cabeça saindo?
Começou a puxar a própria cabeça, com seus dedos desajeitados, num movimento similar a de um homem ferido tentando se livrar dos dentes do predador…
Enquanto remexia o pescoço… tanto sangue saindo..
Um líquido grosso, amarelo e fedorento…
Me virei assim que ouvi o ruído nauseante de tecido e pele sendo rasgados… Só quis fugir. Acima da porta, do lado de fora do quarto, vi a mensagem final, marcada em metal com ossos… ou unhas…
ABANDONADO POR DEUS
Nunca descarreguei as fotos da câmera. Nunca escrevi um blog sobre. Depois de correr daquele lugar, pela minha sanidade, se não pela minha própria vida, soube por que a Disney não queria que ninguém soubesse…
Não queriam ninguém como eu entrando…
Não queriam que aquilo saísse…
E você acha que essa história pode ser real? Já conhecemos diversas histórias macabras da Disney…
VIA MEDOB