Final Fantasy VII – segurando meus pensamentos em meu coração

Final Fantasy VII é um dos jogos mais amados, prestigiados e comentados da história. De maneira similar (e muito menos importante), é um dos jogos que mais mudou minha vida, e também o meu favorito. Hoje é meu aniversário, onde eu paro de ser uma pirralha mimada e viro uma adulta mimada. Esse texto é um projeto especial meu. Por muitos anos (uns três) eu me perguntava como poderia abordar esse jogo tão especial de algum jeito único e eu finalmente descobri como. Esse é provavelmente meu maior texto em tamanho (até maior que o de Kingdom Hearts II), e também em importância. É o projeto da minha vida, e vou fazer dele uma ótima celebração de Final Fantasy VII… e da vida.

Naturalmente, é meu aniversário de 18 anos, então eu começo a pensar bastante sobre a vida. Eu estou muito grata por estar aqui, e jogar FFVII na época atual foi um presente maravilhoso. Sabe, eu tenho muita dificuldade pra rejogar ele pela extensão e gameplay com pacing mais lento, mas esse foi o momento perfeito pra finalmente conseguir ter essa vontade. Nesse texto vão ter muitas imagens e uma boa parte delas não vão ser desse ano. Vão ser de 2022, 2021, 2020, 2019, 2018 até chegar em 2017, que foi o ano que joguei pela primeira vez. Eu tenho tudo guardado no PC e vou usar o máximo dessa história que conseguir. Obrigada por terem aberto esse texto.

Parte I
Aqueles Escolhidos pelo Planeta

Prelude

Final Fantasy VII é inevitavelmente inesquecível e conhecido por quase todo mundo. Inúmeros prêmios e diferentes análises foram feitas pelos anos, com certeza mais de 10.000. Dar seu próprio palpite em um jogo dessa magnitude não é pouca coisa, mas honestamente eu não vejo esse texto dessa forma. Isso é bem mais algo pessoal do que sobre o mundo inteiro. Por isso, resolvi separar essa análise em duas partes, com muitos capítulos em cada. Essa primeira parte é uma análise tradicional do jogo, algo que a maioria das pessoas esperaria ao entrar no texto. Também recomendo que leiam essa parte e pensem bem antes de seguir para a segunda, que vai constituir a maior seção do texto muito facilmente. Escrevi elas para que você não precise ler a segunda se não quiser, já que ela vai ser uma análise da história inteira do início ao fim. Eu particularmente não gosto de análises desse tipo mas eu resolvi fazer isso porque… porque eu quero. É meu jogo favorito, é meu aniversário, é meu texto. Mas, claro, ninguém precisa ler essa segunda parte pelo tamanho dela e pelos inúmeros spoilers que vocês podem pegar. Recomendo passarem pra ela só se jogaram Final Fantasy VII.

Sem mais delongas, a primeira coisa que você vai inevitavelmente notar ao jogar é a ambientação. O mundo de Gaia é uma ficção futurista quase-distópica que segue muitas ideias originais e bastante realistas para cumprir seus propósitos. Vendo a lore e certos detalhes desse universo, você pode facilmente acreditar que isso seria possível na vida real. A maneira como VII apresenta e desenvolve seus conceitos é incomparável, principalmente por estar presente em tudo no jogo. Isso é algo que não se pode vencer, o mundo de FFVII é vivo e consegue fazer isso sem ter que imitar a realidade, embora às vezes a imite muito bem.

A tecnologia em VII é baseada principalmente na energia Mako. “Mako” é um tipo de energia que pode facilmente ser “real” porque explica de uma maneira diferente coisas existentes no nosso planeta. “Mako” por exemplo seria a vida dentro das plantas, o que faz o universo funcionar e seus ciclos serem possíveis. Naturalmente, sem essa energia vital do planeta, ele e tudo que existe nele vão morrer. Essa energia anda por algo chamado “Lifestream”, e o Lifestream se torna semi-infinito pelo ciclo da vida. Quando uma pessoa morre, seu corpo volta para a terra e se torna uma nova vida dentro desse Lifestream. Mas se você retirar a energia do planeta, ele não vai ter tempo para repô-la. É isso que energia Mako faz. Embora exista eletricidade em Final Fantasy VII, Mako é muito mais eficaz, prática e poderosa. Mako possibilita coisas surreais, e os extensos avanços científicos de um mundo levemente cyberpunk vm dessa energia.

Mas ainda em um mundo que em muito seria mais avançado que o nosso, existem coisas que não aconteceram e com boas razões. A exploração terrestre já não é perfeita, visto que existem muitas ilhas e cidades que não se conectam de nenhuma forma com o resto do mundo. Por exemplo, Mideel é a única cidade (até então) de um pequeno “continente” ao sudeste, mas quase ninguém conhece esse lugar. No nosso mundo pode não existir algo tão forte quanto energia Mako, mas a grande maioria das terras do nosso planeta tem uma certa comunicação. Também é fácil notar como existem poucas cidades em Final Fantasy VII, mostrando que a ocupação humana também não é tão avançada quanto a do nosso mundo real. Mas algo que é ainda mais fácil de notar é a exploração espacial.

Todo mundo em nossa realidade sabe que já fomos para o espaço muitas e muitas vezes. Até o fodido do Elon Musk foi pro espaço. Em FFVII, isso nunca aconteceu. Os seres humanos já tentaram ir para o espaço, mas desistiram. Claro, tudo isso só seria possível com o apoio da Shinra, que é a empresa globalizada que controla quase o mundo todo. É também a Shinra que criou a energia Mako em primeiro lugar. Os esforços para ir para o espaço levaram à construção do primeiro e único foguete do planeta, mas por um problema no lançamento acabou por não decolar. Teoricamente eles podiam tentar de novo em outro momento, mas a Shinra não achava que seria algo benéfico em questão de lucros, então desistiu. Isso é muito interessante, porque mesmo que algo que ocorreu no nosso mundo fosse possível, uma simples mudança no destino levou isso a ser esquecido.

Mas algo sobre a tecnologia que é muito legal é que você pode ver diferentes veículos pelo jogo, que tem um foco meio diferente. Ele também faz questão de mostrar como certas coisas funcionam em tecnologia, como as rotas dos trens que circulam Midgar tanto pelos setores superiores quanto inferiores. Gaia é um mundo muito detalhado, e há muitos aspectos dele que também parecem algo da vida real, fazendo tudo ainda mais acreditável.

Esse mundo também não é só feito da tecnologia, pois também é do que ela acaba causando. Existe uma desigualdade social gigantesca, já que a mega-corporação que controla todo o planeta visa apenas seus próprios lucros… como no mundo real. Midgar é a megalópole, uma cidade gigantesca que precisou ser separada em oito setores diferentes, que por si só eram cidades grandes. E ainda assim, Midgar tem dois andares. O segundo andar é onde vivem as pessoas economicamente estáveis que tem condições. No andar inferior estão as favelas. Pessoas que criam uma vida para si próprias sem a ajuda da Shinra, vivendo no lixo e resquícios do passado. Fora Midgar também existem muitas cidades que embora tenham importância comercial, estão vivendo na miséria. North Corel é uma pequena cidade que foi destruída pela Shinra (um fato encoberto na sociedade), mas ainda existe pelo esforço das pessoas, pela presença de um Reator Mako no local, e por uma estação que pode levar as pessoas até o maior estabelecimento do mundo, o Gold Saucer.

Por fim, vale mencionar que houve uma guerra no passado do jogo entre a Shinra e uma nação ao oeste chamada Wutai. O motivo foi a possível construção de um Reator Mako nas terras, porque além de energia, Shinra teria controle econômico sobre a nação. É muito interessante ver a política de universos fictícios, e um mundo sendo controlado economicamente por uma corporação é muito interessante. Quer dizer, a Amazon é global, mas ela não tem possibilidade de travar uma guerra. Ah, e algo muito interessante é que aparentemente não existe uma religião em Gaia, mas o conceito de um “Deus” ainda é real. O mais perto que chegamos é o planeta, mas é amplamente conhecido e cientificamente comprovado que o planeta tem vida, até porque ele é a própria vida. Assim, ele não é um deus, e os protagonistas até se referem a ele como uma criança que precisa ser cuidada. Também existem os seres chamados “Ancients”, mas eles foram uma raça que viveu há muito tempo em Gaia e que tinha conhecimento e tecnologia extremamente avançada, assim como conseguiam viver em conexão com o universo em uma relação de dar e receber, ao invés de arrancar tudo do planeta. Foi o conhecimento dos Cetra (o nome real deles) que fez a energia Mako possível, e a extinção deles foi feita majoritariamente por culpa dos humanos.

A ambientação do jogo também não é apenas geral, mas específica. Quando você faz parte de um grupo terrorista e vai explodir reatores para tentar “salvar o mundo”, você realmente se sente assim. Mas, ainda mais impressionante, são os momentos de “terror” desse jogo.

Who… are you?

Embora o sentimento deixe de ser frequente mais à frente no jogo, o início de Final Fantasy VII traz muitos momentos assustadores. Por vezes, você vai ouvir vozes, ter alucinações, ver vultos. Alguém fala com Cloud em momentos específicos sem que você saiba quem é, trazendo indagações sobre o passado do protagonista. Dúvidas sobre si mesmo, e o medo de estar esquecendo algo importante.

Muitos sentimentos de medo são passados pelas músicas do jogo, e causam um impacto muito maior em cenas importantes. O massacre que ocorre dentro do prédio da Shinra é visto pelos protagonistas enquanto eles seguem rastros de sangue de algo que eles não conhecem, mas sabem que não é humano. A cena icônica do Sephiroth em meio ao fogo sucede um dos momentos mais agonizantes liberados pela música “Those Chosen By The Planet”, que além de medo traz ansiedade, incerteza, e desespero. Sephiroth é um vilão que dá muito medo, e o imenso respeito que o mundo inteiro (o real) tem por ele é em muito transmitido pelas músicas relacionadas a ele.

Final Fantasy VII

A verdade é que a música desse jogo é simplesmente inesquecível. Seus efeitos de áudio característicos fazem dela uma das trilhas mais icônicas da história dos videogames, algo que não pode ser reproduzido. Essa é uma das melhores trilhas sonoras do mundo e isso é amplamente reconhecido. One Winged Angel, JENOVA, Fight On, o próprio tema do jogo ou da personagem “Aerith”, constituem na indústria um time de trilhas memoráveis e instantaneamente reconhecíveis. Não é à toa que a ambientação do jogo é tão boa, já que a música perfeitamente engloba os sentimentos que cada cena quer passar.

Final Fantasy VII

Pode ser que o assunto não caiba muito no capítulo “Who… are you?”, mas os gráficos do jogo são muito interessantes. De certa forma “envelheceram” bastante rápido, já que mesmo no PS1 a própria Square lançou Final Fantasies mais bonitos, mas VII tem um carisma sem igual. Os personagens fora das lutas tem um design extremamente simplista e meio esquisito, aliados de texturas com quase nenhuma sombra e os gráficos pixelados de um PS1. Esses bichinhos engraçadinhos fazem algumas cutscenes hilárias por eles serem essas coisinhas estúpidas. Mas os gráficos dentro das lutas mudam para algo muito mais refinado e bonito, com proporções adequadas e animações bem feitas. Tudo fica extremamente mais atraente quando você entra em combate, o que é bem apreciado. Também existem os gráficos em CG das cutscenes, que são muito mais “HD” embora não tão bonitos por conta da época. Esse estilo gráfico é bem recorrente em Final Fantasy para cenas que precisam ser mais detalhadas ou são mais importantes. Em FFVII é um adendo necessário, já que os gráficos fora dos personagens são apenas imagens com colisões. Cenários pré-renderizados para terem mais detalhe, são só fotos e texturas.

Final Fantasy VII

Those Who Fight!

Antes de entrarmos no mérito de escrita precisamos passar pela gameplay, que consiste uma boa parte do jogo embora não a maior. As batalhas funcionam com o sistema de ATB característico de Final Fantasy. Isso significa que a ordem de ações é determinada em tempo real com uma barra enchendo. Você pode mudar a velocidade dela de diferentes formas, e enquanto você seleciona suas ações o inimigo pode estar recebendo ATB. Seu ATB fica mais rápido quando você usa a habilidade Haste ou tem um Limit Break pronto pra uso; esse último também te dá prioridade nas suas ações. ATB é um sistema um pouco controverso, mas eu gosto bastante, embora seria melhor que tudo parasse quando meu personagem fosse fazer uma ação. Afinal, mesmo que eu tenha enchido a barra antes, o meu oponente pode atacar primeiro porque eu tava me decidindo. Isso acontece bastante nesse jogo, porque a luta só para quando você entra em um menu como o de magias, então entrar no menu errado sempre me dá um aperto no coração porque quando eu sair dele pra ir no certo meu inimigo provavelmente vai atacar. Mas o sistema de ATB é só isso mesmo, ele tem algumas sub-regras mas tudo acaba voltando pro conceito básico da descrição dele. Vamos seguir em frente.

Algo muito importante pra algumas mecânicas que eu vou falar são os status dos seus personagens. Força, Destreza, Vitalidade, Magia, Espírito e Sorte. A força aumenta seus ataques físicos, destreza aumenta a velocidade da sua barra de ATB, vitalidade é defesa contra ataques físicos, magia aumenta a força dos seus ataques… mágicos né, e espírito sua resistência contra eles. Sorte faz algumas coisas mas normalmente é pra danos críticos. Também existem mais três atributos especiais, que na tradução original são Attack%, Defense% e Magic def%. Isso é basicamente Precisão, Evasão e Evasão Mágica. Isso significa que eles ditam se você vai acertar seus ataques e se vai desviar dos inimigos. Tá escrito em porcentagem mas é meio estranho que vai bem além de 100, como visto em uma arma que tem 255% de precisão e não vai errar nunca. Isso é balanceamento com relação a evasão dos seus inimigos, mas podia ser feito de um jeito mais prático né?

O motivo para esses status serem importantes é o sistema de Materia, a mecânica principal do jogo. Materia são… tudo, todos os seus comandos. Claro, você pode atacar normalmente e usar itens sem Materia, mas qualquer outra ação precisa delas. Você as equipa nas suas armas e armaduras mas não vamos falar disso ainda. A questão é que além delas terem seu próprio efeito, elas mudam seus status. Magia normalmente diminui seu HP, por exemplo. Isso faz as decisões no equipamento de Materia muito mais impactantes, já que certos personagens talvez não devessem usar magia se forem perder muito HP, e vice versa. No início do jogo as diferenças são pequenas, mas depois da segunda metade uma simples materiazinha pode tirar 1000HP do seu personagem, já que as reduções são feitas em porcentagem.

Com isso em mente, vamos falar sobre Materia. Primeiro, cada equipamento tem um número determinado de slots e alguns deles vão estar ligados. Cada equipamento também tem um determinado ganho de AP (o que evolui as Materias), podendo ir de nada até triplo ganho. Os slots de Materia, quando ligados, deixam que elas se combinem em efeitos. Por exemplo, uma magia de Cura (Recovery Materia) com uma “All Materia” fazem que você possa curar todos os seus amigos no mesmo turno sem gastar mais MP pra isso. E evoluir essa All Materia deixa você fazer isso mais vezes por batalha na mesma magia. Evoluir Materia é feito simplesmente lutando, e você vai receber AP baseado no tipo de “Materia Growth” dos seus equipamentos, o que já foi explicado. Se Fire receber AP suficiente, você vai receber a magia “Fira” (no jogo é Fire2 por uma tradução malfeita). De igual modo, algumas Materias simplesmente aumentam seus status sem fazer mais nada, essas vão acabar por aumentar mais ainda quando evoluem. Mas vamos para os tipos de Materia pra falar mais especificamente.

As primeiras são as mágicas (Verde), as mais conhecidas e comuns. Elas são as magias, como Fogo, Terra, Cura, Veneno, essas coisas. Elas tem seu próprio menu, mas não são o único tipo de magia do jogo.

A segunda Materia é de Suporte (Azul). Essas não funcionam por si só e precisam ser equipadas junto com alguma outra Materia. Por questão de lógica, nem toda Materia pode ser usada com uma dessas, como a “All” que não vai funcionar em muitas Command Materia. Support tem coisas como “HP Absorb”, “All”, “Elemental” que adiciona o elemento pareado ao seu equipamento, ou “Final Attack” que faz seu personagem usar a Materia equipada antes de morrer automaticamente. Essa você pode linkar com o summon “Phoenix”, fazendo não só seu personagem reviver automaticamente como também outros membros do time que podem ter morrido.

Em terceiro, temos as Comando (Amarelo). Existem poucas Command Materia no jogo (na verdade tem bastante só que a maioria é late game), mas elas são muito, muito úteis. Como cada uma é uma coisa completamente nova por si só, vale a pena falar de todas:

Throw – Você pode jogar um item e evoluindo, dinheiro também. Poder jogar dinheiro é muito bom contra certos superbosses.

Manipulate – Você literalmente pode usar seu inimigo, e os ataques dele. Pra uma certa sidequest do jogo isso é muito necessário.

Deathblow – Todo Deathblow que você acertar é um critical hit, mas ele tem bem menos precisão e vai errar mais vezes. Pareado com a Sniper CR do Vincent que tem 255% de precisão é uma materia muito boa, senão não se vê muito uso pela falta de consistência.

Steal – Roubar, e caso você upe bem vira a habilidade “Mug”, que é roubar… enquanto dá um soco!

Morph – Um ataque fraco, mas se matar um oponente (ou seja, ser o último hit pra matar ele) você o transforma em um item. Nunca usei muito porque me testa a paciência essa Materia, mas tem bastante coisa boa pra pegar com ela.

Sense – Uma análise do seu oponente, mostrando vida, MP e suas fraquezas.

Mime – O personagem vai copiar exatamente a mesma ação do último personagem aliado, independentemente se ele usou algo que você não possa fazer (exceto Limit Breaks).

Double Cut – Seu ataque normal vira um de dois hits, o que é atacar duas vezes por turno. Se você evoluir, vai poder atacar quatro vezes, e os personagens tem animações diferentes pra cada ataque, o que é bem divertido e bonitinho.

Master Command – Você tem todos os comandos pra usar. Período. Muito foda.

Slash All – Seu ataque normal acerta todos os oponentes de uma vez.

W-Item – O W é “Double”, significa poder usar dois itens, e não precisa ser o mesmo!

W-Summon – Invocar dois Summons de uma vez.

W-Magic – Usar duas magias!

O quarto tipo de Materia é Invocação (Vermelho). Ativa uma longa animação pra invocar um bicho muito foda que vai acertar todos os oponentes do seu próprio jeito. No início do jogo, os Summons básicos já são seu ataque mais poderoso. Mais pra frente ainda tem os Bahamuts pra causar bastante dano, embora você também cause muito dano sozinho então não são mais o ápice do seu poder. Cada Summon só pode ser invocado uma vez por luta, a não ser que você o evolua permitindo que invoque mais vezes.

O quinto e último tipo são as Independentes (Roxinhas), que fazem algum efeito passivo que vai estar sempre ativo. Por exemplo, Counter (roxo, não azul) vai fazer com que seu personagem revide ataques de vez em quando com um ataque normal. Isso é muito bom mas já me irritou bastante porque às vezes eu esqueço que tá equipado no Cloud e decido evoluir Limit Break de outros personagens até que os inimigos começem a atacar o Cloud e morrer um por um automaticamente. E sim, isso aconteceu com o Sephiroth, então não teve finisher fodão de Omnislash. Aqui também tem Materias que aumentam Stats, ou atraem Chocobos, ou atraem inimigos com mais frequência.

Mas existe um sexto tipo secreto… na verdade se você jogou deve ter notado que eu não mencionei ainda. Enemy Skill é uma Materia de comando, mas ela é especial então deixei pro final. Essa é uma das melhores do jogo inteiro e por boas razões. Acontece que FFVII, embora tenha um sistema de combate muito bom, possui algumas habilidades que não podem ser inseridas nos outros tipos de Materia por balanceamento, ou por uma decisão de organização. Por exemplo, a habilidade LV 5 Death, que não quiseram colocar em uma Materia porque já existe uma que tem o efeito “Death”. Enemy Skill é uma Materia que aprende ataques dos seus oponentes quando eles usam no seu personagem. Assim, você pode usar ataques de água mesmo que não exista uma Materia “Water” no jogo. O mesmo pra vento. Também deixa que você use coisas muito mais específicas como “???” que não entendo o nome mas causa dano no seu oponente em uma matemática do HP atual e HP máximo ou sei lá o quê, nunca entendi direito. O que eu entendi é que sempre vai tirar metade da vida do seu inimigo mas nunca matar ele. As habilidades mais fortes do jogo estão aqui; como White Wind que retira qualquer efeito ruim dos personagens ou Big Guard que causa Barrier, Magic Barrier e Haste em todos eles (protege contra ataque, magia e te deixa mais rápido). Existem apenas quatro dessa Materia no jogo, e você tem que conseguir as habilidades por si próprio pra cada uma se quiser ter mais de um personagem com elas. Tem mais de 30 Enemy Skills!

Esse é o sistema de Materia, a mecânica principal do jogo, mas não a única que foi introduzida! Os Limit Breaks teoricamente existem desde o jogo anterior, mas nunca funcionaram como aqui (e acredito que não tinham o mesmo nome). Todo personagem tem uns sete ataques especiais fortes pra burro que são conseguidos ao encher uma barra de “Limit”. A barra sobe quando você toma dano, mas não desce quando se cura. Isso significa que você vai se ver querendo tomar hits altos pra aumentar ela com frequência e poder usar seu ataque esmigalhador de bichinhos. Existem quatro níveis de Limit Break, cada um com duas habilidades, exceto o LV4 que é a sua mais forte e só tem um. Pra conseguir o segundo Limit Break de um nível você precisa usar o primeiro muitas vezes. Pra evoluir de nível precisa matar um certo número de inimigos. Isso faz com que a progressão pelo jogo seja natural, mesmo que você possa ganhar todos no primeiro momento que ver Random Encounters, só que esse é o jeito mais imbecil de fazer isso. E eu já fiz isso antes. Não vale a pena. Vale mencionar que Vincent tem só um Limit Break por nível e que Cait Sith só tem dois níveis, com só uma skill em cada.

Final Fantasy VII

Outra mecânica é a formação do seu time, no caso, se o personagem está atrás ou na frente. Isso é muito importante porque decide quanto dano você toma e quanto dano você dá. Mas é uma mecânica bem simples mesmo, e existe a Long Range Materia que permite seu personagem dar o mesmo de dano mesmo estando atrás. Também deixa que você ataque inimigos que estejam longe demais pra tomar hit básico.

Os itens são importantes aqui também, diria que bem mais do que outros RPGs que to acostumada. Só que também é provável que você sempre tenha o item que procura, então não existe muito uma manutenção dos seus recursos. Existem itens que aplicam efeitos normalmente curativos (seja de HP, MP ou Status), e então itens de batalha, que causam efeitos especiais. Por exemplo, granadas que causam dano de fogo a um inimigo. Você talvez use essas coisas, talvez não, mas são bem úteis na verdade. Me salvaram algumas vezes, embora sejam poucas.

Evoluir personagens é algo que eu nunca tinha pesquisado sobre mas acabei percebendo nessa última playthrough. O sistema de experiência faz com que personagens que você não esteja usando sempre recebam metade do XP que os outros receberam, o que é algo que gosto muito. Não sou fã deles receberem tudo, mas é muito bom que eles recebam metade porque sempre vão estar perto dos que você usa mais, caso você acabe precisando usá-los. Eu não tenho esse problema porque sempre tenho no meu time quem tem o nível mais baixo (logicamente, trocando quando eles sobem acima de outros), e eu gosto disso porque eu acabo usando todo mundo.

E por último, os inimigos. Inimigos normais não são problemas nesse jogo, eles costumam ser bem mais fracos que seus personagens. Mas eles estão lá por dois motivos: treinamento e balanceamento. Com treinamento me refiro à experimentação e aprendizado das suas mecânicas, já que sempre que tiver algo novo vai ter muitas chances de experimentar com inimigos normais antes de realmente precisar usar. Isso serve pra personagens, Materia, armas, itens, etc. O balanceamento é que mesmo que você ignore todos os inimigos que puder, o fato deles serem aleatórios e não dar pra esquivar vai sempre fazer seus personagens estarem no nível ideal pro que eles vão enfrentar. FFVII é um jogo extremamente fácil e é meio que por culpa disso. Nos ports recentes você pode desligar Random Encounters e isso deve ser muito interessante no quesito de balanceamento. Talvez o jogo finalmente fique difícil! Quero muito fazer uma run com isso pra ver.

No início do jogo os bosses são muito, muito bons e de fato desafios. Mas depois que você consegue coisas como Ultima já não são mais. Ainda tem bosses absurdamente difíceis como Ruby e Emerald Weapon, mas essas são superbosses secundários que você talvez nunca enfrente. Agora Sephiroth é obrigatório, e ainda assim bastante fácil. Não significa que você não vai morrer pra alguns deles, mas em um jogo tão longo a maioria acaba pesando, e a maioria realmente é bem fácil. Um boss realmente fodido é o Lost Number, o boss da Mansão Shinra. Esse é opcional, mas obrigatório se você quiser ganhar o Vincent o que eu realmente espero que você faça porque ele é muito bom. Outra coisa sobre os inimigos em geral é que tem muitas animações absurdamente longas e entediantes pra ataques que não dão nada de dano e isso é muito irritante. Mas, de novo, dá pra aumentar a velocidade do jogo nos ports mais recentes.

Em geral o combate é… interessante. Embora tenha seus bons momentos acaba por ser um estilo de luta simples demais em um jogo muito fácil. E como é um jogo fácil, o sistema de atributos com Materia acaba por não fazer tanto efeito quanto poderia. Os lugares em que o combate de fato se mostra efetivo são em lutas secundárias feitas para serem difíceis, e nelas você normalmente vai pegar uma estratégia da Internet pra vencer. Combate em turnos acaba por ser um pouco difícil de se acertar em um Final Fantasy por eles serem meio que o padrão de um, mas existem RPGs de turno com combate desafiador e alguns até usam ATB como Chrono Trigger. Persona 3 me vem à cabeça pelo seu personagem mudar todos os seus stats quando troca de Persona, dando muitos motivos diferentes pra você usar um ou outro deles, além das habilidades. Ainda assim, não é no combate que FFVII realmente se destaca.

Listen to the Cries of the Planet

Essa é uma das histórias mais belissimamente construídas da história (dos videogames). É isso o que um bom número de pessoas achava também até sair The Last of Us e todo mundo magicamente mudar de ideia. Ok, eu to exagerando, mas FFVII é conhecido pela sua história mais que qualquer coisa, e ela é de fato muito única.

Existem diferentes maneiras de uma história ser boa, e quem olha de fora talvez não enxergue isso com Final Fantasy VII, porque, de diversas maneiras, ela se encaixa em uma jornada heroica fantasiosa cheias de desafios, perigos, perdas e sei lá mais o que vocês poderiam dizer sobre a maioria dos RPGs. De fato, muitas histórias são elogiadas por mudarem o método de serem contadas, ou por adicionarem um twist especial que as tire desse padrão. Mas algo que eu gosto muito sobre arte é que não existem regras. FFVII é sim uma aventura fantasiosa relativamente comum, mas não é como nenhuma outra.

Como mencionado antes, o mundo desse jogo é muito vivo, mas a história também é. É muito fácil de perceber que houve um esforço absurdo na criação desse enredo e pra fazer desse universo o mais bonito que você vai ver. FFVII mudou muitos padrões e quebrou outros, e seria fácil dizer que naquela época uma coisa ou outra não era tão comum, implicando que é por isso que VII é bom… mas a questão é que é realmente muito bem feito até hoje.

Os personagens são absurdamente carismáticos e oferecem muita profundidade, o que é um jeito bem repetitivo de dizer que eles tem múltiplas facetas. As relações entre eles também são complexas e interessantes, de modo que mesmo que todos eles sejam bons amigos no fim do jogo, isso não foi conquistado sem muito suor e trabalho. Mesmo quando aliados, tem gente ali que em certo momento nunca se importou com a missão, ou era um inimigo dos outros forçando eles a se juntar, ou que simplesmente seguia em frente sem saber o que estava fazendo (algo que até pode ser real pra um bom pessoal lá).

Se existe algo que faça essa história diferente das outras é que não existe potencial perdido nela. Quando existe uma oportunidade ou algo no plot se conecta, a escrita toma iniciativa pra desenvolver. Todos os momentos de VII acabam por ser muito completos, e isso também é evidência de uma época menos pesada no desenvolvimento de jogos AAA que dava mais liberdade para os escritores, por assim dizer. Claro que não era perfeito, mas o pessoal realmente teve tempo e trabalhou duro pra criar uma história dessas. Mas o que eu to dizendo agora é só pra te convencer que FFVII não é só qualquer outro plot mas esse não é o único motivo dele ser tão bom.

Não faz diferença a qualidade de uma criação se ela não tiver algo importante – sentimento. É isso que importa, e é isso que fez VII ser o que é. É uma aventura inesquecível; não porque você a presenciou com a mente, mas sim sentiu com o coração. E isso não é só feito com momentos impactantes, como o fim do primeiro CD (em que a maioria das pessoas já sabem o que rola), mas com música, visual, ambientação, conforto, medo, tristeza: quando você sente algo nesse jogo, você sente pra valer.

A verdade é que esse jogo mudou minha vida lá em 2017, me dando uma felicidade que eu nunca tinha conhecido. Eu entrei em uma depressão pouco antes de jogar e voltei à ela uns meses depois de terminar, mas eu tinha uma esperança. Enquanto eu jogava FFVII nada mais importava, e ao mesmo tempo eu começava a apreciar o que importava quando eu não tava jogando. Atualmente, eu sinto isso de maneira ainda mais forte. Eu só cheguei onde cheguei, e só sou quem sou por causa desse jogo. Eu sou muito mais feliz agora e tenho ainda mais esperança, algo que foi plantado em 2017 por esse jogo. O pior é que nesse ano específico e enquanto eu jogava FFVII, tudo ainda dava errado. A vida não tinha parado de ser dura, e foi durante os anos seguintes que eu realmente entendi o que é depressão. Mas em 2017 isso não importou nadinha.

Eu tinha um refúgio em FFVII, mas ele também me liberava para o mundo com algo bonito dentro de mim. Honestamente, as memórias e sentimentos desse jogo me fizeram passar por muitos momentos difíceis. Existem muitas obras especiais pra mim, mas essa aqui foi algo muito, muito lindo.

Nunca um elenco de personagens foi tão absurdamente incrível pra mim. Tanto nas personalidades e história quanto esteticamente, essa é a party de protagonistas que eu mais amo em RPGs, com um dos meus vilões favoritos (a Shinra, não só Sephiroth) e o universo que mais bizarramente se conectou comigo. O planeta, as lutas, os problemas dos personagens, não tem algo tão forte quanto isso. Eu juro que queria estar falando mais coisas, mas não tenho como expressar como eu amo essa história sem entrar mais nela… mas isso é meio que a Parte 2 do texto, então eu to tentando resumir de alguma forma. Só é muito difícil juntar o amor de anos em tão poucas palavras.

Mas também eu sinto que poderia falar sobre esse jogo infinitamente. Em palavras mais exatas e diretas: Final Fantasy VII é o RPG mais foda de todos. Esse enredo adapta diferentes situações e acontecimentos, além de ter muita inspiração na vida real, pra fazer uma aventura que parece uma vida toda em 60 horas de duração. Talvez menos. Esse jogo é uma dádiva e mesmo que outros RPGs também consigam reproduzir sentimentos parecidos, tem um negócio especial demais nesse pequeno universo. Os temas que ele lida também são muito interessantes e é uma história extremamente detalhada – no nível dos seus protagonistas serem terroristas com boas intenções mas ainda assim ver todas as coisas ruins que acontecem por sua causa, pelo que você julga ser certo. FFVII levantou essa questão para que você pense em coisas que de fato existem no mundo real. Desigualdade social, transtornos, depressão, abuso. Pode ser que sejam só detalhes em algumas coisas e que parte desses temas tenham um fator fantasioso, mas eles são reais e muito facilmente se relacionam com algo que existe no nosso mundo. Cloud é um personagem absurdo de foda, muito bom mesmo, e a história dele é algo a ser pensada com mais frequência.

E além do Cloud ser um protagonista muito bom, Tifa é uma personagem extremamente bem feita e uma mulher muito forte mental e fisicamente desde o século 20. Aerith é um dos personagens mais interessantes e complexos dos RPGs, com uma das personalidades mais carismáticas também. Barret é um personagem maravilhoso e seus sentimentos e motivações são algo extremamente real, principalmente por ele ser alguém que tem falhas evidentes e ainda assim é um dos melhores do time. Nanaki, Cait Sith, Vincent, Cid e até a Yuffie são pessoas incríveis por si só, mas ainda melhores em um time tão incomum e ainda tão conectado.

Sephiroth é um vilão que embora comece sendo fácil de simpatizar, cada vez fica mais cruel e absolutamente assustador. O pessoal da Shinra como Rufus e os Turks são pessoas carismáticas e profundas, muito fáceis de gostar também, mesmo que estejam fazendo merda e do lado errado. Personagens menores como Shera, Dyne ou a mãe da Aerith (Elmyra, mas ninguém lembra o nome dela) são pessoas reais que, mesmo não sendo protagonistas, têm seu próprio espaço na história do universo e vivem nos corações das pessoas que fizeram tudo que podiam para salvar o planeta. E “salvar o planeta” é algo muito interessante, porque nenhum deles tá nessa jornada pra salvar o planeta especificamente mas por algo que eles se importam e amam. Mesmo que não sejam pessoas; pode ser apenas uma ideia ou conceito, mas eles vão estar lá para proteger tudo que eles têm no mundo. Isso é muito bonito, e bem pessoal.

Mas Final Fantasy VII é a melhor história já feita no mundo dos videogames? Fico receosa em concordar porque existe muito jogo nesse mundo, mas eu também não colocaria outro jogo nesse patamar. O problema é que pra realmente falar os motivos pra isso eu teria que entrar mais profundamente nela e esse jogo teve 100 horas na primeira vez que eu joguei. É muito jogo pra falar em pouco tempo. Mas não vamos pra parte 2 ainda, tem um pouco mais à se falar.

In Search of the Man in Black

Em gameplay, esse jogo não é só combate. Na verdade, a maior parte dele é fora dela, já que no meio das lutas não se desenvolve a história, por exemplo. Como esse é um JRPG em turno, tem muitos elementos de puzzles, conteúdo secundário, exploração e mudanças de gameplay, algo muito comum em muito jogo da época (não reclamo, eu amo pra caralho aventuras tão variadas que não dá pra ter a mesmo gameplay por ela inteira). Essa parte de FFVII é bem divertida, porque os cenários são bem detalhados e cheios de coisa, mas tem seus problemas.

Esse jogo tem bastante conteúdo que você pode perder se não pegar no único momento que são possíveis. Tem uma sidequest inteira que só rola em diversos momentos muitos específicos, alguns em que é até impossível o jogador ir até (isso é má programação e planejamento mesmo, porque de fato tem coisa que você nem tem como pegar nessa sidequest). Isso não é algo que gosto muito, especialmente porque no quesito exploração tem itens bem importantes e muito bem escondidos em lugares que você normalmente não olharia. O que estaria tudo bem, se eles não sumissem pra sempre depois de você passar dessa cena do jogo. Por exemplo, no fim do CD2 você retorna à Midgar e tem que ir em um lugar específico. Mas na direção contrária por um motivo nada a ver, você pode voltar pro prédio da Shinra sem explicação ou dica de que teria que ir pra lá, e lá vai ter alguns itens não só importantes mas como a arma mais forte de um dos seus personagens que nunca mais pode ser acessada depois disso. Além de que tem uma sidequest que só pode ser completada se você viu um negócio no prédio da Shinra, algo que você só tem a oportunidade de fazer duas vezes no jogo. Esse tipo de coisa induz muita ansiedade porque você sempre se pergunta se não tem que ver absolutamente tudo de cada canto mesmo quando não faz sentido pra não perder algo vital (quer dizer, não é vital se é secundário mas talvez seja pra sidequests). São umas coisas muito absurdas como andar por 10 minutos em um corredor absolutamente vazio (com random encounter no caminho) ao invés de simplesmente seguir a missão principal que é precisa e clara em onde você tem que ir. Mas FFVII é um dos mais leves nesse quesito, confiem em mim, o VIII é MUITO pior, muito mesmo. Mas esse tipo de coisa inevitavelmente vai pedir que você abra um walkthrough de vez em quando, o que até eu fiz mesmo sabendo das coisas porque acabo esquecendo algumas. É muito fácil zerar o jogo sem ajuda externa, mas as sidequests são literalmente impossíveis de 100%ar se você não ver um guia (como a dos Chocobos).

Words Drowned by Fireworks

Esse é o fim da primeira parte. Eu menti e vai ter uma terceira, que meio que completa essa primeira ao invés da segunda. Ela só fica muito melhor no final do texto de qualquer forma. Essa primeira parte foi feita como um possível final, então se quiserem parar de ler aqui, agradeço a leitura porque isso aqui já foi bastante coisa. Obviamente agradeço também quem quer continuar. A segunda parte vai falar não só sobre história, mas a experiência como um todo também. Só que ela não vai ser tão divertida de ler ou muito interessante então não precisam ler ela. A terceira e última parte vai falar sobre conteúdo secundário do jogo, que é algo bem grande sobre ele. Decidi deixar isso pro final por algumas razões, mas podem ler se quiserem independentemente de terem ou não pulado a segunda parte.

O texto até aqui já é uma carta de amor à Final Fantasy VII, mas é uma carta que não me orgulho tanto porque não expressa meus sentimentos por completo. Eu quero mostrar o que realmente sinto. Isso pede algo não tão refinado, chamativo ou sequer organizado. Sentimentos são uma bagunça, vocês entendem. De novo, obrigada pela leitura até aqui, vou seguir em frente agora.

Parte II
Segurando Meus Pensamentos em Meu Coração

(Essa parte vai conter spoilers do início ao fim)

Final Fantasy VII começa com uma incrível ambientação. Uma menina com um cesto anda pela cidade, carros, pessoas, luzes, até que o zoom some e você vê ela. Midgar, uma teórica utopia para os ricos, brilhando com a sua estética Cyberpunk no meio da noite. Até que…

Bombing Mission

Um trem em movimento, um homem pula dele e acerta um guarda, para então um companheiro dele acabar com o outro. Um homem maior e robusto pula, até que uma figura diferente que acaba se destacando aparece.

Final Fantasy VII Cloud

Cloud Strife

Idade: 21 anos
Altura: 1,73
Sangue: AB
Gênero: aberto a debate
Gostos: esportes radicais, perigo, parecer legal para as they/thems, longas caminhadas na praia
Profissão: à disposição da empresa
Arma: espadas gigantes, Buster Sword


Cloud é um Ex-SOLDIER, ou seja, Elite do exército da Shinra. Suas habilidades em combate são incomparáveis, mas seu cabelo e atitude ainda mais. Trabalha como faz-tudo então ele faz tudo, mesmo que não se importe nem um pouco com as motivações por trás. A missão? Explodir um reator. Fuck yeah.
“I don’t care what your names are. Once this job’s over… I’m outta here.”

Depois de dar uma sova em mais dois caras que só estavam fazendo seu trabalho, você conhece seus colegas de trabalho, o grupo AVALANCHE, e seu líder:

Final Fantasy VII Barret

Barret Wallace

Idade: 35.
Altura: 1,97, caralho?
Sangue: O
Gênero: cis male mas não acho que seja hetero. Mãe solteira embora cis
Gostos: cheiro de napalm pela manhã, colegas de trabalho exceto Cloud, filhinha querida do papai
Profissão: líder de facção anti-Shinra
Arma: força bruta e tiros fodas de metralhadora lançados pelo seu próprio braço


Barret é o forte líder da Avalanche, um grupo terrorista que luta pelo futuro do planeta. A energia Mako é a fonte de vida vital do planeta e das pessoas, e tá sendo sugada por esses reatores malditos até não sobrar nada! E isso é obviamente culpa da Shinra, a megacorporação maldita que só liga pra dinheiro e não dá uma foda para os mais pobres. Barret tem mais motivos para odiar a Shinra, mas isso vai ficar só entre nós por agora. Barret é um homem extremamente determinado e passional, agindo pelo impulso e pelo que considera certo mesmo que seja cancelado nas redes sociais.
“If you push the directional button while pushing the [CANCEL] button to run. (earlier marked X)”

Avalanche finalmente entra no Reator Mako. No núcleo do gerador, Cloud instala uma bomba porque Barret precisava ficar olhando vendo se ele não ia ratear com os guri (trair Avalanche). “Watch out! This isn’t just a reactor!”, Cloud escuta uma voz momentaneamente, mas não tarda em ligar o detonador. Então chega sua primeira boss fight. Nessa batalha você provavelmente vai ver os “Limit Breaks” dos personagens e perceber como esse jogo é legal. Você também pode ser enganado pela infâme frase do Cloud: “Attack while its tail’s up!!”

Final Fantasy VII
“It’s gonna counterattack with its laser.”

Com o inimigo derrotado, o contador começa e você precisa correr! Quando tudo explodir você não vai querer estar por perto! Ah não, Jesse tropeçou, she so clumsy xP! Logo após ajudá-la… boom. Um reator gigante é demolido por uma explosão no núcleo. Finalmente fora de perigo, Avalanche precisa se encontrar separadamente na estação do Setor 8. Final Fantasy VII começou.

Anxious Heart

O início de Final Fantasy VII é um dos melhores em qualquer RPG. Ao invés de começar calmo e subir em intensidade com o tempo, todo momento em Midgar é repleto de uma história contínua cheia de ação. Nós somos apresentados perfeitamente ao universo e os personagens dessa história em um enredo completamente linear e bastante direto. Não tem viagens longas por um grande mapa, ou sidequests. Você acompanha uma história muito envolvente e carismática que está sempre presente, e todo tipo de coisa acaba acontecendo nesse prólogo de Midgar. Esse é um dos melhores prólogos de qualquer jogo que já joguei, e não tem maneira melhor de apresentar uma aventura. É muito fácil de entender por que o primeiro Remake decidiu se passar inteiro em Midgar, já que essa é uma seção muito interessante e divertida de acompanhar no original também. O ambiente de Midgar por si só já é muito único e criativo em qualquer JRPG da época e, por vezes até atualmente, e as coisas criadas aqui vão ser usadas durante o jogo todo quando você sai dessa cidade. É importante dizer que acima de bonita, a história de FFVII é muito divertida.

Mas seguindo em frente, após a explosão do reator somos levados até o esconderijo do grupo, um bar do setor 7, “Sétimo Céu” (para as pouquíssimas pessoas que leram o meu livro, sim, é daí que veio o nome). Dentro desse bar, somos apresentados à…

Final Fantasy VII Tifa

Tifa Lockhart

Idade: 20 anos
Altura: 1,67
Sangue: B
Gênero: transfem, she/her
Gostos: socos fodas, crianças, fazer coquetéis incríveis, privar Cloud de informações importantes para protegê-lo
Profissão: membra da Avalanche
Arma: os próprios punhos, mais forte que Barret em tudo, possivelmente o personagem mais forte do jogo (fisicamente)


Tifa é como uma mãe pro grupo e se importa demais com os outros antes de ligar pra si mesma. Uma amiga de infância de Cloud, agora o quão próximo eles eram é… questionável, no mínimo. Os dois compartilham uma promessa feita sob as estrelas, mesmo que no dia da promessa Cloud e Tifa tenham se falado pela, sei lá, terceira vez na vida? De alguma forma eles tem um laço muito forte atualmente.
Flowers? How nice… You almost never see them here in the slums. But… A flower for me? Oh Cloud, you shouldn’t have…”
“…
               Give it to Tifa
            > Give it to Marlene”

Depois de tomar uma vodka com limão, Cloud desce para o porão para uma reunião, onde ele briga com Barret sobre seu dinheiro e aceita seu próximo trabalho – o segundo reator. Por mais dinheiro, claro. Mas antes, um pouco de memórias com Tifa.

Abaixo às estrelas, Cloud prometeu que ia entrar na SOLDIER e ser o maior de todos como Sephiroth. Ele também prometeu que quando fosse famoso e Tifa estivesse em apuros, ele estaria lá para salvá-la. Sendo sincera, é a Tifa que normalmente salva Cloud em toda ocasião. No dia seguinte, Marlene (filha do Barret) cuida do bar enquanto Tifa, Cloud e Barret vão causar destruição e terror na cidade superior. Marlene é muito responsável!

A viagem de trem dá errado porque “someone blew it!”, e todo mundo precisa pular do trem mais cedo. Tifa pula, e então Cloud porque Barret disse que o líder vai por último. Então Barret pula, deixando outros membros do grupo pra se virarem dentro do trem. Dessa vez a invasão vai ser um pouquinho mais complicada para a Avalanche. Depois de andar um pouco pelos dutos e se reencontrar com Jesse, ela diz que o problema no trem foi porque ela resolveu fazer a identidade falsa do Cloud extra-foda.

No reator, o time não teve problemas para chegar no núcleo de novo. Mas ver Tifa no reator trouxe uma memória desconfortável à Cloud que ele não consegue desvendar. Muitos dos problemas desse jogo poderiam ser resolvidos com uma conversa, mas tem motivos emocionais pra eles não conversarem sobre certas coisas nesse início.

Bomba plantada, hora de dar fuga. Subir as escadas, passar pelos canos, pular um buraco, subir mais escadas, apertar um botão, até finalmente chegar na ponte que liga a saída principal com o Reator Mako. Até que chegam soldados de um lado, soldados do outro, e de trás passos. É o presidente da Shinra. Em uma pequena conversa, o presidente menciona Sephiroth, o que perturba Cloud um pouquinho, mas Barret dá um passo à frente para falar algumas slurs pesadas para o presida! O homem fica em choque e vai embora no seu helicóptero pessoal, deixando para trás um robô que ele chama de “Technosoldado”. Mais uma boss fight. Esse robô leva dois anos pra fazer qualquer coisa então depois de uma luta razoavelmente longa, o reator está prestes a explodir, e o robô também! Destruindo uma parte da ponte, Cloud acaba quase caindo no abismo, até que realmente cai enquanto o reator é reduzido a migalhas. Essa cena é ridiculamente engraçada porque é só um bichinho extremamente estúpido caindo de muito alto. Parece o vídeo do cara jogando uma pelúcia do Among Us do quinto andar.

Quando Cloud começa a recuperar a consciência, uma voz fala com ele. Agora, eu sei quem fala, mas não é a menina que finalmente consegue acordar Cloud.

Final Fantasy VII Aerith

Aerith Gainsborough

Idade: 22 anos
Altura: 1,63 engual eu fr
Sangue: O
Gênero: enby, they/them
Gostos: flores, amigos :), ver através do frio semblante de Cloud
Profissão: moça das flores ela vende flores
Arma: bastões


Aerith é minha favorita, e eu descobri que de alguma forma eu sou minoria porque todo mundo que eu conheço prefere a Tifa. De qualquer forma, ela é um dos “Ancients”, e por conta disso, é perseguida desde a infância pela Shinra. Ela é muito ligada à vida e consegue escutar o planeta (que representa a própria vida). Esperançosa e animada, ela também gosta de brincar com Cloud e consegue fazer ele rir.
“I’m Aerith, the flower girl. Nice to meet you.”

Final Fantasy VII

Cloud e Aerith conversam por um tempo, ela é uma menina muito carismática. Esse é um momento fofo, e Aerith explica como essa igreja é o único lugar em que flores podem florescer em Midgar. Bem, isso é mentira, porque na casa dela também tem um quintal cheio de flores. Mas a conversa é interrompida por Reno, um dos “Turks”. Turks fazem o trabalho sujo da Shinra: espionagem, sequestro, assassinato… e Reno é um dos mais legais deles. Embora sejam inimigos, eles acabam cooperando até demais com Cloud e o pessoal durante o jogo. Mas, agora, eles querem capturar Aerith. Como Cloud é o faz-tudo, Aerith pede para ele ser seu guarda-costas. “Certo, mas vai te custar”, e Aerith oferece pagar com um encontro. Cloud aceita um pouco fácil demais, os lgbts se atraem.

Em uma fuga desesperada pelos destroços da igreja, Cloud e Aerith sobem no telhado deixando os soldados trapalhões pra trás. Enfim, acho legal como toda cena desse jogo tem tanta importância e tenta ser um filme de ação, mesmo quando os inimigos são tão fraquinhos. É imersivo, na verdade, mas quando algo dá errado você perde mais é tempo mesmo. Em cima do telhado, Cloud pergunta por que os Turks perseguem a Aerith. Ela brinca dizendo que talvez ela seja forte suficiente pra entrar na Soldier! Eu gosto muito da Aerith por essas coisas, ela consegue fazer qualquer um sorrir. Mas embora fosse uma piada, Cloud concorda, ela talvez tenha o que é necessário pra ser Soldier, já que despistou a Shinra por anos.

Aerith é uma pessoa muito doce e divertida. É um raio de luz para todos até o fim, mesmo após acontecer o que vocês já sabem porque é um dos momentos mais conhecidos da história dos jogos. Seguindo em frente, os dois pulam por cima de telhados até chegarem na casa da Aerith, passando por um pequenino vilarejo. Nele, tem um cara doente, e você sabe que ele é doente já que a Aerith diz em alto e bom som “This guy are sick”. Então, ao falar com ele, você percebe que ele tem uma tatuagem de um número por algum motivo. Esse homem vai ser muito importante logo, e essa tatuagem é a prova. Se você tá lendo isso provavelmente já jogou FFVII, mas ele e Cloud são muito parecidos. É até inesperado que Cloud não tenha tido visões ou sentido um desconforto ao falar com ele.

Na casa da Aerith, a mãe dela te agradece por protegê-la e Cloud pergunta se é difícil chegar no Setor 7 daqui, “eu quero voltar pro bar da Tifa”. Aerith brinca com ele perguntando se é a namorada dele, que faz Cloud ficar muito envergonhado. Em resumo, Aerith vai levá-lo ao Setor 7, Cloud tenta enganar a menina e ir sozinho mas não dá certo porque ela é esperta. “Não sei, ser ajudado por uma garota…”, “Uma garota!? Você espera que eu fique sentadinha depois de escutar essa porra?”, exatamente como ela disse. Acho que ela ficou muito irritada pelo misgendering. Tá bem ela não swearou. Cloud também teve uma lembrança da mãe dele.

Os dois param em um parquinho na caminhada e sentam em cima de um brinquedo para conversar. Aerith diz que Cloud é do mesmo rank de Soldier que o primeiro namorado dela. Vale mencionar que houve um flash quando Cloud foi responder o rank dele, porque ele precisava resgatar essa memória de algum lugar. “Eu provavelmente conhecia ele, qual é o nome?” e se Aerith tivesse respondido “Zack” talvez Cloud tivesse algum lapso de memória muito importante. Eles não tem tanto tempo pra conversar porque uma carroça levando a Tifa passa pelos dois, e obviamente eles tem que investigar isso.

Final Fantasy VII

Don of the Slums

Apesar do título, não vamos falar quase nada sobre Don Corneo. O que rolou é que o Don tem informações importantes sobre a Shinra e ele é um merda miserável que quer ser sugar daddy, mais ou menos, porque não acho que ele planeje oferecer alguma coisa por sexo já que ele é um arrombado. De qualquer forma, Tifa tá tentando tirar a informação dele se esgueirando como uma das pretendentes pra ser esposa do Don, como se alguma desgraçada quisesse isso… pensando agora, sendo esposa você provavelmente teria o dinheiro dele. E esse cara apanha de mulher facilmente então a esposa dele seria dona da fortuna. Talvez não seja má ideia… então, quando Aerith descobre que a única maneira de entrar é sendo uma das pretendentes, ela diz que logo volta com uma amiga muito fofa junto. Sim, Cloud.

Final Fantasy VII
Linda

Agora eu preciso entrar em um certo assunto. Eu sou uma mulher trans, e os acontecimentos dessa parte são um pouco questionáveis. No jogo por si só, não acontece tanta coisa nojenta. As pessoas tratam Cloud de maneira transfóbica por ele querer um vestido, e talvez tenham algumas conotações bem ruins em certas cenas, mas nada é 100% claro. Pela época, pela cultura e, sem ofensas, pelo país ser bem transfóbico, provavelmente a intenção das cenas não era lá tão boa. Mas só olhando pro jogo em si, não tem nada demais. E muito provavelmente, o remake faz essa parte muito melhor. Só tem uma coisa realmente ruim, não importa como você olhe, que é uma das cenas do Honeybee Inn, com os caras na piscina. Eu não me sinto confortável falando sobre ela, mas é uma piada de muito mal gosto.

Ainda assim, é nesse mesmo motel que temos uma ótima cena. Cloud entra em um dos quartos com a desculpa de que tá procurando mais coisas pro seu disfarce, o que talvez seja verdade, talvez não. Mas esse quarto que ele entrou não tem um nome. As luzes piscam, e uma icônica música toca. No canto do quarto, estava Cloud. Outro Cloud, ajoelhado, que começa a falar com o protagonista. Essa é uma das cenas mais legais do jogo pelo absurdo medo que ela dá, é uma coisa muito bizarra. Esse “Cloud” diz que não tem como resolver seus problemas só pensando neles e olhando pro passado. “Já começou a se mexer”. Cloud desmaia, e é acordado aos tapas em uma cena humildemente desconfortável, mas o outro quarto era muito pior. Uma coisa importante a ser dita: nem todas as vozes que Cloud escuta são da mesma pessoa. Ou, ao menos, interpretei dessa forma. Jogando pela primeira vez, essas coisas acontecendo do nada te deixam bastante preocupado. Os flashes quando Cloud fala do passado, ou momentos como esse quando ele vê ilusões. É muito mais do que uma amnésia ou algo parecido, Cloud tem algo diferente pra contar, mas você não sabe o que é. Ele não é um protagonista comum.

Se você olhar a história como um todo, ele nunca foi o protagonista, até agora. Mesmo salvando o mundo no final do jogo, Cloud só é especial por causa de coisas que fizeram com ele. No fundo ele é só um menino, mas ainda diferente dos outros. É interessante que ele não é destinado a vencer ou qualquer coisa parecida, embora eu até goste dessa trope, em FFVII ela não cabe. As coisas que seriam “destinadas” não acontecem. Eu falei que ia ter spoilers, então já vou dizer. Era profetizado que Holy seria a salvação contra o meteoro, o Holy que Aerith invocou. Mas Holy falhou, e o mundo foi salvo por… ele mesmo. O Lifestream salvou o planeta. Embora os personagens tenham dado o tempo necessário pro planeta poder resistir, não foram eles que fizeram acontecer, e se alguém além do planeta fez algo, foi a Aerith.

Mas… voltando pra Midgar, Wall Market, quest de crossdressing. Essa parte tem muitas referências a abuso sexual, muitas lidadas sem tato. Quer dizer, quando as mulheres do Honeybee Inn dizem que um homem é “do tipo violento”, fica implícito que já houveram outros antes. Eu não posso discutir muito sobre isso, mas em alguns momentos essas coisas são apresentadas como pequenas piadinhas. Não quero entrar no mérito de qualquer coisa, eu não gosto de falar sobre o assunto, mas essa parte não é muito boa e não representa o que o jogo é. É claro, é impossível ignorar isso, e não é por ser da época que os erros cometidos aqui não são erros, porque na época ainda eram fodidos. Mas eu quero falar mais sobre.

Os assuntos relacionados à transgeneridade, homossexualismo ou algo LGBTQ em geral, foram escritos de uma maneira obviamente cômica. Isso não é muito legal. Nessa época eles viam isso só como uma piada engraçada, o que atualmente a maioria sabe que não é. Mas, sabe, como mulher trans, eu nunca me senti tão ofendida assim por essas cenas. Acontece que poder ver Cloud em um vestido, depois de Aerith dizer que ele queria ser “bonita ao menos uma vez” é… bem impactante. Eu não acho que é o que o jogo queria, mas já vi relatos e até análises de outras mulheres trans sobre isso e eu acho que é um pensamento comum. O Remake por tudo que eu vi executa essas cenas de uma maneira muito melhor. Ao invés de ser uma piada, é algo mais confortável, apresentado como uma coisa normal. Dizendo que as noções de gênero não importam, e Cloud parece nem desgostar da situação, ele claramente não se importa depois de alguns minutos com o vestido. “Nailed it, I know.”

Final Fantasy VII Remake

Só… tem um certo peso na vida de uma menina poder vestir o protagonista como você queria se vestir. Isso é real pra todo mundo, por isso que existe mudança de visual em jogos. Também é fato que Cloud se vestir pra enganar um homem é o claro pensamento de que mulheres trans tentam “enganar” os outros, e tenho certeza que essa cena não fez bem pra essa situação também. O que eu posso dizer é que os tempos mudaram, e os escritores não pensam mais dessa forma. Jogos não eram muito inclusivos naquela época, e eu gostaria muito que não fosse assim no meu jogo favorito, mas essa é uma parte muito pequena dele. E mesmo essa pequeno pedaço tem coisas boas, como o fato de que você pode fazer esforços a mais pra ficar bonita. Tipo, dá pra só pegar o vestido e peruca e seguir em frente, mas você pode conseguir perfume, maquiagem, lingerie e outras coisas. De alguma forma, isso serviu de expressão pra uma Rosie do passado, onde eu podia fazer meu protagonista super masculino (nem tanto) ser bonita como eu queria ser, e ser reconhecida por isso. E ele não se importa com isso também, dá pra ver que ele só reclama uma vez e mesmo 30 minutos com o vestido ele só se sente um pouco envergonhado da Tifa ver ele o vestindo, o que é normal, eu também fico assim de vez em quando. Eu fico muito feliz que isso foi mantido no Remake sem as partes nojentas, porque FFVII nunca teve más intenções, embora estivesse errado em apresentar os problemas como algo cômico. Enfim, só queria falar sobre isso porque não me sentiria bem em simplesmente ignorar os problemas do meu jogo favorito mesmo que eles sejam… desse calibre.

Sim, sou eu

Mas… vamos voltar a falar sobre a história. Cloud conseguiu um vestido e consegue entrar com a Aerith dentro do “palácio”. Esse lugar me deixa desconfortável. Eles se encontram com a Tifa e conversam um pouco. Como as três são as pretendentes, elas se juntam para que qualquer que seja a escolhida, ainda possam retirar informações do Don. Don diz para os outros caras que “eles podem ficar com as outras”. Dessa vez não é problema no jogo, o intuito é mostrar como o Don é nojento e como vê mulheres como simples objetos. Eu odeio isso, mas pelo menos, todas as mulheres aqui conseguem acabar com todos os caras desse estabelecimento sem muito esforço. Se o Don não te escolher, você vai ser mandada pra uma sala onde vai poder fazer justo isso e destruir todo mundo. Se você for escolhida no entanto, precisa ir com o Don até o quarto dele. Mantendo uma farça de que você pretende dar alguma coisa pra ele, você pode ficar conversando por um tempo. Você pode, por exemplo, dizer que Barret é seu namorado.

Tifa e Aerith se salvaram sozinhas, como já esperado, então elas invadem a cena. Então uma das cenas mais satisfatórias começa, quando se inicia um interrogatório com o Don Corno, enquanto todas ameaçam destruir o pau dele de diferentes formas. Cortando, rasgando fora, esmagando… eles tiram a informação de que a Shinra pretende demolir os pilares do Setor 7, o que vai fazer a cidade acima cair na debaixo, matando todas as pessoas ali. Isso tudo apenas pra se livrar da Avalanche, e mesmo se não acontecer, eles tem um perfeito bode espiatório. Mas Corneo não vai dar as informações e ficar por isso, então faz todo mundo cair no esgoto pra lutar contra o bichinho dele: um javali gigante de água chamado “Aps”. Depois de vencer esse bichinho, precisamos correr para salvar o Setor 7.

Under The Rotting Pizza

Depois de um rápido puzzle, chegamos ao setor e não estamos sozinhos. No topo do pilar, Avalanche está lutando para salvar a vida das pessoas, tentando impedir Shinra de explodir tudo. Cloud e Tifa vão subir para ajudá-los, enquanto Aerith procura Marlene para deixá-la em um lugar seguro. Começa a subida pelas longas escadarias até o topo do pilar. E… esse é o último momento que você vai ver os membros da Avalanche. Você ainda pode se despedir deles, porque Cloud agora tem palavras gentis a dizer. Mas, de qualquer forma, você chega até Jesse perto do topo do pilar. “Tá tudo bem… por causa das nossas ações… muitas… pessoas morreram… isso deve ser… nossa punição…”

Não tem como negar que o que Avalanche faz é terrorismo. E Final Fantasy VII não apresenta um posicionamento em relação a isso, porque quer que você pense sobre. Eu já falei disso então não vou me estender muito, mas a Avalanche sabe que o que fez custou a vida de pessoas. Eles sentem culpa por isso, todos eles, especialmente Barret. Mas eles não fizeram pelo pagamento, fizeram pelo que achavam certo: salvar o planeta. Eu não tenho uma opinião formada sobre o assunto, porque acredito que isso requer mais estudo, mas também é fato que não existe mudança sem sacrifícios. Talvez houvesse outra maneira de lidar com a situação, mas alguma outra coisa seria sacrificada por isso. O que é mais justo ou não, não vem ao caso. Embora errados, a Avalanche queria o bem do planeta e destuir a mega-corporação que causa tanta dor e sofrimento ao redor do mundo todo. O jogo nunca pede que você concorde ou simpatize com eles, isso é você que vai decidir. Por isso, as coisas que você diz nesse final para os membros da Avalanche são escolha sua. Se você quer ter empatia com eles, ou se quer continuar sendo o Cloud “frio”, vai de você. Essa discussão vai ser trazida de novo futuramente por um dos personagens.

No topo do pilar, Cloud, Barret e Tifa se juntam para lutar contra Reno, após ele apertar o botão que vai iniciar a explosão. A luta não é tão difícil, mas não há maneira de desarmar a bomba. Ela vai explodir automaticamente se alguém tocá-la, e só quem trabalha pra Shinra saberia como desarmar. Ainda por cima, eles sequestraram Aerith logo após Marlene ser levada para um lugar seguro. Sem outra escapatória, Barret se segura em um guindaste extremamente longo, enquanto Cloud e Tifa seguram nele. Os três conseguem escapar, mas o Setor 7 caiu.

Final Fantasy VII

A cinematografia dessa cena por algum motivo é boa até demais. Você vê as pessoas olhando para o céu, vendo o telhado cair sobre elas. Vê o noticiário da TV sendo interrompido ao vivo, já que ele era gravado no Setor 7. De uma visão aérea, podemos ver o Setor inteiro, tanto inferior quanto superior, explodindo e queimando. A visão afasta um pouco mais, e revela-se o presidente da Shinra assistindo tudo de camarote no mais alto andar do prédio mais alto de Midgar, enquanto aproveita uma boa ópera. Essa cena é impressionante pra um jogo com gráficos e animações datadas. O momento final com o presidente traz um sentimento de extrema crueldade e terror, e a ópera por si só ajuda muito nessas emoções. Shinra faria qualquer coisa para chegar onde quer, e a culpa disso tudo vai cair na Avalanche. O plano perfeito.

Final Fantasy VII

Depois disso, nós precisamos assistir o sofrimento do Barret. Chorando e gritando sem parar pela vida dos seus companheiros e, principalmente, da sua filha. Barret ainda não sabe que ela está viva, e se esse jogo fosse dublado eu choraria ainda mais nessa cena. Depois de se acalmar, Tifa conta pro Barret que Marlene provavelmente está a salvo, e embora ele acabe ficando mais leve, ainda tem relutância em aceitar a morte dos seus colegas. “Lutamos lado a lado! Eu não consigo pensar que eles estão mortos…”

Ao mesmo tempo, Tifa se pergunta se isso é culpa deles, mas Barret replica. Barret tá certo, é culpa da Shinra. Mas também é fato que se a Avalanche não tivesse aparecido, isso não teria acontecido também. Barret é um homem inspirador, pelo fato de que mesmo sentindo culpa e tristeza, ele ainda consegue olhar pra frente. Ele pode ter receios, mas tem convicção de que isso não teria acontecido se não fosse a Shinra. Eles podiam ter tomado ações melhores que talvez não provocassem isso, mas ninguém imaginaria que uma seção inteira de Midgar seria destruída pela própria Shinra, pra acabar com meia dúzia de criminosos. Barret reconhece suas falhas e seus erros, mas escolhe seguir em frente para consertá-los, e não fazer as perdas serem em vão. Isso é respeitável, mesmo que você não respeite as ações dele. Ele tem uma frase importante: “Não tem como pular desse trem que entramos”, é um caminho sem voltas.

Agora, eles estão a caminho de encontrar a filha do Barret, e no meio dele, Cloud cai de joelhos. Mais vozes, e dessa vez ele acha que é Sephiroth. “Eu sou um dos herdeiros do planeta”, é o que diz. Não dá pra saber se quem diz isso é Sephiroth ou… outra coisa dentro do Cloud.

Infiltrating Shinra

Antes de prosseguir, vamos dar uma pequena pausa. Essa é a primeira vez que eu escrevo um texto desse formato, e estou um pouco assustada com o tamanho dele. É uma jornada pra mim também, porque agora estamos na palavra 11.325, e é aqui que eu também estou. Eu também tenho um pouco de medo de tocar em certos assuntos. É até um pouco estranho separar em tantos capítulos, mas isso é porque eu não sei se conseguiria me organizar direito sem eles. Ainda tem muito texto pela frente, então quero reiterar que não precisam ler tudo. Mas vamos em frente.

A casa da Aerith é bem perto de onde eles já estavam, então rapidamente chegam até lá. A mãe dela explica que é apenas a mãe adotiva, porque Aerith é um “Ancient”. Essa historinha é bem triste na verdade. Se eu comentar sobre não vai passar o sentimento, mas esse jogo dá bastante detalhe pra certas coisas. Eu sei que tá conectado à um protagonista da história, mas ainda assim eles não precisavam mostrar tudo isso, Elmyra (mãe) não é um personagem tão relevante assim. Mas vou comentar que Aerith era uma criança adorável.

Aerith foi levada em troca da segurança da Marlene, e Barret sente muito por isso. Elmyra dá uma bronca nele por deixar sua filha sozinha, e Barret diz do fundo do coração que realmente queria estar o tempo todo com ela, mas ele precisa lutar pra proteger o planeta, e a própria Marlene. Na verdade, ele faz isso mais por ela do que qualquer coisa, assim como todo mundo nesse jogo. Proteger o planeta é uma consequência de proteger quem você ama. Barret sobe para o segundo andar para ver sua filha, e se você seguí-lo (é obrigatório) vai ver uma das cenas mais fofas do jogo. O gigante Barret, sempre duro e irritado, ajoelhado abraçando sua filha o mais forte que pode enquanto chora. E você descobre que a barba dele pinica. Eu só… não consigo não amar esse jogo, amar esses personagens.

Os três decidem que vão salvar Aerith, e partem para o Wall Market em busca de informações, já que não tem mais trem pra levar todo mundo pra superfície. E no mercado, descobrem que existe uma maneira, se eles escalarem uma grande parede. E o cara da loja de armas vende umas baterias pra ajudar. A subida é um parkour absurdo e escalada por diferentes pedaços de lixo que tem no caminho. Isso tudo é provavelmente por causa da queda do Setor 7. Queria abrir um espaço pra dizer que jogar FFVII sem buscar fazer nada secundário ou tomar rotas secretas pra pegar itens é… libertador. Tudo flui tão rápido e as lutas ficam mais difíceis.

Final Fantasy VII

Chegando no topo, você tem dois caminhos. O caminho do Barret de chegar quebrando tudo é mais emocionante e você vai ter mais lutas e mais cenas. Também dá mais experiência. Mas se você pegar o caminho da Tifa tem muitos andares de escadaria pra subir até o quinquagésimo nono andar. E sabe, eu peguei essa rota dessa vez e foi bem divertido porque eles ficam conversando enquanto sobem. É muito divertido ver eles conversando mais descontraidamente, algo que não acontece muito em jogos antigos mas rola demais em jogo novo, como no próprio VII Remake. Só que tem um problema sim nessa cena e é exclusiva da versão americana. A Tifa fala uma slur, aquela com “R” e vocês talvez já tenham ouvido falar dessa fala. Me impressiono muito que manteram isso na versão da Steam, porque ela claramente não disse isso em japonês. A tradução americana original de FFVII é muito ruim (por ter sido feita por apenas um cara em pouquíssimo tempo), e no mínimo a Square teria que revisar ela toda antes de lançar de novo mas eles não fariam isso. Só mudaram problemas ortográficos, mas a slur? A slur fica.

Bem, independentemente da rota que você pegou, em pouco tempo nossos personagens chegam no andar de número 59, e daí pra frente as rotas são dão na mesma. No caminho até o topo você faz coisas diferentes para conseguir cartões que te levam aos andares subsequentes. É divertidinho e recompensador, e no 62º andar você pode ler muitos documentos da Shinra, que detalham mais o mundo e sua política. O que você quer é chegar no andar 66, onde acontece uma reunião da Shinra que você pode observar dos dutos de ventilação… que vem do banheiro. Costumam reclamar que tem um cheiro estranho nessa sala de reuniões.

Final Fantasy VII

A Shinra não vai reconstruir o Setor 7, e planeja aumentar o consumo de Mako e exigir mais dinheiro da população pelo uso da energia. E assim como no nosso mundo, as pessoas não vão começar a odiar a Shinra do nada por causa disso, afinal, depois de um atentado terrorista e a explosão de dois reatores, “eles precisam de ajuda”. A pobre megacorporação precisa exigir mais dinheiro pra continuar servindo a população fervorosamente… de qualquer forma, Hojo intervêm na reunião para falar a coisa mais absolutamente nojenta e grotesca do mundo. Então um aviso antes de ler o próximo parágrafo, ele vai falar sobre abuso sexual. Não vou entrar em detalhes sobre o assunto agora pra você não precisar ler se não quiser, o parágrafo após o seguinte já é sobre outra coisa.

Hojo diz que a pesquisa vai levar tempo demais e vai exceder o tempo de vida do “espécime” (Aerith). Então o filho da puta vai forçar a Aerith (estupro) a fazer sexo com outra espécie pra gerar um filho que possa seguir a pesquisa. Ele inclusive já se refere à Aerith como “mãe” de uma criança. Isso é a coisa mais perturbadora, maligna e repugnante de todas. Mas nada disso vai de fato acontecer, porque o “pai” da criança é nosso próximo party member, um menino doce que nunca faria nada de mal pra Aerith. Hojo é de longe o personagem que eu mais odeio em Final Fantasy VII e no resto da franquia.

Voltando à história, não vamos falar sobre temas pesados por um bom tempo. Seguindo Hojo, chegamos ao andar seguinte. No andar 67, enquanto Tifa olha o precioso espécime do doutor Paulo Kogos, Cloud olha pro lado e percebe algo. “Jenova”. Ele entra em um estado de choque e escuta um zunido alto na cabeça que o faz cair no chão. Por conta da missão pra salvar Aerith, ninguém pensa muito sobre isso. Ou porque Barret disse “Where’s its fucking head!? This whole thing’s stupid. Let’s keep goin’.”

Andar seguinte, finalmente vemos Aerith, mantida cativa dentro de uma espécie de cápsula transparente. Hojo pede para que o espécime dele seja trazido até aqui para experimentos. É aí que Barret metralha essa merda e Hojo fica com medinho de perder seu precioso trabalho e abre a cúpula. O bicho que não é bobo pula em cima desse merda e Cloud salva Aerith, até que o elevador começa a se mover dentro desse grande recipiente. É uma boss fight, e nosso novo amigo oferece ajudar.

Final Fantasy VII

Nanaki (Red XIII)

Final Fantasy VII Nanaki

Idade: 48 anos, que é 16 em idade humana
Altura: 1,20, ele é meio que um cachorro
Sangue: ele é um cachorro
Gênero: enby mas não faz questão por nenhum pronome
Gostos: família, casa, ser um garoto comportado
Profissão: ele não trabalha
Arma: acessórios de cabelo, o que é uma ideia muito foda


Red é de uma espécie em extinção e valoriza muito seus antepassados, principalmente pai e mãe. Ele se porta, age e fala como um adulto, mas na verdade ainda é um adolescente e, em momentos, ele pode agir como um, o que é um detalhe bem bacana. Sempre educado, e mesmo quieto, muito empático além de conseguir ser sentimental. Quer dar orgulho à quem lhe importa, e protegê-los do perigo.
“Hojo has named me, Red XIII. A name with no meaning whatsoever to me. Call me whatever you wish.”

Depois do boss, todo mundo se separa em dois grupos e vão se encontrar no elevador no 66º andar, pra não atrairem tanta atenção andando em grupos grandes. E quando Cloud chega nesse elevador, é recebido pelos Turks. Com algemas, o grupo todo é levado para a sala do presidente. Ele explica então o plano por algum motivo, provavelmente pra irritar os protagonistas. A Shinra quer construir “Neo-Midgar” na Terra Prometida. Um lugar que flui Mako sem parar. “Oh sério, você não sabe? Hoje em dia tudo que você precisa para realizar seus sonhos é dinheiro e poder.”

Trail of Blood

Todos atrás das grades, Cloud passa um tempo da noite se preocupando com seus amigos. Aerith, ele e Tifa conversam sobre a Terra Prometida e sobre Aerith ouvir o planeta e a voz da sua mãe desde sempre. Barret pensa no que a Shinra quer fazer e como ela vai destruir o planeta ainda mais rápido se encontrar essa “Promised Land”, e pergunta se Red quer se juntar à Avalanche. Red não responde, querendo dormir, mas ainda pensando no seu avô (Barret ri disso porque Red mesmo parece que seria avô de alguém). E por último mas não menos importante, você pode acalmar a Tifa dizendo pra ela que vai dar um jeito de escapar… ou dizer que é “kinda hard” como um bobão!

Após dormirem, Cloud acorda com a visão da porta da cela aberta. Lá fora, um oficial morto. Cloud e Tifa pegam a chave dele e salvam seus companheiros. Quando Red vê o corpo, decide ir em frente para investigar. Seguindo-o, tudo que você encontra é sangue, e mais mortos. E o pior: Jenova sumiu. Muitos espécimes de laboratório foram soltos, e você vai acabar lutando com alguns no caminho. Esses monstros bizarros revelam ainda mais do caráter perturbado do doutor. Os rastros de sangue continuam, passando pelos andares seguintes, com um sentimento assustador no ar. Até que, subitamente, terminam no último andar, onde jaz o presidente da Shinra, com uma espada gigante atravessando seu corpo. Sephiroth. De alguma forma, tão pouco tempo após a morte de seu pai, Rufus Shinra chega em seu helicoptero para proclamar seu trono. Esse é seu primeiro encontro com um dos principais e mais legais antagonistas, que pergunta para o grupo quem eles são.

Final Fantasy VII

“Sou Cloud, ex-SOLDIER, primeira classe!”
“Eu sou da Avalanche!”
“Eu também!”
“Uma garota das flores, moro nas favelas.”
“Espécime de estudo.”

“Que pessoal. Bem, eu sou Rufus. Presidente da Shinra Inc.”

O presidente anterior administrava a cidade com dinheiro. As pessoas acreditavam que seriam protegidas pela Shinra e se, por exemplo, terroristas atacarem, o exército da Shinra iria protegê-los. Mas Rufus vai controlar o mundo com medo, porque seria um desperdício gastar dinheiro com essas pessoas comuns. Cloud diz para que todos fujam enquanto ele toma conta do Rufus, “essa é a verdadeira crise do planeta”.

O time então precisa lutar uma boss fight no elevador, agora liderados pela Aerith meu bebê. É uma lutinha até que bem divertida, se você tiver Thunder claro. Enquanto isso, Cloud luta contra Rufus, que é uma lutinha até que bem fácil. Muito. Surpreendentemente, essa é a única luta contra o Rufus no jogo inteiro, porque ele nunca luta corpo-a-corpo. Mas com Rufus fugindo no seu helicoptero, temos essa única chance para tentar fugir.

Crazy Motorcicle

Aerith e os outros chegam no primeiro andar, e enquanto pensam que não tem pra onde ir, Tifa aparece e chama todo mundo pra um lugar. Então começa uma cutscene de CG muito mais realista do que as anteriores, em que todo mundo sobe numa caminhonete e Cloud lidera o grupo de uma motocicleta. Uma das cenas mais clássicas desse jogo. Também um adendo que os fdps queriam muito que todo mundo reparasse nos peitos da Tifa a qualquer momento do jogo. Eles são gigantes nessas cutscenes e com jiggle physics demais, e muitas vezes durante o jogo viram o foco da câmera. Não tem motivo que acrescente na história pra isso, e em nenhum momento no jogo essa parte do corpo da Tifa é sequer mencionado. Mas é óbvio que o jogo quer que você veja nessas cutscenes. Chega a ser bem engraçado porque eles fazem umas coisas muito exageradas em certos pontos, faz parecer que os seios dela são só balões que ela colocou embaixo da roupa. Estou convencida de que estouram.

Final Fantasy VII

E assim chegamos na seção de moto que é bizarramente detalhada. A câmera dinâmica, os visuais no cenário, parece que o jogo inteiro foi feito pra essa parte. É um dos momentos mais famosos da aventura e tem até jogo próprio. É bem fácil e em gameplay não tão divertido, mas isso é puro cinema. Depois disso, você luta com outro robô da Shinra e, finalmente, adeus à Midgar.

Final Fantasy VII
Esta vai duro

Cloud está atrás do Sephiroth, Barret ainda quer salvar o mundo, Aerith quer saber coisas sobre si mesma e o mundo. Tifa não tem uma casa pra voltar, e Red vai com eles justamente pra voltar pra casa. Agora, termina o capítulo de Midgar. As coisas vão mudar um pouco no texto também.

Acontece que eu não tinha muito anotado sobre Midgar. É uma parte extremamente importante do jogo, mas quando eu comecei a fazer anotações sobre FFVII eu não planejava passar tanto tempo falando sobre cada parte dele, o que acabou mudando quando eu cheguei a Junon. Por isso, eu acompanhei toda essa parte de Midgar enquanto escrevia de novo pela versão de PC. Agora mesmo acabei de salvar fora de Kalm, e daqui pra frente, eu tenho anotações de tudo. Só que isso também significa que vamos passar mais rápido sobre cada coisa do jogo, porque embora eu adoraria fazer meu primeiro texto de 200 páginas, ninguém leria isso e nem tenho todo esse tempo pra escrever. E também, não é o tipo de história cheia de simbolismos e referências filosóficas, mesmo que tenham alguma coisa ou outra (normalmente o Kira que me fala essas coisas), é uma história simples de entender e acompanhar. Mas Midgar era algo muito importante que pedia maior detalhe por apresentar todos os conceitos do jogo de um modo muito bem feito e detalhista. Na minha fonte Calibri 12 do Word, essa aqui é a página 28 do texto, mas aparentemente todo livro no mundo coloca menos coisa por página do que eu então talvez tenhamos 35 a 40 páginas de um livro comum. É bastante coisa, não vou ficar desperdiçando o tempo de vocês!

Final Fantasy VII

On that day, five years ago

Todos se encontram em uma cidadezinha chamada Kalm e, dado os últimos acontecimentos, pedem uma explicação para Cloud. Esse é um dos mais importantes momentos na história, e um dos mais bem feitos também. Esse é o flashback de Nibelheim.

Há cinco anos, quando Cloud estava na Soldier e aliado de Sephiroth, ele foi enviado para sua cidade natal para resolver um problema com o reator. Ele só tinha 16 anos naquela época. A visita do Cloud à Nibelheim é nebulosa, já que ele não lembra de muita coisa enquanto lembra de coisas que ele talvez não devesse saber. Algo que ele costuma lembrar com mais clareza é quando ele entra na sua antiga casa e vê sua mãe, não sabendo que seria a última vez. Não fica claro se ele não lembra de algumas coisas da visita, ou se ele só contou em partes porque foi muito longa, mas acontecem muitos flashes de luz e cortes na história que ele conta. Mas por vezes realmente parece que ele não lembra de alguma coisa, porque a mãe dele faz perguntas sobre o passado que ele não saberia responder.

Uma coisa que fica claro no começo do flashback é que Sephiroth não é um cara ruim. Ele é sério, mas ainda empático, como perguntar ao Cloud como ele se sente vendo sua cidade natal depois de tanto tempo. Depois de terem dormido um pouco, todos se juntam para ir até o reator, guiados pela Tifa. Embora ela não demonstre, Tifa não tem memória de ver o Cloud nesse dia. Ainda assim, eles tiraram uma foto. Tifa, Sephiroth e Cloud. O caminho até o reator não é muito interessante, mas quando eles chegam lá só Cloud e Sephiroth entram. Tifa fica do lado de fora enquanto um dos guardas da Shinra impede ela de entrar.

Final Fantasy VII

Lá dentro eles encontram o problema nos reatores. Além de uma válvula, tem algo estranho dentro das cápsulas. Sephiroth explica que são seres humanos super expostos à energia Mako em um sistema que a condensa para criar Materia, algo que ele não sabia que estava ali, mas que sabe que foi coisa do Hojo e seus experimentos. Sephiroth diz que membros normais da Soldier são expostos à energia Mako, mas não nessa quantidade. “Membros normais? Você é diferente?”. Algo estala na mente de Sephiroth. “Eu sou… como esses monstros?” e ele começa a entrar em pânico, retirando sua espada e batendo contra as cápsulas. Nesse mesmo momento, uma das cápsulas falha e um desses monstros sai de dentro, caindo no chão e obviamente sofrendo.

De volta a Nibelheim, Sephiroth entra em uma mansão da Shinra que há muito tempo não era usada. No porão, há muitos documentos e registros sobre o passado e diferentes experimentos. Ele passa dias e dias enfornado nesse porão escuro, como se estivesse louco e precisasse de só uma coisa para se libertar. Não importa quantas vezes o visse ele sempre estava inquieto e à beira de um colapso. Então, chega o dia.

Final Fantasy VII

Cloud vai até a mansão preocupado com Sephiroth. Um ar de morte circula pela cidade de Nibelheim. O soldado do lado de fora do porão diz algo. “Sephiroth está diferente”. Descendo o porão em uma grande escadaria e seguindo até a sala dos registros, Cloud encontra Sephiroth. Ele então começa a explicar sua descoberta.

Final Fantasy VII

Sephiroth

Idade: Na época, 23
Altura: 1,85
Sangue:
Gênero:
Gostos:
Profissão:
Arma: espada gigante, Masamune


O herdeiro dos Cetra (Ancients), destinado a herdar o mundo. Criado por células Jenova em um experimento maligno, Sephiroth é o “ser humano” mais forte da Terra. Seu objetivo é conseguir a Terra Prometida e se tornar um deus. Cruel e sem emoções, não tem compaixão por nada no mundo e faria qualquer coisa para chegar onde quer. Não tem aliados. Ele foi escolhido pelo planeta.
“Out of my way. I’m going to see my mother.”

Final Fantasy VII

Sephiroth sai do porão e Cloud tem um pressentimento claro de que algo terrível vai acontecer. Seguindo ele pela mansão, finalmente sai dela e vê o horror. Nibelheim está em chamas, as pessoas estão mortas. Cloud presencia a morte de mais uma pessoa, morta pela espada gigante de Sephiroth. É então que, em meio às chamas, Sephiroth olha para Cloud e se vira em direção ao reator.

Final Fantasy VII

Essa é talvez a cena mais conhecida de Final Fantasy VII e por boas razões. Esse é o momento mais assustador de todo o jogo. Medo, desespero, sofrimento. Sephiroth é o ser mais poderoso do planeta, com uma clara determinação e um olhar cruel no rosto. A cena do fogo é assustadora por si só, mas a música “Those Chosen by the Planet” faz tudo ainda mais demoníaco.

Cloud tenta salvar alguém na cidade, mas tudo que consegue é salvar um colega da Shinra. Todos estão mortos. Ele corre até Mount Nibel e até o reator, para então encontrar Tifa dentro dele. Tifa chora pela morte do seu pai. “Sephiroth, Soldier, reatores, Shinra, tudo… eu odeio todos vocês!”. Segurando a espada de Sephiroth, a menina corre para enfrentá-lo mas é facilmente vencida e quase morta por essa mesma espada. Cloud a socorre e a deixa descansando. “Cloud… você prometeu que viria me salvar…”, então ele segura a Buster Sword e sobe as escadas em direção a Sephiroth. Esse monstro tem um objetivo direto agora: recuperar os restos mortais de Jenova, escondidos nesse reator. Cloud intervém: “Mas e a minha tristeza? Não é a mesma que a sua!?”

Final Fantasy VII

“Hahaha… minha tristeza? Por que motivo eu estaria triste? Eu sou o escolhido. Fui escolhido para herdar esse planeta.”

Com espada em mãos, Cloud segue em uma luta contra Sephiroth… mas ele já não lembra o que aconteceu. Estranhamente, Cloud não tem recordação do seu combate com Sephiroth e nem sabe quem venceu, embora ache que tenha perdido. É estranho que ele e Tifa ainda estejam vivos, e que Sephiroth teria morrido naquele incidente. Há algo errado, mas nada que possam resolver agora.

Rufus’ Welcoming Ceremony

O grupo viaja para o oeste se dirigindo a cidade de Junon, onde Sephiroth iria passar. Mas no caminho, encontram uma menina em uma floresta.

Yuffie Kisaragi

Idade: 16
Altura: 1,60
Sangue: A
Gênero: não tenho certeza mas com certeza trans
Gostos: ação, diversão, Materia, elogios e atenção
Profissão: ninja!
Arma: shurikens gigantes


Yuffie é uma ninja ladra muito fofinha e engraçadinha de Wutai. Seu objetivo é restaurar a glória da sua nação conseguindo muita Materia. Ela planeja roubar todas as suas! Mas você não sabe disso ainda. Na primeira metade do jogo ela tem alguns comentários enfadonhos e talvez irritantes quando lançados na hora errada, então ela começa apenas como um alívio cômico divertido. Ela também é a mais bonitinha nos gráficos low poly e muitas transfems querem ter o Yuffie drip. Completamente secundária mas você estaria cometendo um erro em não chamar ela pro time.
“I’m Yuffie! Good to meetcha!”

Finalmente em Junon, você pode ver que a pobreza não está só em Midgar. Também existe um vilarejo inferior em Junon, e a cidade real que fica em cima. Esse vilarejo vivia de pesca, mas as águas foram contaminadas pela Shinra. Quando Cloud chega lá, conhece uma menina brincando com um golfinho, até que um monstro marinho aparece. Você facilmente derrota o monstro, mas a menina quase se afogou. Cloud a resgata com ressuscitação cardiopulmonar… respiração boca a boca. Sim, ele sabe que é esquisito, mas é importante que você tenha salvo a vida dela. Os moradores oferecem ao grupo um lugar para passar a noite e, no dia seguinte, acordam com sons de trombetas e tambores. É a cerimônia do presidente Rufus, que agora vai ter a Shinra nas suas mãos. A menina que Cloud salvou dá a ele uma maneira de subir para a cidade superior usando seu amigo golfinho. Em resumo, lá em cima Cloud é confundido com um dos soldados da Shinra e levado para se trocar e participar da cerimônia. Primeiro tem um desfile, depois uma apresentação para o próprio Rufus. Você joga nessas cenas e é até divertidinho, mas em nada afeta a história. Quando tudo termina, Cloud invade o navio cargueiro que vai para o outro continente, onde seus amigos já estão.

Final Fantasy VII
Eu espero que Aerith consiga entrar em uma airship no Remake

Lá dentro no meio da viagem tem umas coisas engraçadinhas com seus personagens vendo cada um no seu disfarce. Até Red, tentando andar em duas patas fingindo ser um marinheiro. Barret está casualmente stalkeando sem parar Rufus na sua cabine, até que um alarme soa por um intruso à bordo, e não é o grupinho do Cloud. Tem mais alguém. Na parte de carga do navio há muitas pessoas mortas ou quase. E atrás de uma porta que eu acredito estar perto de uma válvula, Cloud encontra Sephiroth. É aí que temos a primeira luta contra JENOVA, que eu não sei bem explicar como luta com você. Tem quatro JENOVA no jogo, essa é a “Birth”. Os nomes representam o ciclo da vida no budismo. Depois de vencer, o navio chega à Costa del Sol como se nada tivesse acontecido.

Final Fantasy VII

Rufus pega um helicoptero, enquanto o resto fica por lá mesmo. Tem algumas coisinhas fofas acontecendo, como Barret no banheiro se vendo no espelho com seu uniforme de marinheiro, ou a Yuffie trabalhando como vendedora em uma lojinha (ela rouba tudo e vai embora depois), ou Red reclamando do calor enquanto brinca com as crianças jogando bola. E, notavelmente, tem o puto do Hojo nesse lugar mas não quero falar sobre ele. Costa del Sol traz um certo conforto, mas a jornada precisa continuar.

Desert Wasteland

Em uma pequena cidade (que mais parece um acampamento) chamada Corel, ao oeste de Costa del Sol e em meio às montanhas, vive uma minúscula população de mineradores de carvão. Quando o time chega, Barret pede para que esperem enquanto ele vai na frente. Barret é recebido com um soco e xingamentos. A história de Corel é triste. Todo esse vilarejo, aliado de Barret, acreditou que a Shinra traria uma vida melhor para os mineradores de carvão com seu novo reator. O único que não concordava era Dyne, o melhor amigo de Barret. Quando ele finalmente aceitou a proposta, um reator foi construído em Corel. Mas, em um dia comum quando Barret e Dyne não estavam na cidade, ela foi queimada e destruída. Houve um acidente no reator, e Shinra pôs a culpa nos aldeões. Por isso declararam retaliação à Corel e deixaram todo mundo de xereca. Significa que houve morte, e nessas mortes estava somada a esposa de Dyne. Na tentativa de retornar para Corel, os dois foram interceptados por soldados da Shinra. Dyne caiu e quando Barret segurou sua mão, tiros certeiros acertaram a mão direita de um, e a esquerda de outro. Barret pôs uma metralhadora no lugar da sua mão direita inutilizável para que tivesse vingança contra a Shinra, e salvou Marlene, a filha de Dyne. Ela era pequena demais, e Barret a criou como a coisa mais preciosa da sua vida, adotando-a como filha.

Final Fantasy VII
North Corel

Corel foi “reconstruída” sobre seus destroços, em um lugar passando por muita miséria. A culpa foi colocada inteiramente em Barret apenas pra que se abstenham da sua própria culpa por também terem confiado na Shinra. O real vilão é a corporação, mas Barret tomou o fardo para si.

Uma coisa sobre Corel é um bondinho que pode levar, por um fio de aço, qualquer pessoa para o “Gold Saucer”. Sendo sincera eu esqueci o nome dessa porra mas é tipo um mini-trem aéreo. Gondola? Não sei. Enfim, o salgueiro é um parque de diversões, com diversas atrações diferentes. Arcade, montanha russa, roda gigante, corridas de Chocobo, peças teatrais e até um hotel assombrado pra passar a noite. Mas agora não é hora pra isso. Não estamos aqui para brincar. Ainda assim, nos deparamos com um novo membro para o time!

Cait Sith

Idade:
Altura: um metro
Sangue:
Gênero:
Gostos: pelúcias, prever o futuro, manipulação
Profissão: brinquedo de bilhetes da sorte
Arma: megafones


Cait Sith entra no grupo por motivo nenhum, apenas porque quer ver o futuro do Cloud. Cait é um gatinho em cima de um moogle gigante (que tem mamas o que é honestamente bizarro) e você não sabe nada sobre ele por agora. Ainda assim, é seu mais novo amigo.
“You kidding? I can find things, missing people, anything!”

Cait Sith vem equipado com a materia “Manipulate” o que não é bom sinal. Ver sua sorte no Arcade do Gold Saucer vai te alertar sobre olhar bem em que você confia, então tá mais que óbvio que Cait Sith vai fazer alguma merda. Quando esse momento chegar, eu explico melhor quem ele é.

Explorando o salgueiro você chega na “Battle Square”, uma atração feita para lutar com monstros em uma arena, e descobre muitos assassinatos. Os mortos têm buracos de balas. O chefão do Gold Saucer (chamado Dio) aparece e declara que foram Cloud e os outros que fizeram isso. Parece que foi um homem com uma arma no braço e é claro que inevitavelmente pensamos no Barret. Os nossos heróis são presos… de novo, mas dessa vez em um deserto. O deserto é rodeado de areia movediça então é impossível fugir dele, fazendo assim uma prisão bastante efetiva.

Final Fantasy VII

Lá você encontra Barret, que conta mais uma parte da história de Corel, que eu já falei sobre. Ele diz que existe outro homem com uma arma no braço, e que foi ele que cometeu os assassinatos. Barret quer resolver as coisas com Dyne antes de morrer, mas Cloud não vai deixar. Barret é um amigo precioso, e Cloud não consegue dizer isso claramente então diz que “precisamos de você para salvar o planeta”. Então um time de três pessoas vai até Dyne.

Final Fantasy VII

Dyne está em uma espécie de lixão para automóveis e outros veículos. Assim como Corel, ele também odeia Barret, mas resistiu o desejo de vingança e nunca foi atrás dele para matá-lo. Mas agora, ele quer destruir tudo, matar todo mundo que puder… mesmo Marlene, após descobrir que está viva. Barret e ele lutam, e após Barret vencer, eles têm mais uma conversa. Dyne está cheio de culpa mas também desejo de vingança, e acabou ficando louco. Ele perdeu muito mais do que só a família naquele dia. Mesmo que ele fosse ver Marlene, as mãos dele estão muito sujas de sangue para segurá-la. Barret também tem sangue nas suas mãos. Dyne se joga no abismo, deixando Barret sozinho com um pingente muito importante.

Final Fantasy VII

Para sair da prisão, Cloud precisa vencer uma corrida de Chocobo. Nada interessante nisso, ele vence, todo mundo fica livre e a aventura continua. A próxima parada? Gongaga. Ah, e te deram um buggy pra poder viajar por aí.

Final Fantasy VII

The Price of Freedom

Quando você chega em Gongaga tem um pequeno encontro com os Turks, que mencionam um “espião” no seu time. Cloud confia em todo mundo então ficaria bem triste se fosse real (palavras dele). Ainda assim, sabemos quem é, até porque não tem como ser mais óbvio. Depois de lutar contra eles, você pode ir para a cidade. Gongaga foi destruída há muito tempo por uma explosão no reator, mas ainda tem pessoas morando lá (em situação melhor que Corel, diga-se de passagem). Em uma das casas, tem dois velhinhos que perguntam para Cloud desesperadamente pelo seu filho…

Final Fantasy VII Zack

Zack Fair

Idade: mais de 23, mas não sei a idade que ele teria agora
Altura: 1,85
Sangue: O
Gênero: cis male provavelmente, mas pelo menos não hétero
Gostos: falamos sobre isso em outro momento
Profissão: SOLDIER, primeira classe
Arma: Buster Sword


Zack é um dos personagens mais importantes na história desse jogo. Já foi um dos melhores amigos do Cloud, mesmo que esse não lembre dele, e também foi o primeiro namorado da Aerith. Tifa também conhecia ele. Vamos falar dele de novo mais pra frente e em futuros textos, afinal ele tem um jogo só dele.
“Embrace your dreams and protect your honor… as soldier!”

Os protagonistas dizem que não conhecem Zack, mas Tifa age estranho e acaba saindo para ficar sozinha. Quando Cloud tenta conversar com ela, a mesma age como se não tivesse nada errado e esconde seus reais sentimentos. Isso também pode acontecer com a Aerith mas eu fui burra e não me liguei que era pra ter ela no time na hora. Ainda em Gongaga, ao checar o reator você vai ver Scarlet, da Shinra, procurando por uma espécie de Materia só que muito maior. Ela não acha o que procura e vai embora de helicóptero. A visita à Gongaga é muito curta mas muito importante por nos apresentar alguns conceitos.

Cosmo Canyon

Cosmo Canyon é a casa de Red XIII, onde descobrimos que o nome real dele é Nanaki. Ele nos leva até seu avô Bugenhagen, um homem fortemente ligado com o planeta. Em um projetor, ele nos mostra o universo e nos deixa escutar o planeta. O planeta chora. Bugenhagen acredita que o planeta não pode mais ser salvo, e que o consumo de energia Mako já está prestes a matá-lo. Mas, ainda assim, ele concorda que ficar parado não é a melhor opção, e mesmo que não exista uma maneira, ainda é preciso tentar.

O planeta vive na base de um grande fluxo de energia chamado Lifestream. O Lifestream faz a vida ser possível, e tudo que ocorre na natureza é por conta dessa energia. Mas essa poderosa energia tem muito conhecimento de todas as pessoas do mundo, e um poder absurdo, por isso pode ser usada como fonte de energia e abastecimento. Ao descobrir isso, os seres humanos passaram a consumir o Lifestream para seus motivos egoístas, e pouco a pouco o planeta foi morrendo por não poder reabastecer sua energia a tempo, já que o consumo é muito rápido. Isso interrompe o ciclo de regeneração do universo e faz com que a vida comece a morrer. Os Cetra também usavam o Lifestream, mas em uma forte conexão recíproca, em que nunca era dado ou tirado demais. Assim eles viviam em harmonia com o planeta.

Final Fantasy VII

Depois de escutarem tudo isso, o grupo se reúne em frente a uma grande fogueira no Canyon. Cosmo Canyon é como uma segunda casa, um lugar de conforto e uma das áreas mais próximas do planeta. Gaia e ciência andam lado a lado, e aqui em Cosmo Canyon cientistas estudam o universo e fazem o possível para mantê-lo vivo. Essa fogueira nunca se apaga por conta disso.

Na frente da fogueira, todos estão cansados e começam a se questionar sobre o futuro e suas motivações. Ao menos, a maioria. Aerith está triste e pensativa por ser a única Cetra. Cait Sith pensa sobre o passado, um passado que não conhecemos. Tifa pensa sobre Nibelheim há cinco anos, e quer perguntar algo ao Cloud mas não consegue. Ao invés disso, ela pergunta outra coisa: “Cloud… você é realmente você mesmo… não é?”. Yuffie só se importa com materia então não vale a pena falar sobre, mas Barret é o mais interessante.

Depois de Corel, Barret começou a se perguntar sobre suas motivações. Justiça pelo planeta, ou vingança contra a Shinra? Cosmo Canyon é onde Avalanche foi criada, e Barret prometeu aos seus companheiros que quando o planeta fosse salvo, eles viriam até aqui. Mas agora, eles estão mortos, talvez por motivos egoístas do Barret. Ele pergunta se um dia vão o perdoar, e se ele sequer tem o direito de seguir nessa jornada. Mas independentemente se é justiça ou vingança, se ele puder fazer algo pelo planeta e quem vive nele, ele vai. Essa é a motivação do Barret, e talvez ele não a entenda por completo, mas vai continuar seguindo em frente. “Deixe que eles decidam se é justiça ou vingança”.

E por último, Red XIII se pergunta sobre seu passado. Quando ele pensa em sua mãe, seu coração se enche de orgulho e felicidade. Mas ao lembrar de seu pai, Nanaki só sente raiva. Ele conta que quando a tribo Gi atacou o Canyon, o pai dele fugiu, deixando sua mãe e todos os outros para morrer. Ele não tem nenhum respeito pelo seu pai. Mas Bugenhagen intervém, dizendo que tem algo para mostrar a ele. Cloud e algum outro do time acompanham porque vai ser uma curta, mas perigosa jornada.

Hagen leva o pequeno grupo para uma caverna repleta de espíritos dos “Gi”. Durante a travessia, Bugenhagen conta mais detalhes sobre a história da invasão, deixando Nanaki confuso quanto ao que ele queria dizer. Quando chegamos no fim da caverna, no pico de um penhasco, havia uma estátua de pedra. O grande guerreiro Seto. O pai de Nanaki lutou até o fim para salvar o Canyon, sozinho, enquanto um veneno petrificava seu corpo pouco a pouco. Até hoje ele continua a proteger as pessoas que vivem aqui. Cloud deixa Bugenhagen e Nanaki sozinhos, e o velho pede para que Nanaki continue na jornada com Cloud. Mesmo que seja impossível, temos que fazer algo pelo planeta. Ele diz que está feliz que Nanaki tenha retornado enquanto ele ainda está vivo, mas ele retruca que Bugenhagen não pode morrer. Ele vai seguir a jornada, ver o que acontece com o planeta e voltar para contar tudo ao seu avô.

“I am Nanaki of Cosmo Canyon! The son of the warrior, Seto! I’ll come back a warrior true to that noble name!”

Assim que Red diz isso, algo pequeno começa a bater nas pedras atrás deles. As lágrimas de Seto. Nanaki sobe até a mais alta rocha que encontrou, e começa a uivar na frente da lua alta no céu, e do seu honrado pai.

De volta na fogueira, todos se preparam para seguir a jornada sem Nanaki, dando adeus ao seu companheiro. Não cheguei a mencionar, mas a estadia no Canyon foi dado ao veículo deles ter quebrado, que era a única maneira de seguir em frente, e agora está consertado. Mas, quando Cloud estava prestes a sair, Nanaki aparece e avisa que vai seguir com eles. Com o grupo completo, a viagem continua.

The Nightmare Begins

A próxima cidade é Nibelheim que… está completamente reconstruída. Está tudo como se nada tivesse acontecido. Nenhuma das pessoas lembra de algo como a destruição da cidade, embora afirmam terem “nascido” aqui. Em todas as casas existem pessoas com mantos pretos, aparentemente doentes, falando de algo chamado “Reunião”. Todos tem tatuagens de números, como o homem em Midgar, ou Sephiroth. Em Nibelheim existe uma mansão já mencionada antes, e ao explorá-la, um puzzle até que longuinho começa. Você precisa encontrar os números para abrir um determinado cofre, e uhh… é razoavelmente complicadinho por terem inimigos irritantes na mansão, mas não é nada demais. O problema é quando você abre o cofre e precisa lutar contra o Lost Number, o primeiro boss realmente difícil do jogo. Ao vencê-lo, você recebe uma chave. No porão onde Sephiroth passou seus dias enlouquecendo, existe uma porta. Abrindo a porta, existe um caixão. E dentro do caixão…

Vincent Valentine

Idade: 57, mas parou de envelhecer fisicamente então tem aparência de 27
Altura: 1,84
Sangue: A
Gênero: não acho que ele se importa com isso, nada faria ele se sentir mais confortável com seu corpo
Gostos: Lucrecia, e provavelmente só isso
Profissão: ex-Turk
Arma: armas de fogo


Vincent é um homem com um bom coração, assombrado por pesadelos e pecados que ele não tem culpa. Um experimento sádico de Hojo, um ser humano que possui diferentes bestas dentro de si, sendo um mutante. Esse corpo é visto por Vincent como uma aberração. No seu longo e terrível sono, Vincent acabou perdendo a possibilidade de expressar emoções, e a culpa por não ter impedido Hojo no passado pelo que fez com sua amada é algo que ele nunca perderá. Embora tenha muito respeito pelo professor Gast, Hojo é o homem que destruiu sua vida completamente. E, com sua amada Lucrecia, usou-a como experimento humano para criar Sephiroth. Não fica claro se houve abuso sexual por parte de Hojo para engravidá-la, mas ele nunca teve sentimentos por Lucrecia e queria usá-la apenas para seu experimento sádico. Não poder impedir isso é o que faz Vincent sentir culpa.
“Being a former Turk, I may be of help…”

Se você seguir na mansão, vai encontrar Sephiroth. Depois de dizer algumas coisas, ele vai embora. Você pode ler alguns documentos, alguns deles são chamados de “Fugitive Report”. Eles falam sobre uma dupla de ex-funcionários da Shinra que fugiram. Um em estado grave foi perdido e não será problema, mas o outro foi neutralizado (morto). É muito importante lembrar disso.

Descendant of Shinobi

Após Nibelheim, o grupo chega em uma cidade chamada Rocket Town. Eu sei, não tem nada a ver com o título do capítulo né? Mas é porque é uma visita curta. Aqui vocês encontram um pequeno avião que ajudaria muito na perseguição do Sephiroth, mas precisam pedir permissão do capitão. O capitão está dentro de um foguete, porque parece que a Shinra vai vir até aqui (o Rufus) para ver o foguete! E esse capitão é…

Cid Highwind

Idade: 32
Altura: 1,78
Sangue: B
Gênero: cishet male
Gostos: espaço, ciência, chá, máquinas e veículos
Profissão: ex-capitão de uma viagem espacial
Arma: lanças


Cid é um homem com aparência bem velha pra estar só nos seus 30, que fala palavrão pra caralho. Filho da puta ia ir pro espaço no passado, se sua assistente não tivesse feito uma merdinha e impedido ele de decolar. Afinal, se ele decolasse, ela seria morta pela turbina do foguete e Cid é fodão demais pra matar sua assistente para realizar seus sonhos. Ele acha que o novo presidente da Shinra vai dar uma outra chance pro seu velho foguete, então tá fazendo alguns ajustes nele. Sobre o avião? Não, ele não vai deixar Cloud levar.
“The name’s Cid. Everyone calls me ‘captain’, though.”

Em resumo, Rufus veio pra pegar o avião também, que sacanagem. Mas acontece que nessa palhaçadinha Cloud consegue roubar depois de bater em um velho besta, e enquanto ele tá fugindo com o avião, Cid pula nele antes de decolar. E quando o avião finalmente vai decolar, acertam um tiro na turbina e ele cai na água. Agora você tem outro veículo, mas ele só serve pra andar em água rasa.

Com esse avião chamado Tiny Bronco, você pode ir até o continente a oeste: Wutai! A terra da Yuffie. Wutai era uma nação muito grande antes da Shinra decidir que queria pôr um reator aqui para dominar o lugar economicamente. Embora tenham lutado, perderam a guerra, e em troca da paz perderam seu poder também. Agora, Wutai é nada mais que uma cidadezinha resort turística. Yuffie não gosta nada disso.

Assim que você chega em Wutai, Yuffie rouba todas as suas Materias. Sim, todas elas, não deixa uma sequer, e mesmo se você encontrar outra ela vai vir e pegar. Por isso, você é obrigado a ficar e procurar por ela. A cidade de Wutai é inspirada na cultura asiática, especialmente China e Japão, mas tem suas próprias ideias de cultura (que ainda assim, parecem com as inspirações). Notavelmente, Wutai é protegida por guardiões, entidades. A mais poderosa e importante é o Leviathan, que está no design de diferentes ornamentos, cartazes e vestimentas do país.

Em um pequeno barzinho chamado Turtle Lodge estão os Turks, curtindo umas férias. Por estarem de férias, decidem não lutar com Cloud e fingem que não se viram. Por Wutai você vai procurar pela Yuffie em todo lugar, e até vai ver uma discussão com o pai dela, onde ele vai mandar Cloud embora por querer se opor à Shinra, algo que Wutai não quer fazer de novo. A história toma um rumo diferente quando o bosta fodido do Don Corneo aparece. Tenham em mente que Wutai é uma sidequest, e é uma muito legal por dar o final merecido ao arco do Corno.

Esse merda sequestrou Yuffie e Elena, uma dos Turks, e usa a vida delas para conseguir o que quer. No caso, elas são reféns. Mas o pior é que ele também vê mulheres como um objeto sexual por ser absolutamente repugnante, e é assim que ele vê Yuffie, que é menor de idade e só uma adolescente. Não tem muito nessa história, mas a trégua com os Turks continua enquanto eles tentam salvar Elena e Yuffie. “Tentam”, na verdade eles completamente pisam em cima do Corneo. Humilham ele tudo que dá e provavelmente acabaram matando-o assim que o derrubaram do penhasco. Fizeram isso pela Elena, mas salvaram Yuffie também já que Cloud ajudou no resgate da sua companheira. Os Turks são muito fodas, e a cena deles destruindo Corneo é muito badass. Corneo tem esse negócio de fazer uma pergunta e te dar alternativas, e Reno fez o mesmo com ele mas não deu nenhuma alternativa certa. A resposta era “porque é nosso trabalho.” e isso é muito legal.

Final Fantasy VII

Enfim, Yuffie decide devolver a Materia pra todo mundo porque ninguém perdoou isso ainda. E contra a vontade do pessoal, ela volta para o grupo. Nesse ponto todo mundo odeia ela, mas isso vai mudar com o tempo. Como dito antes, ela roubou Materia para ajudar seu povo a se reerguer.

Aerith

O grupo descobre que existe um lugar chamado “Templo dos Ancients”, e também que a única maneira de entrar é com uma pedra que vai abrir a passagem. É meio chato pegar todas essas informações no jogo, mas essa chave tá no Gold Saucer, e pelo que você já fez lá ajudando o pessoal com o caso do Dyne, o Dio deixa você levar a pedra assim que lutar na battle square. Ele vai dar ela pra você independentemente se você ganhou ou não. Cloud e os outros decidem passar a noite no salgueiro antes de seguir em frente.

No hotel, eles começam a conversar sobre a história até aqui, por conta dos membros novos. Nesse momento, todo mundo tá na mesma sala, de Cloud, a Aerith, a Vincent e até Cid. Todo mundo junto. Agora o time busca por Sephiroth e acha que vão encontrar algo importante no templo dos Ancients, um lugar que Aerith quer muito ver. Eles também se perguntam sobre os homens com tatuagens vistos até aqui em muitos lugares e o que eles significam. Eu não lembro exatamente onde essa informação é dada, se eles já sabem agora ou descobrem no templo, mas lá existe a magia destrutiva suprema, Black Materia, que pode invocar um meteoro gigante. Sephiroth não pode pôr as mãos nela.

Indo dormir, Cloud acaba acordando no meio da noite e Aerith o chama para um encontro. Esse é um dos meus momentos favoritos do jogo. Primeiro, eles vão ver uma peça teatral, onde eles são sortudos por serem escolhidos para interpretar a peça! Aerith é a princesa, e Cloud o cavaleiro que vai salvá-la do dragão. Você pode fazer a peça como quiser e é bem divertida, dá até pra beijar o rei ou o dragão, mas eu escolhi beijar a mão da Aerith.

Depois disso, os dois vão para a Gondola, que na verdade é meio que uma roda gigante de certa forma. Eles vão passar por todo o Gold Saucer nela, e vão ver tudinho da janela. Em um ponto, muitos fogos de artifício são lançados e, nessa hora, Aerith diz que Cloud e “ele” são muito parecidos. No jeito de falar, jeito de agir… mas que Cloud é diferente. Aerith diz que tá procurando pelo Cloud. O Cloud de verdade, que ela quer ver algum dia.

Com isso, o encontro termina. Aerith diz que eles deveriam fazer isso de novo e ir em mais coisas, mas pelo horário decidem voltar. Antes de seguirmos na história, tem como essa cena não acontecer com a Aerith, mas com Barret, Tifa ou Yuffie. Vou falar um pouco sobre cada.

Barret é um dos mais interessantes porque tem um ar muito gay nessa parte. É sacanagem que não deixam ele e Cloud fazerem a peça teatral, mas eles podem andar na Gondola juntos. E na Gondola eles não falam nada de interessante. Barret diz “ah vamos em algum lugar para ficar a sós” e quando chegam lá não falam nada. Quando começam os fogos, Barret fica irritado porque Cloud “convidou ele” ao invés de uma das meninas, e começa a ficar puto porque acha que Cloud queria convidar a Marlene. Isso é estúpido então Cloud não diz nada, mas Barret começa a falar que gostaria de trazer sua filha aqui para ver os fogos. De qualquer forma parece só um tsundere momento, porque Barret convidou Cloud e depois fica reclamando. Ele ficou é com vergonha, mas Cloud provavelmente seria uma ótima mãe pra Marlene se eles tentassem.

Final Fantasy VII

Tifa é a menos interessante. A peça é igualzinha, e a parte da Gondola é… bem, a Tifa é muito tímida então ela não fala nada com nada. Ela queria dizer “eu te amo” pro Cloud mas não conseguiu, então acabou não indo a lugar algum. Mas a Yuffie é a mais legal de todas! Bem, tirando o fato que ela é menor de idade e Cloud é de maior, mas Cloud com certeza não tem sentimentos por ela e nada demais acontece. Mas na peça Yuffie pode bater no Cloud e destruir o dragão sozinha, o que é bem interessante. Ela tava tentando ser séria na peça pela brincadeira mas Cloud pode meter o louco e ela fica puta. Na Gondola ela fica olhando pela janela como uma criancinha, e quando os fogos aparecem, ela se levanta e beija a bochecha do Cloud. Cloud fica completamente em silêncio enquanto ela implora pra que ele fale algo. “Algo”, e ele toma um tapa na cara. Mas Yuffie está satisfeita e diz que vai dormir bem. É uma paixão infantil de uma criança, é algo inocente e Cloud não devolve os sentimentos porque ele é um adulto. Eles tem até um relacionamento de amizade bem engraçado. Eu sei que essa parte do jogo parece que é o trope de um harém, mas é um pouco mais complexo que isso. Tifa de fato ama Cloud, mas os sentimentos da Aerith são muito mais complexos porque também tem a ver com o Zack. Barret e Yuffie são só uma possibilidade divertida, e Barret possivelmente gostar do Cloud é uma ideia engraçada e fofa.

Mas, voltando pra Aerith, quando vocês saem da Gondola e estão indo de volta, encontram Cait Sith. E nas mãos dele… a keystone! Perseguindo Cait pelo Gold Saucer finalmente encurralam ele após entregar a keystone para Tseng (dos Turks) em um helicoptero, e o traidor começa a se explicar. Não tem motivo pra eu não falar sobre o real cara por trás também.

Reeve Tuesti (Cait Sith)

Idade: 35 anos
Altura: 1,80
Sangue: embora seja humano não tem essa informação na wiki
Gênero: Cait Sith teoricamente não tem gênero e isso é um fator conhecido, mas poderia facilmente ser homem por causa do Reeve então por que não é? Então pra mim ele é enby também igual o bonequinho que ele normalmente se expressa por
Gostos: honestamente não se sabe muito sobre ele no jogo, mas ele é um cara legal que gosta de coisas fofas e infantis
Profissão: Chefe do Desenvolvimento Urbano na Shinra
Arma: Cait Sith, um robô controlado remotamente que usa megafones e os punhos como arma


Cait é um espião, e embora o grupo ainda não saiba (eles descobrem sozinhos), Reeve da Shinra. Reeve não concorda com a Shinra desde o início do jogo e podemos ver isso com frequência, e muitas vezes Cait Sith se mostra um aliado de verdade e logo mais, um espião da Avalanche dentro da Shinra. Reeve tem a aparência de um cara sério, mas ele tem gostos de uma criança, especialmente por se expressar usando Cait Sith (e ter um sotaque criado só pra essa oc dele). Provavelmente furry, provavelmente trans, provavelmente um dos personagens mais daoras do jogo. Mas agora? Ele teve que sequestrar Marlene e Elmyra, a mãe da Aerith.
“But this is how it is… no compromises. So why don’t we go on as we did?”

Essa parte do jogo é relativamente desconfortável, e de propósito. Assim como Cloud, você gostando ou não do Cait Sith após descobrir o que ele fez, ainda é obrigado a seguir em frente com Cait no time. Inevitavelmente, Cloud vai chegar no templo depois da Shinra, mas ainda podem ir, guiados pelo espião Cait Sith.

Forested Temple

Quando o pessoal chega lá encontram Tseng ferido. Aparentemente, Sephiroth já está aqui. Aerith acaba ficando um pouco emocionada, porque embora não tenham sido amigos, Tseng é uma das poucas pessoas que Aerith conhece desde pequena. O templo inteiro é uma dungeon de RPG bem dentro do esperado, não tem muito o que comentar. Lá, eles descobrem os planos de Sephiroth. Quando o planeta é machucado, a ferida acaba liberando energia. Quanto maior o machucado, mais energia. Dentro desse templo existe a Black Materia, e Sephiroth vai usá-la para chamar um meteoro gigante. Esse meteoro é umas cinco vezes maior que Midgar, e assim que colidir com a terra, vai destruir o planeta inteiro. No centro dessa ferida gigantesca, Sephiroth vai estar absorvendo toda a energia para se tornar um deus, e ir para a Promised Land.

Cloud acaba tendo uma rápida recaída em que perdeu um pouco da sua consciência, mas rapidamente se recupera. Para pegar a Black Materia é preciso terminar um quebra cabeças que eu imagino ser tipo o Enigma do Milênio com uma pirâmide e tal. Mas quando você termina o quebra cabeça, o templo inteiro vai se reduzir ao tamanho de uma pedrinha, porque é isso que é a Black Materia. Por isso, a pessoa que resolvesse teria que morrer. Por conta de ser apenas um boneco substituível, Cait Sith se oferece para conseguir a Black Materia enquanto todos saem do templo. Não é uma cena muito emocionante, ela é mais engraçadinha pelo fato de Cait Sith ser um robô, que logo após morrer já aparece outro pra substituir. Ao menos é o Reeve de qualquer jeito!

Mas quando eles conseguem a Black Materia, Cloud acaba enlouquecendo. Sephiroth aparece e, não podendo controlar suas ações, o protagonista entrega a Materia para seu inimigo. Logo após isso ele acaba desmaiando e perdendo a consciência, sendo levado à Gongaga por seus amigos. Mas Aerith avisou para ele em sonho que precisa ir sozinha, fazer algo que só ela pode para salvar o planeta. E nesse mesmo sonho, Sephiroth diz que precisa fazer algo sobre ela porque se tornou algo realmente perigoso para o plano dele.

Assim que Cloud acorda em Gongaga, ele está com medo e inseguro. Não sabe o que houve com ele e tem medo que acabe fazendo algo terrível então não acha que pode seguir na aventura. Então Barret diz sua frase mais impactante: “There ain’t no gettin’ offa this train we’re on, ‘till we reach the end of the line” (Não tem como sair do trem que pegamos até chegar no fim da linha). Assim, Barret e Tifa deixam Cloud sozinho, enquanto Tifa se pergunta se ele vai conseguir se levantar. Barret diz que só temos que confiar nele, como companheiros e amigos. E a confiança não é em vão, já que em pouco tempo, Cloud levanta.

O grupo se dirige para a Forgotten Capital, a cidade antiga dos Ancients. Para entrar nela passam por uma floresta usando uma “Lunar Harp”, encontrado em uma escavação por arqueólogos que eles encontraram. Talvez seja muito pra digerir mas nada disso tem importância, o que importa é chegar na Capital, e eles conseguem.

Flowers Blooming in the Church

Ao chegar lá e procurar um pouco, eles encontram um lugar para descansar. E após um rápido descanso, no meio da noite, Cloud escuta a voz da Aerith e descobre onde ela está. No meio da cidade existe um lago, com uma entrada para uma espécie de templo. Dentro do templo, uma grande escadaria espera por eles a fim de chegar no ponto mais baixo e talvez mais próximo da energia do planeta. Quando chegam lá, eles veem uma menina rezando sob uma luz forte, fazendo tudo que pode pelo futuro do planeta.

Cloud, sozinho, vai até ela. Como se controlado por uma força maligna, ele tira sua espada, mas resiste e não faz mal nenhum a sua amada amiga. É aí que algo surge de cima. Cabelos prateados, uma capa preta, uma gigantesca espada. Em uma queda livre, a espada atinge o peito de Aerith e o atravessa completamente… matando-a.

Essa é uma das cenas mais famosas dos jogos, talvez a morte mais famosa também. Quando eu vi ela da última vez, durante a luta contra Jenova que vem depois, meu amigo Benjamin tinha acabado de chegar aqui. Eu não esperava que ele fosse se atrasar tanto, então eu tinha esquecido que ele ainda podia chegar no meio disso. Eu não conseguia falar e ficava tremendo. Honestamente eu sou meio esquisita então talvez não fosse tão estranho pra ele me ver assim, mas tudo foi explicado assim que venci Jenova. A gente tava planejando jogar Mario & Luigi nesse dia, mas eu não tinha ânimo nenhum pra isso e não foi tão divertido quanto poderia ser.

Final Fantasy VII

A morte da Aerith me abalou muitas e muitas vezes, mas é claro que eu não sou a única. Todo mundo conhece a cena, muita gente passou por ela em todo o tempo que esse jogo existe. Eu já derramei minha cota de lágrimas por ela. Mas pior que a morte em si, é a cena seguinte.

Sephiroth começa a falar sobre seu plano, e como agora ele vai para o norte se juntar com o planeta assim como Aerith vai… e Cloud intervém.

“Shut up… I don’t care about your stupid plan or the cycle of nature. Aerith is gone. Aerith will no longer talk… will… no longer laugh, cry, or even… get angry. What about us? What are we supposed to do? What about our pain? My fingers are tingling… my mouth is dry… my eyes are burning!

Eu não me importo em falar muito sobre o que acontece depois. Você luta contra Jenova, Sephiroth diz que Cloud não tem emoções reais, foda-se. Essa é uma das melhores cenas do jogo mesmo sendo um tipo de morte que aconteceria em qualquer RPG. Isso é porque Aerith é especial. Esse jogo é especial, os personagens são especiais. Cloud começar tão frio e ignorante a tudo, para então ter o monólogo mais desesperadamente triste do jogo, é um pulo muito alto. Aerith é meu personagem favorito, e sei que é muito difícil terminar esse jogo sem gostar muito dela. No Remake parece ainda pior, muito pior, porque você tem o dobro de tempo com ela. A única pessoa que fazia Cloud rir, e sempre fez todos sorrirem durante sua vida. Uma menina que mudou o mundo e continua mudando, e a pessoa que salva o planeta no final. Eu só… não sei como falar sobre isso. Eu não sei como lidar com morte, embora a da Aerith não seja nem perto da morte de uma pessoa real em impacto. É só… algo que você precisa acabar lidando. Eu não tenho muito o que dizer a mais. Eu amo Aerith, eu amo esse jogo… eu amo essa cena.

E, bem, eu tive que fazer uma pausa antes de retornar a escrever. Depois que você vence Jenova, todos se despedem de Aerith. Cloud segura seu corpo e leva para fora do templo, e a deixa na água onde ela vai estar mais próxima do planeta. Antes de morrer, Aerith deixou cair uma Materia com um leve brilho verde. Isso é muito importante.

Depois disso, Cloud anuncia que vai seguir para o norte atrás de Sephiroth, também dizendo que existe alguém dentro dele. Os outros decidem acompanhá-lo até o fim.

Buried in the Snow

Em uma pequena cidade coberta de neve, Cloud encontra um mapa e uma prancha de snowboard. Antes de seguir a jornada você pode ver algumas fitas de vídeo sobre o professor Gast e sua esposa, a mãe biológica de Aerith, Ifalna. Eles falam sobre os Ancients e armas criadas pelo planeta chamadas de “Weapons”. Nada fica claro ainda sobre o que essas coisas significam. Mas, seguindo em frente, Cloud brinca um pouco de snowboard, o que ele tava precisando pra se acalmar. E, depois de uma queda livre, pousa em uma encruzilhada. Usando seu mapa, você pode explorar esse grande e detalhado overworld, que é bem divertidinho de ver.

Se você desmaiar pelo frio (como eu fiz), um homem vai socorrê-lo e levá-lo para a base da montanha que Cloud pretende escalar. Se você não desmaiar, ainda dá pra chegar lá a pé, eu acho, porque nunca fiz desse jeito. De qualquer forma, ele te dá dicas e instrui o pessoal para uma longa escalada pela Gaea’s Cliff. A escalada por si só é demorada mas muito divertida, em que você por vezes vai ter que parar para esquentar o corpo um pouco, e em outras resolver alguns puzzles dentro de cavernas enquanto escala. Tem uns inimigos fodões aqui, que podem te dar bastante coisa boa também.

Final Fantasy VII

Mas isso é tudo gameplay, e embora demore, não é muito importante. Quando você chega no pico, ocorre uma série de cutscenes. Sephiroth, ilusões e informações confusas. Mas vamos por partes. Assim que você chega no topo, encontra uma cratera gigantesca. Ela foi criada no passado pela “Calamidade que veio dos céus”, um ser extraterrestre chamado Jenova, um nome bem mencionado até então. Enquanto o planeta tenta se curar desse machucado causado há tanto tempo, Sephiroth puxa essa energia para si mesmo a fim de invocar o meteoro, que vai causar algo dez vezes maior. No caminho até Sephiroth você encontra muitas pessoas com capas pretas, se arrastando e tentando por tudo chegar até algo. Você também vê um navio voador, Highwind, chegando de cima. É Shinra; Rufus está aqui também.

Cratera do Norte

Mais fundo no abismo da cratera, você finalmente encontra Sephiroth, e descobre que nunca esteve lutando com ele de verdade. O homem que estávamos perseguindo se tratava apenas de partes de Jenova, e o Sephiroth de verdade está aqui, nessa cratera, em algum lugar. Cloud também começou a ouvir vozes mais fortes.

Depois de vencer Jenova e pegar a Black Materia de volta, Cloud decide deixá-la com um dos seus companheiros para prevenir que alguma merda aconteça. No fundo do abismo, chegamos a… Nibelheim? Essa é uma das partes mais legais do jogo, quando Sephiroth começa a mostrar “ilusões” para o grupo. Cloud e Tifa obrigatoriamente estão aqui, e vão ter que passar juntos por elas.

As ilusões mostram… uma pessoa. Um homem vestindo as roupas do Cloud, com a espada dele, mas um rosto diferente. É uma pessoa diferente. As coisas que aconteceram em Nibelheim são mostradas, mas Cloud não está aqui. Por algum motivo, Tifa é afetada por isso profundamente porque ela sabe de algo importante. Cloud mantém-se firme dizendo que tudo que Sephiroth mostra é uma mentira. “Enquanto soubermos que é uma ilusão, não precisamos ter medo”. Sephiroth aparece na frente deles, e Cloud diz resoluto que não é afetado por nada disso. Ele lembra de tudo claramente. “Ah, verdade? Você é só um boneco… não tem um coração… e não consegue sentir dor…” – diz Sephiroth.

Sephiroth está fazendo isso para trazer de volta o “Cloud real”, o que deu a Black Materia para ele. “Quem diria que um experimento falho seria tão útil? Hojo morreria se soubesse.” Cloud é um clone incompleto do Sephiroth, criado por Hojo depois da destruição de Nibelheim, é o que Sephiroth diz. Ele nem sequer tem um número. Mas Cloud não acredita nisso porque é uma besteira incompreensível. Afinal, ele e Tifa compartilham memórias de um passado antes do incidente em Nibelheim, Cloud não pode ser só uma cópia do Sephiroth… não é? Ainda assim, Tifa continua tocada por tudo isso e não consegue explicar o que sente.

“Cloud, don’t blame Tifa. Changing one’s form, voice, and mannerisms based on the memories of another person is an ability granted by Jenova.”

Dentro do Cloud, Jenova se juntou com as memórias da Tifa e criou quem ele é hoje. Um menino chamado Cloud talvez fizesse parte delas. Sephiroth então apresenta mais uma memória… a foto de Nibelheim. Embora Tifa peça para que Cloud não veja, sabendo o que ela é, nosso herói decide ver mesmo assim, confiante de que é só uma ilusão. Na foto, Sephiroth, Tifa… e Zack Fair. Então, Cloud começa a relembrar do passado e falar para si mesmo tudo que fez há cinco anos em Nibelheim. A visita da mãe, ver a casa da Tifa, seu ânimo pela missão, já que era sua primeira desde que se tornou um SOLDIER de primeira classe… espera aí? Soldier? Cloud não tem nenhuma memória sobre se juntar a Soldier. Isso causa uma forte dor de cabeça, mas ele consegue se recuperar e seguir em frente.

No mesmo momento, Rufus entra dentro da cratera, e se depara com uma fonte inacabável de Materia, algo que ele já julga ser a “Terra Prometida”, embora não seja nem perto. Até que um terremoto começa, e algo acorda dentro dessa gigantesca montanha. “Weapon”. Hojo explica que são monstros que aparecem quando o planeta está em perigo, mas ele guardou isso apenas para si mesmo e mais ninguém na Shinra sabia disso. Do lado de fora de onde Cloud e Tifa estão, Barret e os outros esperam pacientemente. Até que um vento forte cobre a visão toda de alguma forma, e Barret (se foi pra ele que você entregou a Materia, como eu) não vê mais seus companheiros, ou os escuta. É aí que Tifa retorna e pede que Barret corra e leve a Black Materia para Cloud, que está precisando dela. Bem, essa Tifa na verdade é Sephiroth, que acaba por agir de maneiras muito femininas e razoavelmente sugestivas pra ele, o que realmente me faz pensar que talvez ele seja genderfluid pelo quanto ele pode mudar o próprio corpo facilmente.

De qualquer forma, Cloud, Tifa e seu outro amigo que acompanhou o pessoal aparecem no mesmo lugar que Rufus está. Cloud diz que aqui vai acontecer a “Reunion”, onde tudo começa e termina. Embora Tifa tente falar com ele, sua voz não sai. Cloud, embora tente resistir, é levado por Sephiroth até Barret que acaba de chegar e pede a Black Materia. Ah, muito importante, podia não ser Barret aqui. Eu só acho que todo mundo daria a Materia pra ele por ser seu amigo mais antigo.

Cloud vai até o centro da sala. “Todo mundo, obrigado por tudo. E… desculpa.” Após se desculpar pra todos, ele pede desculpas especialmente à Tifa. “Você sempre foi boa pra mim… mas eu nunca fui suficiente para ser ‘Cloud’. Espero que o conheça algum dia.”

Hojo percebe o que está acontecendo e diz que seu experimento foi um sucesso! Mas pergunta pelo número e a tatuagem, o que Cloud não tem, dizendo que foi considerado uma falha. Ele também pede para que receba um agora, e Hojo só de filho da puta manda ele à merda. A “Reunion” acontece porque mesmo que Jenova seja dividida em pedaços, estes em algum momento vão retornar para se reunir. Cloud tem células Jenova no seu corpo, e por isso, também está aqui agora. Todos foram trazidos até aqui pelo Sephiroth, no lugar onde ele está de verdade. Algo muito interessante sobre essa jornada é que embora tenhamos acompanhado os personagens e acreditado no que eles dizem, Cloud nunca quis ir atrás de Sephiroth. Claro, pra ele, era seu objetivo, mas na verdade isso aconteceu naturalmente porque Sephiroth o invocou. Mesmo que não houvesse um motivo lógico para ir atrás do seu inimigo, Cloud teria encontrado um para satisfazer sua lógica humana e continuar mentindo para si mesmo que tem livre arbítrio. Então, Cloud encontra Sephiroth. O Sephiroth de verdade.

Mesmo lutando contra isso, Cloud entrega a Black Materia para Sephiroth. Os outros fogem, levados por Rufus de volta para Junon. Uma erupção de Mako. As weapons… estão livres. Uma das cutscenes mais fodas do jogo. As Weapons são monstros simplesmente assustadores pra mim, porque elas estão lá há muitos e muitos séculos, adormecidas. Você pode inclusive ver uma em Crisis Core, dormindo no fundo do oceano, e isso me arrepia de medo. Me traz um sentimento Shadow of the Colossus muito foda, e esses são uns dos inimigos mais legais de qualquer RPG. São monstros neutros, que mesmo estando do lado do planeta vão tentar matar todos os humanos por causarem danos ao Lifestream. Agora, mais do que nunca, quase todas as Weapons são despertadas, exceto por uma que é pra… um jogo futuro.

The Highwind Takes to the Skies

Em Junon, Tifa acorda depois de sonhar com algumas memórias com Cloud. Parece que ela dormiu por uma semana. Olhando pela janela, pode facilmente ver o meteoro chegando até o planeta. Sephiroth conseguiu. As Weapons também estão à solta, e nunca se sabe quando podem atacar. Esse é o início do fim do mundo, e eles não vão ao menos ver seus últimos momentos, porque a Shinra pretende transmitir a execução pública de todos os membros da Avalanche a fim de culpar alguém por tudo que tá acontecendo e dar satisfação às pessoas. Tifa é a primeira.

Ela é levada para uma câmara de gás, e presa em uma cadeira. A puta da Scarlet dá um tapa nela e a chama de “stuck-up bitch!”, e a cena que Tifa se vinga não é nem de perto satisfatória pro que eu queria ter visto ela fazer com Scarlet. Enfim, um dos guardas deixa cair a chave. Não fica claro se ele é um dos membros da Avalanche em disfarce ou é só incompetente. Como Tifa está amarrada, ela vai ter que fazer muito esforço pra se salvar com essa chave. Mas antes de ela sequer tentar, o repórter que estava entrevistando e filmando a cena da execução desacorda Scarlet, e retira seu casaco revelando… Cait Sith! Traindo a Shinra pelo bem dos seus amigos. Uma Weapon ataca Junon também. Barret e ele não encontram uma maneira de salvar Tifa, mas parece que Cait tem um plano e vai seguir para o heli/aeroporto porque é a “única chance”. O canhão da Shinra erra o primeiro tiro tentando acertar a Weapon dentro d’água, e ela começa a se aproximar da cidade pelo mar. Essa Weapon acerta um tiro certeiro na sala onde Tifa estava, abrindo um buraco. Após Tifa conseguir se salvar das suas amarras, o gás tóxico sai pelo buraco e ela pode voltar a respirar, escapando pela abertura que a Weapon fez. Ela corre até o topo do canhão da Shinra, e Scarlet consegue a alcançar. Então tem a cena estúpida delas se dando tapas. Eu adoraria se essa cena fosse só a Tifa dando um soco na Scarlet e desacordando ela, então fugindo para subir na Highwind que seus amigos roubaram… só que essa parte é real! Logo após Avalanche fugir no seu navio voador, Shinra acerta um tiro certeiro no rosto da Weapon, destruindo sua cabeça completamente e matando-a.

Embora sãos e salvos, o grupo ainda tem algumas tristezas. Ainda assim, não vão desistir de salvar o planeta por não terem Cloud do seu lado. Embora seja uma mulher forte, Tifa gostaria de ouvir Cloud dizer que “vai ficar tudo bem” do seu jeitinho convencido mais uma vez. O grupo decide procurar por Cloud, com uma boa pista de onde ele pode estar graças à Nanaki. Uma cidade conectada com o Lifestream, que se Cloud acabou caindo no meio, pode ter chegado à deriva até esse lugar.

From the Edge of Despair

Ao sudeste de Junon, existe uma pequena província. Nela, uma pequena cidade chamada “Mideel”. Tem muitas pequenas cidades nesse universo, já que a maioria das pessoas vive em lugares maiores como Midgar ou Junon. Em Mideel, você facilmente consegue perceber como está o mundo. O meteoro e as Weapons causam um desespero incontrolável, e um sentimento de quase-morte a cada instante. O mundo todo tem medo porque não sabe quando a destruição iminente pode aparecer. Mas é nessa cidade que o Lifestream deixa algumas coisas, e entre elas, está um menino chamado Cloud Strife. Mas Cloud…

Cloud está em um estado grave de “Mako Poisoning”. Super exposição a Mako acaba por interromper seu cérebro, fazendo Cloud entrar em uma espécie de coma. Seu corpo não se mexe e por vezes diz coisas sem sentido, mas Cloud está… praticamente morto. Em Mideel, sendo tratado e mantido vivo por médicos, ele passa todos os dias em uma cadeira de rodas fazendo tudo que pode para não morrer. Tifa decide ficar com ele, cuidar dele. Ela quer acreditar que as memórias que os dois compartilham são reais. Então, por enquanto, controlamos Cid, que é o líder temporário do grupo.

Agora, começa a busca pela “Huge Materia”. Elas são Materia muito maiores e mais poderosas, que Shinra quer buscar para usar contra o meteoro e Sephiroth. Seus métodos não são confiáveis e talvez façam ainda mais mal ao planeta, por isso o grupo vai atrás de cada uma das Materias para recuperá-las. A maior parte disso é gameplay, então não vai demorar muito pra explicar, mas é uma parte bem divertida e emocionante do jogo, com muita ação. Em Corel, você precisa parar um trem de bater na cidade e destruir ainda mais a vida dos moradores. Se não conseguir, seus personagens vão desmaiar e Shinra vai fugir com a Huge Materia. Dá pra tentar infinitamente salvando antes, então não é muito problema.

Em Fort Condor precisamos lutar em uma pequena guerra para proteger o gigante Condor em cima do velho Reator. Depois da luta, o ovo do Condor racha causando uma explosão de chamas e matando a mamãe Condor. Por que, pelo que parece, ela vai renascer por esse ovo, como uma Fênix. E assim, nasce um filhote gigante. O velho do forte dá a Huge Materia para o pessoal. Depois disso, Cid fica preocupado com Cloud e decide que vão retornar para visitá-lo.

Em Mideel, a visita à Cloud continua triste. Tifa está destruída e nada melhorou. Mas então, terremotos começam, e junto deles, Ultimate Weapon aparece. Depois de uma curta batalha em que Ultimate Weapon acaba fugindo, o chão da clínica começa a cair, e embora os médicos consigam escapar, um grande buraco direto para o Lifestream se abre, fazendo Tifa e Cloud serem jogados para dentro dele.

Who… Am I?

Esse é meu momento favorito no jogo inteiro. A mente do Cloud. Dentro da Lifestream, Tifa acaba parando na cabeça do seu amigo e oferece ajudá-lo a juntar o quebra-cabeça das suas memórias, e os dois vão descobrir quem Cloud é de verdade. Uma memória de cada vez, eles começam sua busca.

Primeiro, indo até Nibelheim há cinco anos, os dois descobrem que realmente não era Cloud no incidente. Não deu pra descobrir muito apenas nessa memória, mas Tifa e Cloud estão sendo mais sinceros agora e compartilhando tudo que conseguem. Eles então retornam para a memória da promessa de quando eram crianças, em que Cloud prometeu se juntar à Soldier. Lá, é revelado que Cloud queria se juntar à Soldier pela Tifa.

Final Fantasy VII

Cloud e Tifa não eram próximos quando crianças, embora ambos acreditassem a vida toda que eram. Isso é bem normal na vida real também, eu mesma tenho muitas memórias assim, mas eles de fato quase nunca se falavam. O sonho de Cloud começou no dia que a mãe da Tifa morreu. Ela sempre foi uma menina muito extrovertida e animada, mas desse dia em diante ela se tornou muito mais silenciosa, tímida e… triste. Nesse dia, ela decide ir até o monte Nibel, um lugar muito perigoso, porque acredita que sua mãe deve ter ido para lá. Todos os meninos acompanhando Tifa se cagam e não querem continuar com ela, mas Cloud aparece. Ainda assim, os dois são atacados, e quando o pai da Tifa os salva, Cloud leva uma bronca absurda. “Eu era muito fraco”, foi o que ele pensou. “Sempre pensei que me culpava pelo que aconteceu”. Ele pensava que se fosse forte como Sephiroth, ele poderia proteger as pessoas que ama, e poderia ser perdoado. Cloud queria ser forte, para que ele e Tifa pudessem ser amigos, e para que todos o respeitassem. Os sentimentos dele são mais complexos que isso, mas isso é a base.

A última memória é sobre o dia que Nibelheim foi destruída. Zack perdeu pro Sephiroth na sua luta, a luta que Cloud não conseguia relembrar lá atrás em Kalm. É então que o Cloud de verdade aparece. “Minha mãe… Tifa… o vilarejo… me devolva!” e com espada em mãos, correu até Sephiroth e o acertou. “Eu te respeitava… te admirava…!”

A verdade é que Cloud nunca foi um Soldier, mas estava naquele dia. Ele era um dos guardinhas, apenas mais um. Ele tinha vergonha por isso e não queria se mostrar para as pessoas da vila e para Tifa. Mas em uma das melhores cenas do jogo, Sephiroth crava sua espada em Cloud e o levanta. Cloud está morto… até que a música tema do jogo começa. A música tema de Cloud Strife. O homem recobra sua consciência e segura a espada de Sephiroth com as duas mãos, e com a pura força da sua determinação atira Sephiroth no abismo e dentro da Lifestream, culminando em sua provável morte. Esse é…

Cloud Strife

Idade: 21 anos
Altura: 1,73
Sangue: AB
Gênero: agênero
Gostos: esportes radicais, perigo, parecer legal para as they/thems, longas caminhadas na praia, seus amigos próximos
Profissão: ex-guardinha, mas agora, membro da Avalanche
Arma: Buster Sword, a espada de Zack Fair


Cloud é um menino de Nibelheim, que na época não era muito amigo da Tifa mas queria muito poder conversar com ela. Naquele dia sob às estrelas, ele realmente pensou que ela não viria porque talvez o odiasse, mas ela veio. Ele prometeu que se juntaria a Soldier para ser forte como Sephiroth mas… isso não aconteceu. Cloud conheceu Sephiroth, conheceu Zack e se tornaram grandes amigos. Em Nibelheim, há cinco anos, ele se escondeu de Tifa por vergonha mas esteve lá o tempo todo. No dia que tudo aconteceu e Cloud perdeu tudo, ele foi sozinho até Sephiroth e embora tenha sido fatalmente ferido e levado à beira da morte, venceu o homem mais forte na terra pelo poder da sua ira após perder tudo que mais importa pra ele. Depois disso, foi usado em experimentos por Hojo com Jenova Cells para criar um Sephiroth falso. Declarado uma falha de imediato, Cloud foi resgatado por seu amigo Zack e acabou parando no Setor 7 onde viu sua velha amiga Tifa. Cloud não tem suas memórias por completo, e as células Jenova dentro dele fizeram com que ele criasse uma fantasia sobre sua história. Na verdade, sua “história” se dava por memórias que ele tinha com Tifa, e histórias que ouviu do seu amigo Zack. Por isso ele diz coisas que não são reais e realmente acredita nelas. Seu poder de um Soldier vem dos experimentos com células Jenova, que fazem dele algo muito similar a um SOLDIER real. Embora uma cópia de Sephiroth, Cloud ainda é o mesmo Cloud de Nibelheim. O Cloud verdadeiro, e agora ele finalmente sabe quem é. Cloud é uma ótima representação, embora fantasiosa, de transtornos emocionais e mentais, normalmente causados por trauma.
“A man joined with Jenova Cells, Sephiroth’s Will and his own weaknesses… that is the Cloud Strife you know.”

Launching a Dream into Space

Fora do Lifestream, Cloud continua inconsciente, mas Tifa acordou. Barret a cumprimenta dizendo que ela é “uma mulher do caralho”, nessas exatas palavras, e é verdade. Logo, todos retornam para a Highwind, agora com Cloud de volta ao seu lado.

O grupo faz uma pequena reunião onde Cloud explica sua situação. “Eu juntei a vida dele com a minha e criei minha fantasia…”, mas agora, Cloud é ele mesmo pela primeira vez em cinco anos. Determinado a parar Sephiroth e salvar o planeta, ele dá sua cartada final para motivar o grupo, citando uma fala do Barret. “There ain’t no gettin’ offa this train we’re on, ‘till we get to the end of the line.”

E com isso, Avalanche está de volta, e antes de seguir operações Cloud pode ter uma pequena conversinha amigável com Yuffie. Ela fica muito enjoada em viagens, algo que Cloud pode facilmente se identificar. Ele dá algumas dicas para diminuir o enjôo, uma delas é se manter sempre ocupado e é isso que ele faz. É muito legal ver que a tripulação da Highwind são amigos agora, e isso talvez se dê pelo fato do Cloud já saber quem é agora e poder finalmente ser ele mesmo na frente de todo mundo. Ele é um cara muito legal.

E com isso, de volta à missão pelas Huge Materia, agora com o líder do bando ao nosso lado. Próxima parada? Junon, no Reator Submarino. A invasão é relativamente fácil, envolve uma luta com alguns soldados. No fim, uma luta contra um robô chamado por Reno que não quer perder tempo com seu velho amigo Cloud agora. Após vencer o robô (o que não é tão fácil quanto parece) o grupo rouba um submarino da Shinra e persegue a Huge Materia que está dentro de um outro. Depois de uma curta e ridícula batalha, o submarino inimigo é derrubado e a Huge Materia já pode ser coletada. Mas mais uma missão aparece, e o pessoal precisa ir rapidamente ao aeroporto de Junon.

Chegando lá, eles acabam por perder o carregamento de mais uma das Materia orquestrado pela Shinra, mas eles sabem para onde vai. Rocket Town! Agora, Shinra quer levar o velho foguete para o espaço, e é aí que nossos heróis entram. O plano da Shinra é levar um foguete carregado com uma Huge Materia para o espaço a fim de bater no meteoro e destruí-lo. Cloud sabe que não vai dar certo, mas Cid concorda com a missão da Shinra.

Cid sempre confiou na ciência. A ciência é algo feito por humanos, a tecnologia é algo criado por eles. Cid confia no potencial dos seres humanos, e se ele puder salvar o mundo usando a ciência é tudo que ele quer. E com isso, o foguete vai para órbita e… Cid finalmente vê o espaço. Ok, fomos rápido demais.

Na verdade, tudo que Cid queria era realizar seu sonho. Ele queria ver o espaço, queria tocá-lo ao menos uma vez. Por isso, mesmo que tenha falado tantas palavras bonitas, ao tocar as estrelas ele já não se importa com o que vai acontecer. Se quiserem redirecionar o foguete para terra, não faz diferença por ele, mas para Shinra faz. Palmer liga o piloto automático e o trava, fazendo obrigatória a colisão com o meteoro. Por isso, Cloud e os outros (contando com Cid) decidem ir até uhh… eu não sei como é escape pod em português. Mas são aquelas pequenas naves pra fugir do espaço em direção a terra. Bem, antes disso Cloud descobre um código para retirar a Huge Materia de sua proteção no foguete (com a ajuda do Cid), e assim eles conseguem a última das materias.

Final Fantasy VII

Na descida até o local, eles chegam até um certo lugar onde ficam os tanques do foguete. Isso é algo que eu não entrei em detalhes sobre a história do Cid antes, mas o que deu errado na sua primeira ida ao espaço foi que sua assistente Shera estava consertando um dos tanques. Todos estavam convencidos que não haviam problemas e o lançamento do foguete era iminente. Mas no lançamento, a sala dos tanques em que Shera estava iria virar uma sauna absurda e isso com certeza mataria a mulher. Ela estava disposta a morrer pela missão, mas Cid não faria isso. Ele a culpou para sempre por destruir seu sonho de ir para o espaço, mas agora, descendo para a sala dos tanques… o tanque 8 explode. A tampa cai em cima de Cid, que fica preso, e ele percebe que se Shera não tivesse impedido a decolagem do foguete no passado, Cid poderia ter morrido naquele dia. Ela estava certa, esse tanque tinha um defeito. Seus amigos decidem ajudá-lo a sair debaixo da grande tampa de metal, mesmo que Cid tenha os mandado meter o pé. “Vocês são idiotas, sabiam disso!?”, mas a tampa é pesada demais. É quando Shera aparece e os ajuda a tirar a enorme tampa de metal, assim todos saem pela cápsula de fuga (é esse o nome?).

Cid não consegue acreditar que realmente foi para o espaço. Ele tá realmente muito emocionado. Enquanto os protagonistas fogem, o foguete bate no meteoro e… apenas o fragmenta. Uma parte dele acaba descascando, mas ele continua quase que intacto, e ainda em direção à terra. De volta na Highwind, o grupo sente um pouco de culpa por atrapalhar a Shinra no seu plano. Acho que todos do planeta queriam que o foguete tivesse dado certo. Mas os últimos acontecimentos acenderam uma chama de esperança e determinação no grupo. Após ir ao espaço, Cid percebeu como o nosso planeta é pequeno comparado ao resto do mundo. O planeta é como uma criança, confusa e que precisa ser protegida. Mesmo que sejamos tão pequenos no universo, alguém precisa proteger essa criança. Por que não eles? Com isso, eles levam a Huge Materia até o velho Bugenhagen e pedem seu auxílio. Ele também decide acompanhar a jornada direto da Highwind.

Redemption

Esse pode ser um capítulo mais curto, mas agora que temos o submarino o grupo se dirige para uma caverna especial. Rodeada de montanhas, existe um pequeno santuário escondido. Dentro, uma mulher reside. Lucrecia.

Quando Vincent vê sua amada Lucrecia pela primeira vez em mais de 20 anos, a mesma acaba ficando surpresa. Ainda assim, ela não quer ser vista, e não quer que Vincent chegue perto. Lucrecia quer, acima de tudo, morrer. Mas a maneira que Jenova age dentro dela não permite que ela se vá. Presa nesse cristal, Lucrecia fica completamente imóvel como se estivesse morta, e nada a faria retornar… exceto que agora ela passou a ter sonhos com seu filho. Sephiroth. Ela sente que algo está acontecendo, e isso é provavelmente as células Jenova dentro dela reagindo a ele. Esse é o único motivo para ela ter acordado e falado com Vincent. Ela quer saber o que houve com Sephiroth, porque ela ouviu que ele estava morto (não sei como essa informação chegou nela).

Embora Cloud tenha tentado responder, Vincent o parou. “Lucrecia, Sephiroth está morto.” E, com isso, ela nunca mais apareceu. Nem nesse jogo e até onde eu sei, não acordou em mais nada. Mesmo que ela esteja consciente, Lucrecia está morta. Ela quer estar morta, e nada vai trazê-la de volta. Ao sumir para sempre, ela deixa para trás a arma Death Penalty e a última transformação de Vincent: Chaos, fazendo-o mergulhar ainda mais nos seus pecados. Chaos é uma entidade que pode ser considerada um protótipo de Weapon, algo que faz Vincent muito especial. Vincent é um dos personagens mais memoráveis da franquia, e um dos mais legais também. Sua história é muito boa mas o design e conceito do personagem é ainda mais. Os longos cabelos pretos, a grande capa vermelha rasgada e desfigurada, uma mão de ferro e um revólver desproporcionalmente grande, além de ter inúmeras bestas demoníacas dentro de si que causam um peso em seu coração. Vincent pode ser a receita perfeita pra um personagem emo genérico mas ele é só muito fodão, e tem um jogo só dele que vamos falar sobre em outro dia.

Como estamos falando de sidequests assim, a Yuffie também tem uma dela. Ela luta contra todos os mestres de Wutai e vence, conseguindo sua habilidade mais poderosa e dando determinação e esperança para o povo de Wutai se reerguer, o que é bem legal. Mas não tinha tanta coisa pra falar sobre isso então tá aqui a mera menção.

Mako Cannon – The Destruction of Shinra

Finalmente chegamos na reta final. A começar, dentro da Highwind o grupo acaba percebendo que se eles têm uma chance de salvar o planeta, talvez por causa da Aerith e o que ela resolveu fazer antes de morrer. Isso acaba deixando todo mundo meio pensativo sobre sua amiga. Assim como dá a eles uma esperança agora, Aerith sempre falava do futuro. Sobre coisas que ainda ia fazer, que ela queria ver… ela sempre tinha certeza de um futuro melhor. Tifa diz que ela nunca foi até aquele lugar para morrer, talvez ela nunca tivesse pensado que poderia. Isso faz a morte dela ainda mais triste, porque se ela pudesse, ela escolheria seguir vivendo. Red diz que ela sempre fazia carinho no focinho dele, e mesmo que ele não goste de ser tratado como criança, com Aerith ele se sentia bem. E Cid disse que adoraria levar ela pra voar na Highwind algum dia mas que nunca pôde. Mesmo quem conheceu ela por pouco tempo sentiu o amor e carinho que ela passava em tudo que fazia. Por conta dessa esperança, Bugenhagen os guia para o lugar onde Aerith deu sua vida, a Forgotten Capital. Lá, existe uma espécie de altar que se liga com o planeta, e com uma descoberta arqueológica muito foda submersa no oceano você consegue ativar esse altar. Essa descoberta é uma chave aleatória que você acha dentro do mar, e é necessária pra seguir na história embora o jogo não diga onde ela tá. Enfim…

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Assim como existe a Black Materia com a magia destrutiva suprema, existe a outra metade do yin-yang. Aerith carregava uma materia que “não fazia nada” desde que você a conheceu. Essa é a White Materia. Quando o planeta pede ajuda, essa materia é ativada e ganha uma leve coloração esverdeada – a cor de Mako. Naquele dia, antes de morrer, Aerith usou seus últimos momentos para invocar a magia “Holy” para impedir a destruição do planeta. Mas Holy não foi ativada ainda, porque existe algo impedindo o seu despertar: Sephiroth, no núcleo do planeta. “Aerith nos deixou uma grande esperança, mas isso custou sua vida – seu futuro… me desculpe, Aerith… queria ter percebido isso mais cedo.”

Logo após essa descoberta, Diamond Weapon surge de dentro do oceano e parte em direção a Midgar. Por quê? Porque o planeta está sofrendo de uma maneira absurda, com uma criação da Shinra. O Sister Ray. Isso é algo muito legal sobre esse jogo, como Shinra não é completamente preta e branca. É claro que eles destroem o planeta, mas também vivem nele. Se ele pode acabar amanhã, eles também vão fazer de tudo para salvá-lo. Shinra criou um canhão gigante de Mako, que vai usar de toda sua força para destruir a barreira criada em volta da Cratera do Norte, onde Sephiroth reside. O canhão vai usar toda a energia Mako de Midgar, de todos os reatores de uma vez, para dar um único tiro e destruir a barreira. Mas Diamond Weapon quer impedir isso e vai atacar Midgar com toda sua força. Esse é um inimigo que nenhum exército poderia derrotar.

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Quando Cait avisa para todos que Midgar vai ser atacada, Barret automaticamente pergunta sobre a Marlene. “Marlene está segura”, e Barret se acalma. Isso irrita Cait Sith profundamente. Desde o início da jornada ele quer falar algo mas nunca achou um bom momento. Quando Barret explodiu os reatores em Midgar, quantas pessoas morreram? Enquanto Marlene estiver a salvo, mais nada importa né? Barret diz que isso foi pelo planeta e que alguns sacrifícios vão ser necessários. “Alguns? O que é pouco pra você é tudo para essas pessoas” mas Barret entende isso. Ele entende que suas ações mataram pessoas inocentes, que ele foi egoísta e imprudente nos seus métodos, mas ele também queria proteger o que pra ele significava tudo. Tifa diz que o que foi feito em Midgar foi imperdoável, mas Reeve também está do lado da Shinra que aniquilou os moradores do Setor 7. Ele está lá para proteger o máximo de pessoas que pode agindo por dentro da Shinra. Tem sangue na mão de todos eles, mas o planeta e as pessoas que ainda vivem nele não merecem morrer porque os protagonistas sentem culpa pelos seus atos. Mesmo que seja imperdoável, eles ainda precisam seguir em frente. É por isso que Cloud decide lutar contra Diamond Weapon.

Embora sejam inimigos, nossos protagonistas decidem se aliar à Shinra. Não importa mais os métodos da corporação e eles não têm escolha. Shinra tem a única maneira de salvar o planeta e levá-los a Sephiroth, então todos se juntam pelo futuro de Gaia. Avalanche espera Diamond Weapon na costa mais próxima de Midgar, para lutar com ela no chão enquanto aguarda o canhão Sister Ray ficar pronto. Não é uma luta tão difícil, mas não é terminada. Diamond Weapon ignora completamente seus oponentes e vai direto para Midgar. É aí que o canhão fica pronto, e em um tiro certeiro mirando ao norte, o raio atravessa Diamond Weapon e liquida a barreira de energia do Sephiroth com um único tiro. A cratera agora pode ser acessada. Mas antes de morrer, Diamond Weapon disparou muitos raios de energia poderosos contra Midgar, que acabam por destruir muitas partes da cidade… e o presidente Rufus, que estava no último andar do prédio da Shinra.

Agora, o caminho para Sephiroth está aberto, e o destino do mundo nas mãos desse pequeno grupo de pessoas… ou quase. Hojo voltou para Midgar e tomou controle do Sister Ray. Ele pretende atirar de novo na cratera para dar toda energia Mako que pode para sua criação, seu “filho”. Mas o canhão não foi feito para dar um segundo tiro, e isso vai matar toda a população de Midgar se feito. Mesmo Reeve estando na Shinra, não pode fazer nada para parar a distribuição de Mako, porque o sistema dos reatores foi feito para funcionar infinitamente. Se você parar o fluxo de energia, diversas explosões vão acontecer por conta da própria Mako. Os reatores não podem ser parados, então Hojo pode livremente continuar a preparar seu próximo tiro.

Agora o grupo poderia salvar todo o planeta indo até Sephiroth e o destruindo o mais cedo possível antes que o meteoro colida com a terra, mas… eles não estão salvando o planeta pelo planeta. Embora seja um ser vivo, para humanos, o que importa são os humanos. Não importa o pilar moral que possa ser levantado, os personagens estão fazendo o que fazem por seres humanos e não pelo planeta. Por isso, eles não vão abandonar Midgar e suas pessoas inocentes. A Highwind retorna para ir atrás do doutor e impedir o Sister Ray.

O grupo invade Midgar pelo subterrâneo para fugir de Scarlet e Heidegger, que acham que mandam em tudo pelo Rufus ter “morrido”. É no subterrâneo que temos um último encontro com os Turks: Reno, Rude e Elena. Depois de uma luta que não termina na morte de ninguém, eles se despedem. Afinal, a Shinra acabou, e ninguém pode fingir que não. Por isso, a rivalidade da Avalanche e os Turks acaba por aqui. Antes de seguir a história tem uma certa putaria nesse jogo que se você pegar uns caminhos nada a ver agora você vai pegar coletáveis muito importantes, como a arma mais forte do Cait Sith. É umas coisas que você nunca faria normalmente, mas é sua única chance. Fazendo isso ou não, Cloud e os outros eventualmente chegam na base da torre em que Hojo está preparando o canhão, para serem parados por Scarlet e Heidegger em seu novo megazord. Essa lutinha medíocre é até meio longa pelo robô ter bastante resistência, mas ele é muito fraco. Ao vencer, a explosão provavelmente matou os dois patetas, dando adeus a vilões razoavelmente irritantes que não fazem jus ao poder da Shinra, embora o Sister Ray seja ideia da Scarlet.

Final Fantasy VII

No topo da torre está Hojo, esperando para ativar seu canhão e ajudar seu filho. Depois de ver Cloud, sua falha, chegar tão longe, Hojo começou a se odiar como pessoa e cientista. Não significa que ele se arrepende de tudo que fez, ele é podre até a alma. Mas agora, como não resta nada pra ele, ele vai usar tudo que tem para ajudar seu filho a conquistar o que quer mesmo que tenha que matar todas as pessoas do planeta no processo. Injetando células Jenova no próprio corpo, temos uma luta muito satisfatória contra Hojo. Três fases de boss, mas você consegue finalmente matar esse filho da puta pra sempre, assim impedindo o desparo suicida do canhão.

Judgement Day

Agora, a maior batalha da história vai ser travada mas, antes disso, Cloud tem um questionamento muito importante. Talvez essa jornada acabe em nada, talvez o mundo seja destruído de qualquer modo. Cloud pergunta por que cada um deles luta. Ele, por exemplo, luta para deixar seu passado para trás e voltar a viver normalmente. Cloud tem muitos motivos para querer vencer Sephiroth, mas ele também não tem motivos para não fazer isso. Mas ninguém está ali para salvar o planeta, essa é uma consequência da motivação real. Lutamos por nós mesmos, por alguém ou algo que amamos e queremos proteger. Barret diz que embora no passado talvez tivesse começado para se vingar da Shinra, tudo que ele quer é proteger sua filha e é por ela que ele luta. Todos têm seus motivos singulares, mesmo Vincent que não tem ninguém no mundo esperando que ele retorne. Cloud diz para que todos voltem para aquilo que importa para eles e obtenham a resposta do porquê lutam, e só aí, podem decidir se vão seguir em frente na jornada. Mas de um jeito ou de outro, Cloud vai ir até Sephiroth… e Tifa também.

Quando todos vão embora, só Tifa e Cloud ficam na Highwind. Nenhum dos dois tem uma casa para voltar, uma família ou amigos para visitar. Eles estão sozinhos… mas têm a si mesmos. Os dois passam esses momentos juntos, conversando e pensando. Eles finalmente são amigos próximos de verdade, e talvez têm o elo mais forte entre todos. Essas cenas são muito bonitas mas até curtas. É bom, depois de tudo isso, ver os dois felizes juntos por um tempo. Mas não dura tanto, porque aleatoriamente a Highwind começa a se mover. Quando vão até ela, acabam encontrando seus amigos, mas não todos. Vincent está aqui, e Cloud comenta que achava que ele não retornaria por estar sempre tão indiferente. Ele pede desculpas se é o que parece, porque ele não consegue mais expressar emoções por tudo que passou, mas Vincent também se importa com o planeta e vai até o final nessa jornada. O membro do time que falta é Yuffie, e Barret diz que “pelo menos ela não roubou nossa Materia!”, então ela aparece vindo do telhado. “Vocês são horríveis!”, e Cloud a dá boas vindas porque realmente está feliz por vê-la retornando. Embora tenha ficado tocada, ela obviamente tá enjoada então sai da sala para respirar. Com todo mundo de volta, é difícil não pensar na Aerith que não está aqui. “Aerith, você sorriu até o final.”

Esse… esse jogo é tão bonito. Eu acabei chorando escrevendo esse último parágrafo, e também porque eu fui escutar o tema da Tifa e lendo os comentários eu vi tantas histórias lindas… é tão impressionante como esse jogo toca os corações de tanta gente, e toca muito o meu.

Agora, o grupo vai para Northern Crater para lutar com Sephiroth. Essa parte final é bem longuinha em gameplay, com muitas lutas e diferentes chefes, mas não ocorre muita história no processo. Ao menos, é notável como o grupo todo é presente nessa parte, mesmo que você só jogue com três deles. Todos exploram a cratera ao mesmo tempo por caminhos diferentes, até se encontrarem no final. A luta final, na verdade, pode até ter todos os membros! Mas isso vai depender da sua sorte e sempre é bom lutar só com seu time principal nessa parte do jogo.

Depois de uma longa descida por labirintos e cavernas, todos chegam no centro do planeta. Três seguem em frente, enquanto os outros ficam para lutar com monstros poderosos que vieram atacar. No núcleo, você encontra a última forma de Jenova, rodeada pelo fluxo contínuo do Lifestream. É seu último inimigo antes do Sephiroth. É triste falar sobre lutas aqui porque como é um JRPG não acontece plot dentro delas. Aí eu só posso dizer que elas começam e na frase seguinte falar como terminam. E essa termina na entrada da luta contra Bizarro Sephiroth.

Antes dessa luta começar, todos (todos) são trazidos até Sephiroth. Atrás dele está Holy, aprisionado. E embora o poder do Sephiroth não deixe que os personagens se movam, a memória de Aerith dá força para que eles consigam se libertar, de um jeito bem anime.

Final Fantasy VII

“Aerith’s feelings… our feelings… we came here to make you understand them, planet!”

Final Fantasy VII

Bizarro Sephiroth (na verdade quer dizer “Rebirth Sephiroth”) é o final boss do jogo. Um Sephiroth separado em diversas partes que funcionam separadamente. O grupo todo se junta para destruir cada uma das partes enquanto elas continuam se curando. Esse chefe tem um núcleo, e para vencê-lo você precisa destruir essa parte. O que dificulta é que ele tá sempre protegido por outras partes do corpo. Quando você o vence, o jogo é finalmente zerado e…

The One Winged Angel

O nascimento de um deus

Eu disse isso muitas e muitas vezes nesse texto mas esse é de longe um dos momentos mais históricos dos videogames. Essa última luta icônica é marcada por uma das composições mais absurdamente prestigiadas de todas, reconhecida como uma das melhores músicas de qualquer trilha sonora de videogames. Uma música de quase oito minutos separadas em diversas diferentes seções em uma orquestra de tirar o fôlego, mostrando o poder destruidor e absoluto de Sephiroth, o Anjo de Uma Asa Só. As falas em latim causam pânico e uma imponência ensurdecedora, por um dos personagens mais respeitados da história. Uma sinfonia tão poderosa que músicos no mundo todo precisam reconhecer mesmo sendo de um jogo. O legado de Final Fantasy VII é extenso, mas The One Winged Angel tem um gigantesco por si só. Eu já vi essa porra ser ensinada em aula profissional de música; é muito difícil nunca ter escutado ela. Não vou me fazer de sonsa e dizer que é melhor que composições clássicas em orquestra porque o Benjamin me faz escutar elas e são umas coisas bem absurdas mesmo. Ainda assim digo que facilmente se equipara, e muita gente concorda. Não é só a música de um jogo ou a perfeita música tema de um personagem memorável conhecido no mundo todo – One Winged Angel é uma das composições mais especiais que esse tipo de mídia já viu. Jogos são pura arte.

Final Fantasy VII
Veni, veni, venias… ne me mori facias…

Além da música, o design do Sephiroth, o cenário e seus ataques mostram um poder que embora não criem uma luta difícil, com certeza fazem dela a mais memorável de todas. O design desse Sephiroth é facilmente uma representação bíblica fiel de um anjo, com o nome baseado na cultura Judaica. O simbolismo por trás desse boss é bem profundo mas eu sou burra demais pra entender então acho que seria melhor linkar um lugar que fale melhor, como a própria wiki. Mas algo que eu sei é que o design dele é baseado nos serafins. Ele tem seis asas abaixo da cintura, e uma sétima asa negra no seu braço direito, a asa principal que dá o nome de “One Winged Angel”. Sua aparência majestosa é só o começo da representação do seu poder, porque no ataque mais importante e icônico que Sephiroth já lançou na franquia, uma gigante Supernova destrói todos os planetas da nossa galáxia antes de chegar na terra para atacar Cloud. Claro, é puramente visual, mas a cutscene de mais de um minuto mostra todos os planetas sendo pulverizados pelo poder de um deus de maneira espetacular, o que Sephiroth é agora. Ainda assim, ele pode ser derrotado.

Após sua derrota, Cloud é levado sozinho até um lugar onde ele vai poder lutar com o Sephiroth de verdade. Apenas um homem, com sua gigante espada Masamune. Nessa parte, você só tem uma ação: Omnislash. No ápice do estilo, Cloud acaba com Sephiroth sozinho.

Final Fantasy VII

The Planet’s Crisis

A última cutscene é muito longa mas animada inteiramente em CG, e é uma das mais legais que eu já vi. Após vencer Sephiroth, o Lifestream leva Cloud de volta para seus amigos, mas agora, eles estão presos no centro do planeta prestes a serem mortos pela ativação de Holy. É aí que Cid pede para a sorte não falhar com ele, e sua Highwind cai lá de cima para que eles possam voltar. Holy é invocado, e a Highwind é jogada pra cima igual o Going Merry no Knock-Up Stream se destruindo todo, mas aqui ela cai antes e pode voltar a voar… mais ou menos, porque Cid precisou usar uma alavanca de emergência para dar um impulso no navio a fim de se afastar de Holy.

Final Fantasy VII

Em Kalm, Marlene abre a janela sentindo a presença de Aerith, mas tudo que vê é o meteoro se aproximando de Midgar. Diversos furacões aparecem para destruir a cidade enquanto o Meteoro quase toca a ponta do prédio da Shinra. Tudo é levado aos ares mas acredito que todo mundo já evacuou daí. É quando uma luz é vista no horizonte. Holy aparece como uma barreira na frente do Meteoro a fim de pará-lo… mas é tarde demais. Ele chegou muito perto da superfície, não dá mais para ser parado. Holy só piora as coisas. Todos perdem as esperanças e o planeta está prestes a ser destruído… até que Tifa nota uma luz esverdeada saindo do solo. De todos os lugares do planeta, raios de luz verde brotam da terra e se juntam para formar uma barreira que vai destruir o meteoro. É a Lifestream. Mas não só a Lifestream… Aerith, na Lifestream. Uma teia de energia verde cobre o planeta inteiro, e todos conseguem sentir a presença de Aerith. O mundo foi salvo. O planeta vai seguir vivendo.

Parte III
À frente em nosso caminho

Terminando essa segunda parte eu queria ser um pouco mais emotiva, mas eu também preciso escrever essa terceira. Caso você não tenha lido a segunda e veio direto até essa, bem vindo de novo. Senão, desculpem cortar o clima, cortou pra mim também.

Esse jogo tem muito conteúdo secundário, muito mesmo. É um jogo bastante completo e com muito esforço, trazendo uma aventura que pode ter até mais 20 horas do que o normal caso você queira fazer as diferentes missões aleatórias pelo mundo. Muitas delas dão ainda mais vida ao universo, enquanto outras dão vida à gameplay. A primeira dessas missões é Yuffie e Vincent, que nessa análise não tomei como secundárias. Pra conseguir Yuffie você precisa lutar com ela em qualquer floresta depois das cavernas de mitril, bem no início do jogo. Pra conseguir Vincent, precisa resolver o puzzle dele na mansão Shinra.

Segundamente tem duas sidequests em Wutai. Na verdade são três, mas a primeira é automática quando você entra no país, que é a da Yuffie roubando sua matéria. A sidequest real é a torre com os quatro mestres, em que Yuffie precisa lutar para mostrar seu valor e provar que é uma guerreira orgulhosa de Wutai. Ela vence sem muitas dificuldades, diga-se de passagem. Então tem a Turtle Paradise, que são uns seis panfletos espalhados pelo mundo. Se você ler todos eles vai receber muitos itens bons de late-game nesse barzinho em Wutai.

Final Fantasy VII

Outra sidequest bem famosa é a de Fort Condor, que é uma das mais bem trabalhadas. Se trata de uma série de lutas com gameplay de jogo de estratégia para defender o forte da Shinra. Essas lutas ocorrem em momentos predeterminados do jogo e… são uma bagunça. Por programação ruim mesmo, tem lutas impossíveis de serem acessadas, porque estão em momentos que os personagens não podem ir até o forte para lutar. Isso significa que suas recompensas e a gameplay estão barradas para o jogador. Ainda assim, a parte legal da sidequest é como ela é divertida e não as recompensas que dá, que também são boas. O único problema é que você gasta dinheiro para alugar tropas e defender o lugar. Quanto melhor você jogar, menos dinheiro é gasto, e é bem divertido usar as diferentes units do jogo porque cada um serve para algo específico. Pra quem gosta desse tipo de gameplay é um prato bem cheio, só tem que tomar um esforço a mais pra retornar para o forte muitas vezes aleatoriamente.

Nessa aventura você também pode adquirir as armas supremas e Final Limits de cada personagem, que pode ser algo difícil ou não dependendo do membro do time. Por exemplo, para conseguir a arma suprema do Cloud você precisa vencer Ultimate Weapon, enquanto conseguir o Final Limit pede que você jogue nos torneios do Gold Saucer até poder comprar o Omnislash. Tifa consegue seu final limit revisitando sua casa no fim do jogo e tocando o piano, mas para conseguir sua arma suprema você precisa encontrar a chave para o setor 5 em uma área específica do jogo e ir com Tifa e Cid até um lugar do Wall Market. Lá, Cid vai retirar a arma Premium Heart de uma máquina. Vincent consegue ambos Limit e arma ao visitar Lucrecia, Barret pega sua arma antes de lutar com Hojo e seu Limit em Corel após conseguir a Huge Materia, e por aí vai. As armas supremas infelizmente não possuem Materia Growth, então não dá pra evoluir suas habilidades equipando-as. Ainda assim, são as armas mais fortes e com mais slots pra equipar. Mas pra conseguir os Final Limits e ensinar os personagens, você precisa conseguir todos os outros três níveis de Limit Break o que é… muito entediante e cansativo. É chato mesmo, de verdade.

Final Fantasy VII

Antes de terminar o jogo ou fazer as lutas secundárias mais difíceis você também pode evoluir suas Materia. Tem muitas que ficam absolutamente quebradas quando evoluem, e coisas como o comando Coin vão ser essenciais em certas lutas. A minha materia favorita de evoluir é a 2x Cut, porque ela pode virar um combo de quatro hits muito foda com animações próprias pra cada personagem… ao menos a maioria deles!

Ok eu to escutando o tema da Aerith agora e to meio emocionada, mas vou continuar séria pra essa seção. Existe um local submerso chamado Sunken Gelnika, que é um avião da Shinra. Uma curiosidade sobre ele é que esse avião é mencionado pelo Rufus antes de partir para Costa del Sol lá no início do jogo. Ele pergunta se não tem como eles irem pelo “Gelnika” e Heidegger dá só uma risada, provavelmente porque algum imbecil derrubou essa merda no mar. Lá estão uns dos inimigos mais difíceis do jogo, e é o lugar perfeito para conseguir evoluir seus personagens. Dá pra lutar com os Turks lá também! Mas só se você for antes de terminar o CD2 e dar adeus à eles.

Existem alguns bosses secundários no jogo pra matar, mas talvez um dos mais importantes é a Ultimate Weapon. Ela fica voando pelo mapa e você precisa perseguí-la para vencer em lutas razoavelmente rápidas por ela dar no pé toda hora. Essa é a mesma weapon que fodeu Mideel, e ela pode te dar a arma mais forte do Cloud, além de uma enemy skill nova. Assim que você a derrota, ela cai em cima de uma montanha perto de Cosmo Canyon e faz uma pequena cratera que agora deixa você subir no pico e entrar em uma floresta secreta. Essa floresta tem muitos puzzles bem engraçadinhos e alguns dos itens mais fodas da aventura, mas os inimigos dela são insuportáveis. Eles são muito fracos mas enchem muito o saco porque você tá sempre fazendo puzzle e querendo terminar eles, pra vir um pedaço de graveto que desvia de todos os seus ataques pra nem sequer causar mais de 10 de dano.

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Outra coisa que você pode fazer é se divertir no Gold Saucer, porque lá tem muita coisa mesmo pra fazer. Alguns jogos são mais elaborados e outros são menores, mas todos eles te dão GP pra usar em outras coisas no salgueiro. Você precisa apostar 10 GP para entrar na Battle Square, que é onde você precisa ir para conseguir Omnislash e Double-Summon Materia.

Submarino – Lembra quando você atirou um míssil no submarino da Shinra e nunca mais viu aquele cenário foda debaixo d’água? Pois aqui ele está. Quase todo gameplay daora de FFVII que só aparece uma vez vem parar no Gold Saucer e esse é meu minigame favorito. Você joga em um submarino como se realmente estivesse usando um real, com funcionamento baseado em detecção de calor e um radar ao invés de propriamente ver o oceano. Todo o cenário é formado por apenas polígonos porque você não consegue enxergar, mas sim sentir por sensores do submarino. A missão é destruir todos os inimigos, mas você também precisa procurá-los e desviar de minas terrestres que podem ser detectadas pelo calor que emanam. As recompensas são boazinhas e também dá bastante GP jogar esse minigame.

Snowboarding – É snowboarding, com os controles difíceis de sempre, mas agora você de fato ganha alguma coisa por jogar bem. Eu não sou boa nesse, mas é bem popular e até virou um jogo de celular próprio.

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G-Bike – Aquela seção de fugir da Shinra na moto também é um joguinho, e esse é bem divertido também. Te dá bem menos GP que o submarino por muito mais esforço, mas vale a pena dar uma experimentada.

Super Dunk – Basquete, um joguinho simples de segurar o botão e soltar para Cloud arremessar uma bola. Dá pouco GP mas é bem fácil.

Arm Wrestling – Se você tem força nos dedos pode apertar os botões rápido várias vezes e ganhar desses fodões da quebra de braço por uma miséria de GP.

Wonder Catcher – Odeio esse, mas se você for rico pode ficar horas e horas nele… eu era rica. Você gasta uma quantidade absolutamente microscópica de dinheiro pro Cloud conseguir alguma coisa aleatoriamente de dentro da máquina. Pode ser uma poção, pode ser 1 GP, 3 GP, um Ether ou se você tiver a vida toda pra jogar fora, pode conseguir… 80 GP. Não vale a pena a insistência, mas se você precisar de bem pouquinho ponto, aqui é o lugar ideal pra começar.

Mog House – Um puzzle que eu nunca joguei muito, mas é meio que um adventure game ajudando um Moogle a fazer sexo. É esse o plot mesmo.

3D Battler – Pedra papel e tesoura arcade, em que você precisa vencer muitos inimigos consecutivos.

Battle Square – O mais legal, porque são lutas usando seus personagens. Você vai participar de uns dez combates, e a cada um vai receber mais um handicap como retirar suas Materia, o comando de Itens ou cortar seu HP pela metade. É aqui que você consegue as coisas boas, e quanto mais merda você acabar ficando mais ponto você ganha. Dá pra ganhar 10.000 facilmente se você conseguir um “Quebrar todas as Materias” no último round.

Chocobo Square – Deus que me perdoe. Bem, é até que bonitinho ver os Chocobos correndo, mas aqui ou você aposta ou você joga e… os dois são ruins. Você pode até ganhar uns prêmios bons e bastante GP, mas não vale a pena o esforço. O maior motivo pra vir aqui é uma sidequest que logo vou falar sobre.

Speed Square – Uma montanha russa shooter. É divertidinha e tem visuais inacreditáveis pro PS1. Na verdade, isso é real pra todos os minigames maiores do Gold Saucer, porque eles foram programados por outras pessoas. Deram tudo de si nessas partes pra serem realmente de tirar o fôlego, e aqui não é diferente. Jogando bem você pode conseguir um guarda chuva, a arma mais forte… da Aerith.

Final Fantasy VII

É isso sobre o Gold Saucer. A próxima coisa a fazer seria conseguir todas as Enemy Skills do jogo, o que é até que bem fácil. Você vai precisar do comando Manipulate pra isso, já que muitos inimigos não usam as habilidades que você precisa aprender e você tem que forçá-los a usar no seu jogador. Até porque não teria motivo pra uma spell curativa ser usada em você pelo seu oponente.

A penúltima e mais chata sidequest é Chocobo Breeding. Essa envolve que você viaje o mundo todo muitas vezes em busca de diferentes chocobos com níveis de qualidade avançados, que você corra muitas e muitas corridas no Gold Saucer (e vença), e que você use bastante dinheiro para estábulos e comida pra Choboco – tanto pra pegar um quanto pra procriação. Isso vai te dar quatro Chocobos especiais no final: o azul, verde, preto e dourado. Cada um permite que você chegue em lugares novos no mapa, lugares que nenhum dos seus veículos chegaria. O chocobo azul permite que você ande em águas rasas como o Tiny Bronco, mas como ele também pode andar no chão você pode chegar em lugares que o Bronco não poderia. O verde pode subir montanhas, o preto faz os dois e o dourado pode ir a todos os lugares do mapa mesmo que precise cruzar o oceano. Isso vai te levar a quatro diferentes Materia caves, que tem as Materia mais fortes do jogo. O melhor summon do jogo, chamado Knights of the Round, só é conseguido quando você pega um Gold Chocobo, o último da sidequest. Essa missão pode facilmente tirar de cinco a dez horas da sua vida e se você for o bonzão talvez leve um pouco menos. Não recomendo mas já fiz antes em 2017, só fiquei com preguiça nessa última porque deus que me perdoe.

Final Fantasy VII

E, por último, Ruby e Emerald Weapon. Esses são os dois chefes mais difíceis do jogo e isso diz muito pouco. São as últimas Weapons que faltam das que acordaram nesse jogo e são completamente secundárias. As lutas são difíceis o suficiente pra você ser obrigado a cheatar pra vencer porque ninguém teria paciência de lutar com elas frente-a-frente. Uma é dentro d’água com uma mecânica de tempo limite ainda. Elas dão bastante medo por só estarem no mapa do jogo à espreita (na verdade a Emerald Weapon é assim, porque a Ruby só aparece no deserto do Gold Saucer). Eu nunca venci elas por falta de saco e porque tem que ficar grindando pra fazer isso, mas tem óbvias conquistas nos ports recentes por conseguir.

Final Fantasy VII

Staff Roll

Bem… isso foi Final Fantasy VII. Eu sei, uma frase anticlimática, mas eu não sei bem como me expressar nesse final. Em diversas coisas esse é o jogo mais especial que já experienciei e me traz um conforto sem igual. Espero que tenha conseguido mostrar como esse mundo detalhado e bonito impactou minha vida, mas ainda não acabou a mamação de FFVII. Esse pequeno joguinho não só me trouxe momentos especiais e memórias bonitas, mas me deu alguns dos meus melhores amigos. Final Fantasy VII me deu e ainda me dá esperança. Me faz crer no futuro e no mundo, e que podemos fazer uma diferença gritante com nossa pequena existência. Eu me sinto especial quando lembro desse jogo, especialmente porque de tantos e tantos milhares de anos que eu poderia nascer… eu nasci em uma época que Final Fantasy VII existe.

Nos últimos anos aprendi a realmente valorizar a vida que eu tenho. Transfobia e depressão podem ser fortes mas eu sou mais. E, honestamente, tendo uma família e amigos que me amam, poder comer bem todo dia e me dar o luxo de ser desempregada enquanto procuro um emprego e ainda assim não me faltar nada… eu não sei, sinto que isso é uma vida boa. Durante todas as fases horríveis que passei, eu não posso dizer que não vivo bem. A vida é muito preciosa, e eu quero que minha estadia nesse planeta seja a melhor possível. Eu cresci muito e continuo crescendo. Legalmente, eu sou uma adulta agora e espero começar a mostrar isso.

Sendo honesta, eu cheguei tão longe por luzes em forma de pessoas e experiências na minha vida. Eu quero ser uma dessas luzes no mundo e pra quem eu amo. Isso… é algo mais recente, essa resolução tem muito a ver com Final Fantasy VII porque foi enquanto eu rejogava. Também tem um pouco a ver com assistir Cidade de Deus. Eu estive emocionalmente no lixo essa semana, e quase comecei alguns hábitos ruins que poderiam me destruir pra sempre, mas graças aos meus amigos isso não aconteceu. Segunda, por exemplo, eu pude sair com o Benjamin antes de anoitecer e falar sobre como me sinto em uma lanchonete enquanto me enchia de Coca-Cola e Steamed Hams (hambúrguer). Nós não vivemos apenas pelos bons momentos, mas naquele momento no fundo do poço que eu tava eu vi mais uma luz. FFVII em 2017 fez muito em me dar essa possibilidade, é o que eu quis dizer com “me dar esperança”. Muda minha perspectiva de uma vida ruim com momentos bons, pra uma vida boa com momentos péssimos pelo caminho. No meio daquela quase-noite, gastando o pouco dinheiro que eu tinha em coisas nada saudáveis pro meu corpo, ao lado do meu melhor amigo, eu senti uma felicidade bem diferente.

Esse texto é uma comemoração da vida não só porque é meu aniversário de 18, mas porque o jogo que valoriza mensagens ecológicas e causas humanitárias acaba por influenciar uma visão mais otimista do mundo. Assim como em FFVII o meteoro ser impedido não acabou com o sofrimento no mundo (Advent Children), a vida vai continuar batendo mas você consegue suportar. Se precisar de ajuda de alguém que também precisou de ajuda muitas vezes, meu discord é Rosie✿☆♡#8058. Posso não ter bons conselhos mas podemos conversar sobre algo que você goste ou posso te recomendar coisas que me ajudaram em diversos momentos.

Desde 2017 eu mudei muito. Eu descobri que sou uma mulher e me tornei quem eu realmente nasci pra ser. Aprendi tanto sobre a vida e sou grata por cada segundo respirando, e por cada pessoa que me acompanhou nessa vida. Hoje talvez não seja mais meu aniversário pra você que tá lendo porque convenhamos que o texto é grande demais pra ler tudo de uma vez… então por isso mesmo quero mostrar os sentimentos de outros bons amigos que tenho sobre esse jogo.

Avatics

Minha jornada com Final Fantasy VII é um tanto recente e apesar de eu sempre conhecer o clássico AMV de Final Fantasy VII Advent Children com as músicas de Charlie Brown Jr e o Rappa, só no fim de 2020 eu jogaria Final Fantasy VII, porém o REMAKE. E eu realmente gostei muito dele e de seu mundo de forma geral, entretanto 2021 foi o ano que eu queimaria o primeiro disco de Final Fantasy VII para Playstation 1 e enfim começaria de vez minha jornada para além das fronteiras da cidade de Midgar e bem… eu me apaixonei completamente por ele.
O mundo, a trama, os personagens, cenários, trilha sonora e tudo que circula ao redor dele simplesmente me cativou de uma maneira que nenhum RPG tradicional havia me cativado até aquele momento, nem sequer seu antecessor (Final Fantasy VI). São vários os motivos pra eu amar tanto Final Fantasy VII, mas além do óbvio, uma coisa que sempre me vem à mente é a maneira que o mesmo constrói um senso de humor em cenas que deveriam ser sérias e importantes, entretanto como também se constroem tensão e ansiedade nos momentos que esse sentimento é necessário, superando as evidentes limitações gráficas e estruturais do jogo, e é essa uma das coisas que me cativa tanto em Final Fantasy VII, se naquela que é uma das cenas mais conhecidas e populares do video games, mesmo sabendo do destino de determinado personagem, eu me derreti de chorar. Outra cena que me foi tão memorável quanto foi o modelo chibi duro de Cloud Strife em uma cadeira de rodas caindo na Lifestream, algo que me proporcionou umas das risadas mais sinceras que um vídeo game poderia me conceder.
E é nessa dualidade humorística não tão intencional que Final Fantasy VII conseguiu me apaixonar e ser meu Final Fantasy Clássico favorito, mesmo com seus altos e baixos, mesmo com sua suposta inferioridade em comparação a outros JRPG’s queridos, esse jogo e seus personagens conquistou um espaço tão grande no meu coração que eu acho difícil eu me esquecer do quão memorável foi essa experiência

Final Fantasy VII Yuffie

Lily

Meu tempo com Final Fantasy VII formou um emaranhado de emoções das quais ainda não consegui me desvencilhar. Elas foram por vezes positivas e por vezes negativas, mas a soma de suas melhores partes prevaleceu. Os momentos mais quietos e contemplativos foram os que mais me pegaram, como a parte onde sua party segue para a Forgotten Capital logo antes da morte de Aerith. Naquele ponto, ela já esteve desaparecida por um bom tempo, e vê-la indo embora de vez com o mínimo de diálogo foi tocante. O tema de Snow Fields, as cidades e pequenas casas escondidas nos cantos de Gaia, e o ritmo inesquecível da narrativa no CD 3. Alguns jogos de Final Fantasy podem não ser meus favoritos, mas Final Fantasy VII me mostrou que eles não precisam ser para se engravarem como inesquecíveis.

Kei

Mesmo tendo passado um bom tempo enrolando pra jogar eu digo sem sombra de dúvidas que é um jogo ótimo e importante pra mim. A história é extremamente cativante e bem desenvolvida, cada detalhe te pega de surpresa e te dá aquela motivação para continuar jogando e saber o que mais tem pra se esperar. Enquanto jogava eu sempre sentia um sentimento aconchegante e confortável e à medida que eu ia conhecendo mais sobre os personagens isso só aumentava. Eu gosto demais do jeito que tudo é retratado no jogo e das lições que ele te dá. Pessoalmente a minha parte preferida é o final do CD 1, especialmente a morte da Aerith seguida do Cloud perdendo a cabeça e tendo que ficar um tempo de repouso e aos poucos descobrindo quem ele verdadeiramente é.
FF7 é um jogo muito especial pra mim também, eu gosto de todos os personagens sem exceção (dos que entram na sua party pelo menos) e gosto muito de como cada um tem uma história única que te toca de alguma forma. Não sei porquê mas sempre que eu penso no jogo eu sinto essa nostalgia que não dá pra explicar, mas é sempre bom quando acontece.
Desculpa se ficou meio vago, eu não sei direito como explicar mas no geral o jogo e os personagens têm um impacto muito grande em mim, e isso não fica preso só ao FF7 original, também vale pro Crisis Core e pro Remake (inclusive mesmo sem jogar o Remake me toca igualmente, o fato da gente poder ver as expressões dos personagens e o jeito que eles reagem a tudo de uma forma mais viva deixa a experiência ainda mais legal e emocionante).

Aluxa

Final Fantasy VII não foi o primeiro JRPG que joguei e também não foi ele quem me fez gostar do gênero, mas graças a ele isso com certeza se intensificou. Mesmo sem entender bulhufas de inglês, eu havia ganhado uma revista com o detonado do jogo! Ela tava toda surrada, mas dava pra ler e foi com ela que eu avancei ao longo da história. Tirando isso, era puro instinto e sentimento de ‘desbravar’ algo desconhecido. Eu entendia um pouco dos menus e com o tempo eu entendia um pouco das magias. E mais importante, eu entendia que números maiores era sempre bom! Eu adorava Grind em JRPG, parece maluquice, mas é uma das coisas que mais gosto até hoje.
O estilo do Final Fantasy VII me agradava muito a forma como o jogo sempre fugia de ser um JRPG para ter alguma coisa doida tipo correr de chocobo, ou até mesmo no começo do jogo quando o primeiro reator vai explodir e de repente o jogo de turno coloca um timer na sua cabeça e se o tempo acabar, já era. Beleza que esse timer era super generoso, mas foi uma coisa que nunca tinha visto até ali!
Mas sem dúvidas o que mais me pega são os personagens, Eu não entendia nada do que eles falavam, mas eu me baseava por gestos e pela aparência, eu sempre achei que o Barret seria super ranzinza e que a Aeris era super calma, o Cloud tava sempre dando de braços, e o Red era… bem um cachorro! Eu nunca tinha entendido que o Cait Sith tinha me traído até um certo tempo depois, eu adorava ele poxa!
Mas minha paixão mesmo era o Vincent, ele nem falava muito, mas céus como eu adorava personagens Edgy naquela época. O cara é foda, se transformava, usava pistola, cores escuras e vibrantes, sem dúvida meu favorito. Graças ao Detonado eu consegui a Yuffie também, era tipo um crush de infância, acho que eu via ela mais como uma garotinha, e gostava como o jogo tentava fazer ela expressiva desde o primeiro momento que a gente encontra ela.
Eu lembro de ter um save separado na parte onde o Cloud e o Sephiroth estão juntos para uma missão. Quando eu ganhei controle do Sephiroth foi muito foda, eu não sabia que era só uma lembrança de começo, e eu nunca entendia exatamente se ele era vilão, ao menos até o Jenova Jumpscare moment.
Eu adoro as músicas de Final Fantasy VII, todas passam um baita ar de “faz sentido isso tá aqui”. Eu não tenho nostalgia com muitas músicas do jogo, parte disso é porquê eu jogava com a TV no mudo pois muitas vezes era meu acordo com meus pais. E eu tenho quase certeza que isso me atrapalhou em alguns momentos.
Minha memória em relação ao meio e fim do jogo são um tanto nebulosas, mas eu tenho uma lembrança nítida de quando eu senti raiva em ver a Aeris morrendo de que ela realmente não voltou até o fim do jogo. De como a batalha final contra o Sephiroth parecia um jogo “de Playstation 2”, e um pouco antes disso o quão loooonga era a animação do Super Nova. Mas meus amigos me ajudaram a me equipar direitinho, e daí eu consegui passar por tudo isso. Na época eu não chorava no fim de jogos, hoje eu choro com quase tudo. E também não tinha um momento de luto, eu só parti para o próximo jogo! Que se me lembro bem foi Legend of Legaia.
Bom, em resumo, Rosie. Talvez as palavras não passem que Final Fantasy foi um divisor de águas para mim, pois realmente não foi, para minha mente infantil era mais um jogo, muito longo, com muita coisa pra fazer, com uma história que eu nunca entendia direito o ponto de fazer certas coisas. Mas que sempre me mostrava cenários bonitos, cutscenes incríveis que se mesclavam depois ao cenário, personagens super carismáticos, mesmo que eu nunca tenha decifrado 100% da personalidade deles pela barreira de idioma e que mesmo assim eu gostei do começo ao fim. O que trouxe para minha vida é que: eu nunca mais iria ignorar um jogo de Final Fantasy, e revisitaria até mesmo os antigos assim que pudesse. Se todos fossem ter o mesmo nível de densidade e coisas para fazer do que o VII, eu certamente queria ‘perder’ meu tempo em outros jogos assim.

Gabi

Minhas memórias sobre Final Fantasy 7 são na verdade…bem vagas. Minha primeira experiência com o jogo foi há muitos anos atrás e em uma época que meu inglês realmente não estava no mesmo nível, muito dos pontos da história desse jogo passaram reto pela minha cabeça de criança estúpida. É uma trama que respeita bastante sua capacidade como leitor, uma que eu não havia quando terminei esse jogo anos atrás, mas mesmo com tudo isso, até mesmo uma criança com inglês medíocre conseguiu enxergar o quão especial Final Fantasy 7 é como uma experiência mesmo com alguns aspectos que não envelheceram tão bem quanto sua trama.
Alguns dos assuntos retratados no enredo de Final Fantasy 7 são extremamente atuais e interessantes até hoje: pobreza, abuso das super corporativas, ecologia e etc, me encanta muito como a história do jogo funciona perfeitamente mesmo que mais de 20 anos do lançamento e cada assunto é retratado com extremo cuidado e paciência, tu tem que jogar todo um DVD experienciando por si mesmo os estragos feito pela shinra e seus crimes antes que tu possa visitar o resto do jogo como qualquer outro Final Fantasy.
A mesma trama que me encanta por sua complexidade e qualidade me encantou por seus personagens, o quinteto principal de Cloud, Tifa, Aerith, Barret e Red tem uma química extremamente divertida de acompanhar no primeiro disco, Barret sendo meu querido. Cada cena dele é extremamente humana, é muito interessante como ele tem diversas facetas no jogo desde o pai carinho pro cara foda com um canhão no braço que fica pegando no pé do cloud, simplesmente adorava de verdade ver esses dois interagindo. Sou extremamente apaixonado pelo quinteto principal, mas os personagens introduzidos depois de Midgar são extremamente marcantes também, Yuffie sendo minha querida, e que me deixa muito feliz como todos os spin off dão mais espaço pra ela, o que é justamente minha maior queixa sobre esses personagens: seu espaço. Posso estar falando bastante merda devida minhas memórias embaçadas, mas realmente senti que eles tiveram pouco espaço comparado aos personagens obrigatórios, raramente senti as interações do primeiro disco ou pelo menos senti que eles eram necessários para o enredo, e meio que não são, visto que dois deles são opcionais, e tipo, dá pra realmente sentir isso no jogo. Eu não consigo realmente me lembrar de um diálogo marcante do vincent por exemplo por mais que eu adore ele.
Um dos aspectos que mais me marcou no Final Fantasy 7 e um dos que menos escuto falar, é sua gameplay. É de conhecimento que alguns aspectos do jogo envelheceram igual leite no deserto, alguns minigames são bem chatos, alguns cenários difíceis de se localizar, gráficos beeem datados porém tem um dos aspectos dele que eu uso de exemplo sempre que estou conversando sobre turn based RPG, estou falando do seu combate. Quando tento explicar porque acho turn based RPG divertido mesmo sendo apenas apertar botões em menu , eu justifico com customização, o sistema de matérias de Final Fantasy 7 pra mim traz justamente isso. É extremamente divertido mexer por horas nas materias dos personagens p buscando o que é mais vantajoso ou simplesmente mais divertido, esse sistema te dá uma liberdade enorme para criatividade de criar builds, as mesmas que tu descobre por si mesmo no decorrer do jogo. Eu nunca vou esquecer da sensação de descobrir que com a matéria double eu podia duplicar qualquer comando do combate e não só magias, assim eu conseguia duplicar meu ataque básico, e no futuro juntando outras matérias e até triplicando os ataques básicos, e o jogo nunca te conta que tu pode fazer isso, é apenas uma das possibilidades de build que tu descobre com tentativa e erro por si mesmo. É um dos poucos jogos que te da vontade de grindar simplesmente por ter um combate divertido, por ter vontade de ver formas novas de buildar seu time e materias novas que abrem mais possibilidades, é um loop de gameplay extremamente divertido, o que fez eu terminar o jogo com quase mais de 100 horas mesmo tendo praticamente só jogado a história principal.
O que eu levo de FF7 hoje em dia é o quão divertido foi jogar ele, o carinho pelos personagens e respeito por sua escrita de enredo, tenho bastante curiosidade de jogá-lo novamente para pegar alguns pontos do enredo certo dessa vez, pra quem saiba, eu consiga entender a crise de identidade do Cloud e o surto mommy issues do Sephiroth. Mesmo sendo extremamente datado, é um jogo com muitos pontos extremamente positivos para se jogar atualmente e que trouxe algo que nenhum outro jogo conseguiu replicar da exata forma até os dias de hoje, acho que vale a pena passar pelos gráficos de caixa de papelão pelo o que esse jogo faz presenciar.

Felipe

Final Fantasy 7 é pra mim um dos maiores marcos e sem dúvidas um jogo marcante na minha vida. Primeiro porque foi meu primeiro Final Fantasy, segundo porque eu joguei ele pela primeira vez com meu primo que tinha um PS1 e veio passar as férias na minha casa, sendo que ele é de outro estado, daí depois eu joguei com meu vizinho que tbm tinha um PS1 e era tipo um irmão mais novo pra mim, e também joguei com meu melhor amigo do colégio. Foram 3x, mas curiosamente eu só finalizei uma vez e é o único Final Fantasy que eu tive paciência de ir até o final e finalizar.
Eu tenho memórias muito boas que envolvem os personagens, a música, os eventos, as temáticas que o jogo aborda e desenvolve, a estética, e claro também tenho umas memórias ruins envolvendo tanta transmídia confusa com filme, OVA e outros jogos como Dirge of Cerberus e Crisis Core. Isso sem mencionar o grind tenebroso pra ganhar AP e upar as matérias, os perrengues pra vencer as Weapons e toda a trabalheira pra conseguir a Knights of the Round materia.
É um jogo que tem tanto impacto pra mim que eu joguei o Remake chorando copiosamente em diversos momentos só pelo forte apelo nostálgico que senti. Foi mágico e sigo ansioso pelos próximos capítulos.

Final Fantasy VII

Sheik

A maioria dos “gamers” contam histórias de como vídeo games foram parte integral de suas infâncias e ajudaram a “definir quem eu sou”. Sendo um típico garoto do final dos anos 90, tive meu fiel PS1 que me gerou ótimas memórias, mas nunca fui muito além de me divertir com jogos de plataforma (que raramente eu terminava), arcade e luta (sobretudo os baseados em animes). Por outro lado, sempre fui otaku. Fosse nos eventos de anime, nos fóruns da forumeiros ou nas eventuais revistas otaku que eu conseguia colocar minhas mãos, sempre Cloud e Sepiroth davam as caras e o design espetacular de Tetsuya Nomura os tornavam mais intrigantes e interessantes ainda. Antes mesmo d’eu sequer saber inglês, eu sabia quem eram esses dois: sabia que Sephiroth era forte como uma força da natureza e que ele mataria a namorada de Cloud; sabia do passado triste de Cloud e como ele superaria isso tudo para derrotar o semideus. A partir de 2008 meu inglês começou a tomar mais corpo e passei a me aventurar a jogar vídeo games com histórias mais presentes. Em 2010 eu estava jogando Xenoblade e me chamando de Nintendista e em 2014 decidi, finalmente, jogar o clássico Final Fantasy VII.
Sabendo dos acontecimentos e histórias trágicas, eu já esperava uma história que falasse sobre luto, tristeza e, por conta do Sephiroth, medo, mas o que eu não esperava -e tornou este jogo um clássico para mim- era a sua maturidade em ir além destes temas e apresentar uma história sobre felicidade e amor. Ao final, me vi com o rosto inchado de tanto chorar, não de tristeza, mas de alegria pelos personagens que aprendi a amar ao longo daquelas 70 horas.

Lifestream (Rosie)

Eu queria achar uma boa maneira de terminar esse texto, mas eu não consigo pensar.  Mas como esse é meu maior projeto, hoje é meu aniversário e já tá grande pra caralho mesmo… eu quero agradecer muitas pessoas.

Primeiro, o pessoal do Recanto que me acolheu no site. Yan, Matheus, e principalmente Lily que é meio que minha editora profissional. Por causa dela eu cresci muito na minha escrita, de maneiras inimagináveis. E também cabe a ela editar essas 120 páginas sobre Final Fantasy VII.

Eu quero agradecer Benjamin por ser meu melhor amigo durante esses anos. Ele me ensinou o que é um amigo de verdade, nas coisas boas e ruins. Amizade de verdade acaba por ter muitos problemas, isso é parte da mágica. Não ter uma relação absolutamente perfeita é algo que apenas a vida real pode trazer, e mesmo com problemas ninguém é um amigo melhor que ele. É muito impactante ter um amigo tão bom e tão próximo sem precisar conversar pelo celular. Você está comigo em tudo e eu sei que posso contar com você pra qualquer coisa.

Obrigada Pedro e Allan por junto do Benjamin estarem sempre aqui por mim. Não precisamos nos falar com frequência porque a vida toca diferentes caminhos, mas amizade entalhada em pedra não é destruída por algumas semanas sem se falar.

Gabi, Mio e Kei, vocês foram pessoas que mudaram minha vida e honestamente é engraçado como não seríamos tão próximos se não fosse por causa desse joguinho. Na época que eu joguei FFVII pela primeira vez, nós quatro ficávamos conversando de madrugada. Eu não estaria lá para participar das nossas conversas se eu não tivesse começado FFVII, o que me fez ficar acordada de madrugada. Nossa amizade me fez crescer muito e vocês significam o mundo pra mim. Gabi especialmente agradeço por tudo que fez por mim por todos esses anos. Você é uma das pessoas mais especiais da minha vida e não sei como você olha para o passado, mas eu sou muito grata por todo momento que tive com você e só tenho boas memórias. E, claro, nós jogamos Final Fantasy VII juntas, fazendo desse jogo mais importante pra mim.

Kira, Heitor, Gustavo, Kauan, Lara e Matheus (Eld), eu agradeço profundamente por acreditarem no meu trabalho desde o início. Aquele blog não teria me feito começar meu sonho se não tivessem me convidado pra ele, e vocês sempre acompanharam meus esforços. Desejo o melhor pra vocês.

Muito obrigada Arthur, Pedro (lobão) e Maria Clara por sua amizade nesse ano que passou. Eu quero levar vocês comigo pela vida toda, mesmo que o Arthur eu já conhecesse de antes.

Mako você é uma das melhores amigas que eu tenho mesmo que nos conheçamos há razoavelmente pouco tempo. Você pode contar comigo pra tudo porque eu quero mais do que qualquer coisa ver você sendo feliz. Eu amo você.

Obrigada Jenny, Kako, Rose, Deno e Sol porque atualmente falar com vocês é o lugar onde eu mais consigo me expressar… pra falar coisas boas e muito merdas! Seria legal ter a Sol e o Deno no AmamosSabado alguma hora, mas por enquanto os outros três estão comigo em um canal de longplays muito mal-produzido mas divertido no Youtube.

Obrigada às meninas do Smash, especialmente Tsuru e Ingrid, vocês criam um ambiente confortável que simplesmente me puxa pra dentro da comunidade mesmo que não queira competir mais. Obrigada.

Obrigada minha família, vocês significam tudo pra mim. Eu tenho muito medo de morar sozinha porque vou estar longe dos meus pais, e meu irmão é uma das pessoas que mais me apoia no mundo mesmo que eu cometa meus erros com ele. A Day também é uma amiga maravilhosa que fico feliz de ter na minha família. E sim eu amo minha irmã também mas nosso relacionamento é extremamente conturbado.

Eu também queria agradecer meus tios, avós e meus primos, principalmente a Ana por estar comigo todo dia dos longos anos que passamos no Senai. Você é uma amiga maravilhosa.

Agradeço o pessoal da igreja que me aceita e me trata com respeito. Wagner, Emily, Sarah, Thalia, Yohana e o pastor Bruno. Posso não ir muito a igreja mas ao menos eu não me sinto completamente desconfortável com essas pessoas por perto.

Agradecimentos especiais ao site Jegged e seu walkthrough super detalhado de FFVII que me guia perfeitamente desde 2017. E, claro, a maioria das imagens desse texto vieram de lá. Agradeço também a Wiki de Final Fantasy por me dar muitas informações importantes pra usar nesse texto.

E por último mas não menos importante… é óbvio que eu tenho que agradecer você que tá lendo. Eu não posso mais falar de Final FVII porque já falei demais então vou acabar me repetindo, mas esse projeto é realmente algo gigantesco pra mim, e também é bem grande em tamanho. Alguém estar lendo isso agora deixa meu coração cheio de alegria.

Na falta de um jeito melhor de terminar esse texto, peço que acreditem no futuro. Embora hajam muitos baixos, a vida tem muitas coisas incríveis a oferecer e poder respirar é uma benção, agradeço a Deus por isso também.
Boa noite, se cuidem, e beijinhos.

Final Fantasy VII

GOOD NIGHT, UNTIL TOMORROW.