O telescópio Kepler lançado em 2009 não é preguiçoso quando o assunto é caçar exoplanetas. O sistema é carregado com a investigação de mais de 145.000 estrelas na esperança de encontrar um planeta habitável, mas essas estrelas constituem apenas 0,29% do céu. Felizmente, há um novo telescópio orbital do MIT que vai pesquisar o resto.
O Transiting Exoplanet Survey Satellite (TESS) é um satélite de US$ 200 milhões criado por uma equipe do Instituto de Astrofísica e Pesquisa Espacial Kavli do MIT em colaboração com a NASA, a Corporação de Ciências Orbitais, o Centro de Astrofísica Harvard-Smithsonian, a Corporação Aerospace e o Instituto de Ciência de Telescópio Espacial. O TESS, junto com o Neutron Star Interior Composition Explorer (NICER), da Estação Espacial Internacional, foi escolhido pelo programa Explorer, da NASA, para ser lançado em 2017. Timing impecável, considerando que a missão Kepler foi prolongada até 2016.
Assim que lançado, o TESS vai ocupar “uma órbita especial para uma nave especial – uma que não é tão perto, e não tão longe, tanto da Terra quanto da Lua”. explicou o pesquisador George Ricker, do MIT. Esta órbita manterá o TESS distante o suficiente da Terra para evitar os cinturões da radiação do planeta, mas próximo o bastante para manter uma conexão de transmissão de dados em alta velocidade. Esta conexão é essencial considerando que o TESS será equipado com um quarteto de telescópios de ângulos amplos de 192 megapixels no total. Esses telescópios vão fazer a pesquisa em todo o céu, “a primeira pesquisa espacial envolvendo todo o céu, cobrindo 400 vezes mais do que qualquer outra missão”, explicou Ricker, para encontrar um exoplaneta com o tamanho entre o da Terra e de Júpiter habitável orbitando entre as 2 milhões de estrelas K e G mais próximas e brilhantes da nossa galáxia. Anãs vermelhas também serão investigadas. “Ele vai identificar milhares de novos planetas na vizinhança do sistema solar, com foco especial em planetas com tamanho comparável ao da Terra”, disse Ricker.
A equipe espera descobrir algo entre 1.000 e 10.000 exoplanetas candidatos via o método de transição (onde pesquisadores procuram por uma queda na luminosidade da estrela quando o planeta passa). Os candidatos então serão estudados por telescópios como o Kepler, assim como sistemas como o espectrômetro HARPS. O TESS vai guardar seus dados por três meses para os pesquisadores filtrarem, e apenas os dados mais relevantes serão transmitidos.
“A seleção do TESS acelerou nossas chances de encontrar vida em outro planeta já na próxima década”, disse a professora de ciência planetária do MIT Sara Seager. Isso é bastante animador.
Matéria Original do GizModo