Do mundo real a fantasia, os cavaleiros sempre fizeram parte da história. Durante muitos anos eles foram o ápice do campo de batalha e fizeram fama, que até hoje ainda ecoa em filmes e livros. Mas como era a vida desses grandes homens que entregavam tudo para manter a honra?
Treinamento
Tornar-se um cavaleiro era uma tarefa árdua e exigia, além de talento, uma boa dose de sorte para sobreviver ao treinamento. A jornada de batalhas de um menino, que desejava ser cavaleiro, começava com sete anos. Por volta dessa idade, eles não passavam de meninos de recados. Mas as suas brincadeiras eram bem diferentes, pois em vez de brinquedos, eles usavam armas e aprendiam a montar.Quando chegavam a idade dos 14 anos, os candidatos a cavaleiro se tornavam escudeiros. Assim eles tinham que servir um cavaleiro de verdade, fazendo tudo que lhe fosse pedido. Sua tarefa principal era cuidar da armadura e das armas de seu mestre.
Com a tenra idade de 14 anos, os escudeiros já eram considerados grandes o bastante para lutarem, ou seja, em uma batalha, eles lutavam como cavaleiros de verdade, mesmo sendo mais jovens.
Caso conseguisse sobreviver até a idade de 21 anos, sem perder nenhum pedaço do corpo, o escudeiro virava cavaleiro.
Quando os cavaleiros não tinham ligação com a Igreja, a passagem era apenas um ritual rápido, realizado pelo mestre daquele garoto. Porém depois que a Igreja começou a usar cavaleiros em suas conquistas de fé, o ritual tornou-se um espetáculo, cheio de floreios e tradições criadas pelo Papa.
Código da cavalaria
Além de toda a habilidade no campo de batalha, um cavaleiro precisava seguir algumas regras, que eram conhecidas como o “Código da Cavalaria”. Na verdade, não existia nenhum tipo de lei formal escrita sobre isso, mas existiam certas qualidades que todos esperavam de um cavaleiro.
A primeira qualidade era a lealdade, depois a bravura, e os cavaleiros deviam tratar as pessoas com justiça e amabilidade. Sendo justos e defendendo os mais fracos.
O escrito chamado “Livro da Ordem de Cavalaria”, escrito por Ramon Llull em 1275, tem uma boa descrição do que deveria ser um cavaleiro. Nele haviam todos os pormenores, indo desde o tipo de montaria, até o que um cavaleiro juramentado deveria fazer. Um cavalariano precisava participar de torneios, manter mesas redondas com os companheiros, ser leal a seu suserano e ter as seguintes virtudes: “fé, esperança, caridade, justiça, força, moderação e fidelidade.”
Essas coisas eram o que, basicamente, formava um cavaleiro, mas ainda existiam muitos outros detalhes e histórias sobre esses homens corajosos, que mudaram a história do mundo!