Shieldmaiden: Remix Edition — uma receita meio seca | Análise

Nesse texto vou passar uma receita deliciosa e super simples de arroz pra você montar sua marmita. Como todos nós sabemos, o arroz é um componente muito importante para a refeição do brasileiro e é mandatório que todos saibam cozinhar o básico (sim, isso ainda é uma análise de Shieldmaiden: Remix, cola comigo até o final).

Para essa receita vamos utilizar:

  • 1 xícara de arroz
  • 1 fio de óleo
  • 250 ml de água

Para o modo de preparo: lave o arroz para retirar o amido, algo que é sem discussão nessa receita. Coloque a panela no fogo e, quando o vapor subir, derrame um fio de óleo seguido do arroz. Mexa, mas cuidado: ao invés de jogar os 250ml inteiros, acrescente aos poucos, repartindo a água em cinco partes e acrescentando o resto conforme necessário. Fique de olho e experimente para saber se o arroz está no ponto desejado; pronto! Você tem uma panela de arroz para sua marmita.

Quem prestou atenção nessa receita percebeu que faltaram vários componentes importantes: não tem alho ou cebola, e muito menos sal. Desse jeito, o arroz vai ficar sem graça… não tem porque misturar! Shieldmaiden: Remix é, infelizmente, mais ou menos assim.

Durante minha gameplay, eu fiquei bem entediado. Vendo o trailer e os visuais, acreditei que iria ter o tempo da minha vida, e, realmente, nos primeiros minutos até que diverti.

Shieldmaiden: Remix análise

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Toda essa analogia da receita que eu fiz anteriormente foi uma maneira diferente de ilustrar a monotonia da minha experiência. Consegui me divertir um pouquinho? Sim. Com esse arroz, você não vai sentir fome e vai poder trabalhar tranquilo. Mas acaba por aí.

Passando da primeira fase, percebi que não havia necessidade alguma de matar os inimigos ou explorar a área no geral, porque eu não ganho nada com isso. Eu passei a fazer um “speedrun” das fases e ignorar toda a gameplay, levando em consideração que sempre que eu morria, eu voltava cheio de vida do último checkpoint. Ao invés de repartir a água, eu coloquei logo uns 3 litros e meio na panela.

A história é bem interessante mas, assim como o arroz, não consegue se sustentar sozinha. Falta sal pra te entreter e, junto com o todo o caos que está acontecendo na tela, era impossível de acompanhar os diálogos dos personagens.

Isso entristece bastante, já que a apresentação visual é de tirar o fôlego, tão linda que pode literalmente “hipnotizar”: em várias oportunidades, eu nem conseguia enxergar os tiros dos inimigos ou a legenda do jogo em contraste com as outras tantas informações na tela. Isso me deixou frustrado de uma maneira que eventualmente tirou toda a minha diversão.

A única coisa que é realmente impecável é a música. Sabe quando você coloca o alho e a cebola pra dourar e sobe aquele cheiro maravilhoso que acorda toda a vizinhança? Isso é a OST, esplêndida, mas infelizmente não o suficiente para vingar as falhas cruciais cometidas na receita.

O arroz é uma parte crucial de toda refeição brasileira, mas certamente não se sustenta se estiver fora de harmonia com o resto do prato. Não importa o quão impecável seja sua apresentação – com folhas de alecrim e uma salpicada de pimenta-do-reino – a experiência precisa levar em consideração mais elementos, desde os acompanhamentos até o próprio odor e a iluminação do restaurante.

Shieldmaiden: Remix análise

Uma cópia gratuita de Shieldmaiden: Remix Edition para Xbox One foi concedida pela Dumativa para análise no Recanto do Dragão.