Eu amo Bocchi the Rock! :3

Bocchi the Rock é um anime super normal, daqueles que lançam três vezes por temporada. Não deveria ter o impacto que teve nas outras pessoas e em mim mas Deus do céu, eu AMO Bocchi the Rock.

A história é sobre uma menina com fobia social gravíssima (e provavelmente autismo) que quer começar uma banda, mas obviamente não consegue por ser toda fodida. Ela é convidada a entrar em uma banda sem nome por uma random que tava passando por ela, e ela teve algumas boas crises de ansiedade antes de conseguir tocar (muito porcamente) para um pequeno público na banda que viria a se tornar a Kessoku Band!

“Kessoku” é meio que uma pulseira, daquelas baratas de plástico que você prende, representando a união da banda. Uma delas estará representada na imagem abaixo. Enfim, Bocchi é um slice of life sobre amizade como qualquer outro, mas é muito especial. Desde o esforço bizarro na mudança de artstyles repentina nos pensamentos de uma menina socialmente inapta até as músicas incríveis criadas pela banda; Bocchi the Rock é lindo.

Aparentemente, isso é uma cinta plástica

Esse não vai ser um texto profissional e meticuloso, porque eu só quero falar como essas meninas autistas são um dos melhores presentes que eu recebi, além de me conectar mais com meu melhor amigo. Eu ainda estou com dificuldades para encontrar as palavras certas, mas Bocchi é um conforto tão necessário na minha vida, algo que eu estou buscando há anos. Me deu inspiração, coragem, várias risadas e vontade de viver durante os pouquíssimos episódios que a única temporada (por hora) disponibiliza. Acabou me deixando bem emocional sobre a minha época de escola (ano passado), meus amigos atuais e os que não estão mais aqui (não morreram, só me abandonaram, é o ensino médio).

Como um slice of life, a narrativa faz muito bem o desenvolvimento da personagem principal usando o cotidiano. O crescimento dela é bem realista e os seus problemas foram escritos de experiência. Os medos e receios da Hitori (Bocchi) são entendíveis e facilmente identificáveis. Também é muito divertido dar uma espiadinha na cabeça dela de minuto à minuto para receber abstratas explicações sobre o que ela sente.

https://twitter.com/melonc0la/status/1597524750636441602

As outras personagens (no feminino, porque 95% do elenco são mulheres), além de incríveis por si só, tem uma sinergia muito única e bonitinha entre si. As peculiaridades de cada membro da Kessoku Band se misturam como peças de um quebra-cabeça. Elas foram feitas para serem amigas. Nijika é a líder, a baterista, e representa o ânimo e objetivos do grupo. Sempre olha pelo lado positivo e tem a responsabilidade de manter todas do grupo sempre em pé, uma inspiração em liderança e provavelmente a mais normal delas. Ryou é a baixista, seu tom de voz apático e falta de ânimo escondem o docinho de pessoa que ela é, mas a parte mais legal da personagem é a cara de pau da menina. Ryou não perde tempo quando o assunto é dinheiro e faz questão de pegar emprestado das suas amigas em qualquer ocasião, sabendo que não vai pagar. Ela também é a mais apaixonada pelo rock e possivelmente tem os comentários mais engraçados. Kita é a minha favorita! Ela é um raio de sol, um poço de energia e confirmadamente 100% lésbica. Como a mais extrovertida ela é bastante importante na divulgação da banda, e isso também faz dela a nossa vocalista. Kita sempre consegue iluminar qualquer ambiente mesmo que seja contra a vontade do mesmo, e isso é muito importante pra juntar a Kessoku Band como o grupo unido que são.

Uma tier list de personagens, como
pode ver, o único homem é o pai
da Bocchi, que não tem rosto

E por fim, Bocchi é a cola que une todas elas. Mesmo que seja a com mais dificuldades, ela é sempre o pontapé final que as meninas precisam pra alcançar seu potencial máximo. Bocchi é a alma do grupo e provavelmente a que mais precisa se esforçar pela sua extrema dificuldade em ficar na presença de mais de duas pessoas no mesmo lugar (contando com ela). É muito interessante ver as relações das meninas entre si também. Bocchi tem uma conexão especial com cada uma delas, Kita é apaixonada pela Ryou, e a Ryou por sua vez tinha Nijika como sua única amiga até as outras duas entrarem na banda. Os diálogos entre elas, além de muito fofos, são bem criativos, e parecem mesmo algo natural entre quatro pessoas que se amam muito. Me deu vontade de conhecer mais gente pra formar uma banda também, já que eu e o meu amigo Benjamin já tentamos fazer música de vez em quando, mas acho que vai ser difícil juntar amizades profundas como as da Kessoku Band. Bem, é isso, acabei de decidir que vou aprender a tocar guitarra. Pausa na escrita do texto! O que pra vocês vai ser só uma quebra de parágrafos.

Pausa estratégica!

Voltei! Não me dei muito bem com a guitarra. São fios de aço! Aço! Minhas mãos de princesa não conseguem apertar fios de aço pra fazer um acorde. Sou fraca e patética, parece impossível. Mas se no futuro eu vou saber tocar ou não, pouco importa, vocês estão aqui pra escutar sobre Bocchi the Rock.

A Kessoku Band toca J-Rock de anime, o que normalmente me afastaria mas é só… tão bom? As letras pouco importam mas tem o carisma da Bocchi. As letras falam sobre coisas semi-depressivas com um olhar rapidamente positivo por trás (são esperançosas), mas o ritmo e melodia são muito divertidas. Não é algo absolutamente mindblowing, mas é música pra se hypar e dá certo. A guitarra da Bocchi (ou da pessoa que tocou no lugar dela na vida real…) é muito bonita, e mesmo uma pessoa que não gosta muito do instrumento como eu se sente muito bem escutando. Todas as músicas estão no YouTube, separadas automaticamente pela plataforma como se a Kessoku Band fosse uma banda que realmente existe, o que é bem legal.

Bocchi the Rock é o primeiro anime em um bom tempo que eu assisto inteiro… na verdade, é o primeiro anime que eu assisto em geral em um bom tempo. Eu tenho muita dificuldade pra assistir coisas, sabe. Ansiedade, neurodivergência – seja lá o que for, é um esforço enorme pra mim sentar e ver algo parada, a não ser que seja uma longplay no YouTube (não sei por quê). Ainda assim, Bocchi foi muito fácil, sério. Na verdade eu ficava o dia todo pensando em ver mais episódios (porque eu assisti exclusivamente com o Benjamin), e meio que o ciclone que rolou aqui perto não ajudou muito cortando minha luz e internet por alguns dias… mas isso talvez mostre como esse anime foi algo especial pra mim. É bem difícil explicar o que tem de tão diferente nele que outras obras não trazem, mas você tem que ver pra crer mesmo. Bocchi é especial de verdade e mesmo fazendo uma análise sobre eu tenho dificuldades em expressar os motivos.

Mas em geral, eu sou uma pessoa meio triste, que ironicamente tenta buscar felicidade nas coisas. Eu gosto de ser positiva! E costumo consumir mídias que estimulam o alto astral, mas raramente algo encaixa comigo bem assim. Tem uma linha tênue entre me fazer ter vontade de viver e me fazer sentir miserável por não ter a vida das personagens, e Bocchi felizmente pegou muito bem no primeiro. Eu ainda tô pensando naquilo de fazer uma banda sabe… e, bem, Bocchi the Rock de fato me fez mais feliz. Eu vivo muito de arte e tenho certeza que obras como essa são ótimas pra minha alma e crescimento pessoal, então sou bastante grata.

Mas nossa, esse texto tá meio fodido. Não tem nenhuma estrutura e eu só tô tagarelando sem parar de coisas completamente nada a ver… mas não me importo, essa é a energia de Bocchi mesmo. Na verdade eu marquei com o Benjamin de conversar sobre o anime assim que terminássemos hoje pra poder escrevermos juntos. Não deu certo! Nossos sentimentos pelo anime estão bem claros embora implícitos então não tinha muito o que falar. Sabe o que falamos sobre ao invés disso? Esse tweet insano sobre o filme do Flash, uma peça de arte terrível que você não deveria apoiar de nenhuma forma! Mas nossa, tem umas pérolas insanas aqui. Perfeitamente encapsulando a vibe de um anime tão especial, Benjamin riu como ele não ria em meses. Ele de fato afirmou com segurança de que esse vídeo foi a merda mais engraçada que ele viu esse mês. Sério, mesmo com o contexto do porquê o Flash tem que comer um chips antes de salvar os bebês a cena não fica melhor, é incrível, incrível eu digo!

https://twitter.com/rosiemymelody/status/1682133142432370689

Eu também mudei todas as minhas redes sociais pra Bocchi the Rock. Além de ser uma mensagem da minha hiperfixação atual que grita “eu gosto de Bocchi the Rock e você devia saber disso mesmo que não queira”, também combina bastante com meu estado de espírito. Eu ando agindo muito como a Kita! O que é sempre bom pelo quão positiva e extrovertida ela é. Olhem só esses bonecos ridículos e estúpidos:

Yippie!

Eu tô começando a ficar sem coisas pra dizer! Pode parecer que não, mas todos esses assuntos desconexos vieram naturalmente. Minha mente tá perturbada por causa desse anime! Espero que essa vibe insana esteja sendo transmitida pelas palavras. Ousando me repetir, digo de novo que essa obra é muito engraçada e fofa, e você deveria assistir para sorrir um pouco. A Bocchi também é muito fácil de se identificar! A fobia social dela tem só os sintomas mais fodas e derradeiros do transtorno. Benjamin disse que sentiu ansiedade em todo episódio! Mas espero que isso não deixe você com o pé atrás em assistir…

Sabe, eu falei muito “Bocchi” e “Bocchi the Rock” nesse texto. Sei que parece repetitivo, mas o SEO pede que eu faça isso! Preciso mencionar a palavra chave um certo número de vezes pro texto ser visto por alguém então fico um pouco limitada. Quero terminar esse texto dizendo que realmente torço pra que a Kita pegue a Ryou, presto todo meu apoio sáfico! Por fim, boa noite. E um desenho que eu fiz com o Benjamin, como sempre tem no final dos textos.

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