Brutal Legend: O jogo que definiu meu estilo musical

Brutal Legend

Brutal Legend é um jogo lançado em 2013 que consegue misturar diversos gêneros de videogame em uma experiência extremamente divertida, entusiástica e muito empolgante.

Aí você me pergunta: Gustavo, por que eu nunca ouvi falar desse jogo? A resposta para isso é simples: ele é interpretado e roteirizado por ninguém mais, ninguém menos que Jack Black.

Sim, esse mesmo que você está pensando, aquele ator norte-americano que fez vários filmes de sucesso considerável, como o óbvio Escola do Rock e The D-Train, e que também tem sua banda.

Quem jogou Brutal Legend provavelmente não se arrependeu: ao contrário do que se parece, o jogo criado pelo ator se destaca muito e consegue, de forma diferenciada, se sobressair e marcar a vida das pessoas. Assim como marcou a minha vida.

A atuação do Jack Black é realmente muito boa no Brutal Legend. Reprodução/Gustavo Gama

Vale dizer, antes de começar a falar sobre o jogo e como ele marcou minha vida, que ele está disponível no serviço de assinatura Xbox Game Pass. E, claro, não teremos nenhum spoiler nesse texto, meu objetivo aqui é te convencer a jogar esse maravilho jogo.

A história de Brutal Legend

Se você ainda não entendeu, vou enfatizar: o jogo é feito pelo ator Jack Black, e, pra quem não sabe, ele é FISSURADO em Rock’n’Roll. O objetivo do ator com Brutal Legend é mostrar para os jovens o mundo desse gênero musical por meio do videogame. E posso dizer, com tranquilidade, que ele conseguiu.

A história de Brutal Legend é a seguinte: um cantor de rock estava dando um show quando um demônio apareceu no meio do concerto, e com isso acabou criando uma confusão que resultando na morte desse músico. Quando ele acorda, ele está no “Mundo do Metal“, uma espécie de inferno controlado por demônios que garantem o sucesso do Rock no mundo real.

Lidere exércitos pelos mais variados cenários. Reprodução/Gustavo Gama

Seu objetivo nesse mundo catastrófico? Liderar uma gangue de humanos contra as mais terríveis espécies de criaturas do Rock e escapar desse inferno apocalíptico.

Então, dentro do Mundo do Rock, você vai encontrar, além de MUITAS referências, personagens históricos, explicações do porquê de cada música, detalhes do gênero musical dentro do mapa, e muitas outras coisas.

A história parece ser ok, mas por que ele é bom?

Brutal Legend possui uma gameplay extremamente viciante, completa e divertida. A começar pela trilha sonora do jogo que é composta por Def Leppard, Ozzy Osbourne, Diamond Head, Motörhead e muitas outras bandas e figurões famosos do Rock.

Ainda há momentos de pura nostalgia ao estilo Guitar Hero. Reprodução/Gustavo Gama

O segundo ponto da diversão: a diversidade de gameplay

No começo, sua missão é controlar o personagem principal usando seu machado e sua guitarra, no maior estilo Hack ‘n’ Slash (à la Devil May Cry e God Of War), mas de repente, o jogo te apresenta um mundo aberto (que jogando atualmente me lembrou o mundo de Final Fantasy XV), onde você pode explorar tudo com um hot rod estilosíssimo.

Brutal Legend

Quando você pensa:” Ah, legal, é um mundo aberto com porradaria no estilo God Hand e chefões, parece ser um jogo normal”, Brutal Legend te surpreende e mostra que, além de Hack ‘n’ Slash, o jogo possui estratégia de combate em tempo real, sistemas de defesa de torres, coordenação de exércitos, boss fights excelentes e até a construção de bases.

Ou seja, digo com tranquilidade que Brutal Legend é excelente em misturar diversos gêneros de games em um só.

O terceiro ponto: os personagens

Brutal Legend
Sim, Ozzy é um mecânico no universo de Brutal Legend

Em Brutal Legend temos um elenco muito carismático de personagens principais, com ótimas intrigas entre eles, momentos divertidos, românticos e até mesmo tristes, envolvendo mortes e outros fatores que alimentam uma boa narrativa.

Ah, não posso me esquecer que além do jogo contar com Jack Black na dublagem do personagem principal, também tem:

  • Ozzy Ousborne interpretando e dublando o Rei do Inferno;
  • Lemmy (fundador e baixista do Motörhead) dublando e interpretando um membro dos sobreviventes);
  • Rob Halford (vocalista da Judas Priest) dublando um dos vilões;
  • Tim Curry (ator que interpretou diversos filmes marcantes como It e The Rocky Horror Picture Show) dublando o principal antagonista do game.

O quarto ponto: A TRILHA SONORA

É meu caro leitor, como se não bastasse a boa história, a excelente diversificação de combate e os INCRÍVEIS protagonistas. O Brutal Legend apresenta uma trilha sonora lendária que você pode conferir abaixo.

Além de ser excelente de ser escutada enquanto você anda de carro pelo mundo sombrio do jogo, os momentos de combate combinados com música clássica do rock só deixam tudo muito mais “ROCK’N’ROLL”.

O quinto ponto, mas não menos importante: o jogo é para todos

Não falamos disso ainda, mas Brutal Legend é bem sanguinário: muitos braços, pernas e cabeças voando, o sangue rola solto no jogo (por isso o “Brutal” do nome), sem contar em palavrões que com certeza pesaram um pouco na faixa etária do jogo.

Mas isso tudo só acontece se você ativar o “modo gore” logo no começo do jogo, que traz a versão sem censuras. Porque, como eu disse, Brutal Legend pode ser para todos.

De novo, ele realmente mudou minha vida

Confesso que quando joguei BL há uns bons anos, tinha me apaixonado na hora. Não preciso nem falar que meu gosto musical mudou com o jogo.

Antes, rock não fazia nem um pouco parte da minha rotina; mas depois de jogá-lo, tudo que ele trouxe à mesa me fez atribuir um novo significado, fazendo se tornar um dos meus gêneros favoritos.

Nesse ano, refletindo no tédio da pandemia, acabei me lembrando dele. As tardes que eu passava destroçando inimigos ao som de Rock of Ages e muitas outras músicas me trouxeram uma nostalgia, deu uma vontade enorme de jogar de novo.

Admito que tive receio; afinal de contas, nossa mente é capaz de fazer truques e inventar uma experiência antiga tão encantadora que sobrescreve a verdadeira sensação do jogo, que podia ser horrível.

Mas isso não aconteceu com Brutal Legend!

Antes de rejogá-lo eu já tinha colocado em mente que o jogo não era tudo isso e que boa parte das memórias que eu tinha do jogo foram ilusões criadas por mim mesmo pelo fato dele ser especial pra minha infância.

Mas na hora que joguei novamente, eu lembrei do porquê eu amava tanto esse jogo.

No final, sinto dó dele por conta do preconceito que ele sofre. É um jogo completo e muito divertido, que com certeza você não iria se arrepender se jogasse.