[Crítica] Batman – A Piada Mortal

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Se você era criança na década de 80 com certeza você viveu uma época mágica, tanto no cinema, quadrinhos, música e entre outros. Mas um dos quadrinhos que marcou mais a vida das pessoas nessa época foi o famoso Batman: A Piada Mortal (do inglês Batman: The Killing Joke) que foi escrito pelo Alan Moore e desenhado pelo Brian Bolland. Depois de quase 30 anos de lançamento do quadrinho eis que a Warner Bros Animation Studios lança a adaptação animada desse ícone da cultura geek. Confira a nossa crítica abaixo:

A animação é diferente de todas que já vimos no universo da DC Comics, ela tem uma pegada muito mais adulta (mesmo o filme tendo uma classificação indicativa de 14 anos), só que esse trejeito adulto se perde ao decorrer do filme. A animação começa bem séria e obscura dando a entender que vai ser bem parecido com o quadrinho do Moore, só que ao longo do filme, ele vai se tornando um pouco mais parecida com as outras animações da DC. Então é aí que o desenvolvimento do filme se perde de vez, hora ele tem uma pegada mais adulta hora ele tem uma pegada bem infantil. Uma coisa que me deixou bem surpreso é como a animação é objetiva, ela não tem quase nada de enrolação ela é direto ao assunto. Isso faz com que os 73 minutos de filme passem e você acabe nem percebendo.

O que acabou não agradando foi o desenho da animação,  que foi feita pelo próprio desenhista original Brian Bolland. Nos quadrinhos os traços são bem realistas, só que no filme não é nada disso. Em alguns aspectos ele segue de perto o quadrinho, mas de forma geral ele não faz isso. Me pareceu que o artista queria dar uma repaginada nos traços do filme, uma melhorada vamos dizer. Só que o erro foi “melhorar” até demais, fazendo assim o filme perder um pouco de sua identidade nos seus traços.

Já o roteiro é obvio que ele seria fortemente adaptado pois a HQ original possui menos de 60 páginas, isso em uma animação daria nem 30 minutos. Então que decidiram além de contar a história original do quadrinho, contar também a história dos últimos dias da Barbara Gordon como Batgirl antes de ela sofrer o “acidente” e virar a Oráculo. Achei bem interessante isso, pois é uma história nova que ajuda entender o filme de um jeito melhor, e também é bem divertida. A única coisa que achei que ficou ruim foi a própria Barbara que nessa animação está parecendo uma adolescente apaixonada pelo seu tutor (Batman), do que uma combatente do crime como os fãs de quadrinhos fora acostumada a ver.

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Uma coisa que não tem o que reclamar em quase nenhuma animação da DC é a dublagem junto com a escolha das vozes dos respectivos personagens, e dessa vez não é nada diferente. É claro que em qualquer animação onde o Coringa aparece ele rouba a cena, e isso acontece nessa também. A dublagem do Mark Hamil é simplesmente fantástica! Ele consegue passar toda a loucura que o personagem possui nos quadrinhos do Moore para a animação, você sente realmente que aquele Coringa é insano.

No fim, Batman – A Piada Mortal é um boa adaptação da HQ icônica do Cavaleiro das Trevas! Vale realmente a pena ver!

Confira o trailer abaixo:

Anos depois, agora foragido do Asilo Arkham, o Coringa coloca em prática seu maior plano para provar que é preciso apenas um dia ruim, para que qualquer pessoa torne-se tão insana quanto ele. Restará ao Cavaleiro das Trevas perseguir e colocar um fim a este diabólico plano, e salvar uma das personalidades mais brilhantes de Gotham.

Batman: A Piada Mortal chega as prateleiras em agosto de 2016