Vergil vale a pena em Devil May Cry 5? – Análise

Vergil

É tradição na Capcom lançar versões especiais de todos os jogos da franquia Devil May Cry (DMC), que possuem correções de bugs, melhorias gráficas e novos personagens jogáveis. No final do caótico 2020 foi lançado o Devil May Cry 5: Special Edition, contando com a presença do vilão da série, Vergil.

Em DMC5SE, além de termos o antagonista Vergil como personagem jogável, também desbloqueamos o modo Cavaleiro Negro Lendário, que quase quintuplica a quantidade de inimigos, além do Modo Turbo (20% mais rápido) e do Ray Tracing com mais FPS.

Mas temos um, porém: essa versão foi travada ao PlayStation 5 e ao Xbox Series X (sim, isso significa que nem o PC ganhará a nova versão). O Vergil, irresistível como sempre, continua sendo lançado separadamente como DLC por US$ 5.

Como se trata de uma nova experiência do jogo, esse texto contém spoilers do final de Devil May Cry 5. Se você quiser se inteirar mais sobre jogo, leia a nossa análise.

O VERGIL ESTÁ DE VOLTA, BABY!!

Cabelo lambido, Yamato na mão, aura de DETERMINAÇÃO PURA ativada: o antagonista Vergil volta a todo vapor na expansão de personagem jogável para Devil May Cry 5, e ele não poderia satisfazer mais na gameplay.

Diferente dos outros protagonistas, você não tem aquela sensação de “peso”, de “gravidade” que trazia um pouco de inércia e “realismo” para os outros protagonistas. Vergil é imparável, rápido como um leão e veloz como um jato de combate militar.

“O poder controla tudo – e sem força, você não pode proteger nada; muito menos você mesmo.”

Vergil possui três Devil Arms: Yamato, a katana que o braço do Nero absorveu em DMC4; Beowulf, as manoplas e botas de luz que obteve em DMC3 (e “similares” à Balrog de Dante); o Gume Ilusório, uma versão similar à Force Edge e Rebellion que Dante já usou, e por fim suas Lâminas Ilusórias e as mecânicas de Concentração e Devil Trigger.

A Yamato é a arma de assinatura de Vergil, uma katana sombria que é muito mais veloz, entretanto mais fraca e com menor alcance que a Rebellion. Ela serve como uma arma com principal foco na velocidade pura, sem contar nos Judgement Cuts que cortam o ar em formato de lâminas.

Ela tem dois ataques novos: Golpe do Vazio, que junta inimigos e os desacelera com vários cortes em uma área pequena e Talho Aéreo, que é similar ao Destruidor de Capacetes do Dante. Para quem já jogou os games passados, ela não mudou tanto além disso.

A Beowulf continua sendo uma máquina de boxing extraordinária, com alguns combos melhorados de outros jogos (e maravilhosa de se usar como sempre).

O Gume Ilusório (Mirage Edge) serve para substituir a Force Edge, que Vergil usava até o jogo anterior. Ela é literalmente a espada demoníaca de Dante, antes de ser despertada, e Vergil a usa junto da Yamato, com combos similares à Rebellion.

As Lâminas Ilusórias são espadas espectrais que Vergil invoca para disparar, criar uma defesa ativa ou manter inimigos no ar com disparos especiais.

Além disso, as mecânicas de Concentração retornam, além do Doppelganger, uma mecânica introduzida no DmC: Devil May Cry (sim, o reboot) ao “Virgílio” (nome carinhoso que as pessoas dão aos memes do Vergil daquele jogo).

A mecânica de Concentração é como um complemento ao Ranking de Estilo, enchendo ao acertar combos variados e esvaziando ao tomar dano. Com ele, seus ataques ficam mais fortes, mais rápidos ou maiores, além de incrementar seus parrys e seus Truques, similares ao estilo Trickster de Dante.

Essa barra também pode ser usada para um Judgement Cut: End, o corte múltiplo massivo que é o ataque mais notório de Vergil em suas boss fights, incluindo a do final de DMC5. Ela consome duas barras de Concentração, e você precisa estar no modo de Poder Demoníaco Total (PDT) ou ter as barras de PDT completas.

Ela também pode ser consumida para que Vergil use sua Yamato e invoque o “Mundo de V”, separando seu demônio de seu lado humano e trazendo todos os 4 familiares de V ao combate, enquanto se cura constantemente.

O Devil Trigger comum de Vergil é um “Doppelganger”, clone de espírito do demônio de Vergil que o segue e imita seus golpes, auxiliando-o durante o combate e podendo atacar de forma acelerada, recuada ou igual a Vergil.

Por fim, seu Sin Devil Trigger pode ser usado para ataques especiais extremamente poderosos, como a finalização do Judgement Cut End (Yamato), a Deep Stinger (Mirage Edge) e o Hell on Earth (Beowulf).

Outras adições

A expansão de Vergil vem acompanhada da nova música de combate, Bury the Light de Casey Edwards e Victor Borba (e é ABSOLUTAMENTE FENOMENAL), além de poucas novas cutscenes no começo e no final da campanha, agora também em seu ponto de vista.

Conclusão

E afinal de contas, vale a pena comprar a Expansão de Personagem Jogável do Vergil? E a resposta é SIM, SIM, COMPRE ELA AGORA.

Eu sei que não é algo muito encorajador pagar por um personagem que já devia estar no jogo e tudo mais, e que a Capcom demorou uma quantidade considerável de tempo pra lança-lo, mas NADA é tão satisfatório quanto jogar com esse cara.

O Vergil nem é mais um “mero personagem” para mim. Ele é um estilo de vida, cara, e ele TRANBORDA e TRANSPIRA PODER e DETERMINAÇÃO, e eu o compraria de qualquer forma mesmo se não fosse testá-lo.

Confira o trailer da DLC:

Devil May Cry 5: Special Edition já está disponível para Playstation 5 e Xbox Series

Agradecimentos à Capcom por conceder a chave da expansão gratuitamente para análise.