Resident Evil 3 | Análise

Mesmo a um ano atrás, no lançamento do tão aguardado Resident Evil 2 remake, fãs já imploravam para a Capcom que o terceiro game da franquia fosse também refeito na nova engine que foi apresentada em Resident Evil 7. Demorou alguns meses, mas o anúncio veio e logo depois, trailers e mais informações sobre. O hype é real, Resident Evil 3 Remake chegou.

Logo quando comecei a jogar, percebi diversas semelhanças com o seu antecessor, os gráficos são literalmente os mesmos, sem nenhum tipo de melhoria ou se quer correção, até entendo isso, pois os dois jogos estavam sendo feito simultaneamente, não que isso seja um problema, os dois são jogos lindos, mas são idênticos, só mudam alguns cenários e personagens. A RE Engine é uma das se não o motor gráfico mais bonito que temos atualmente.

A saga Resident Evil nos seus primórdios, foi conhecida por ser mais um jogo de sobrevivência do que de ação. Os últimos jogos da franquia (em específico depois do 4) começaram a focar muito mais em ação e fazer pilhas de zumbi ao longo do mapa. Os tempos mudaram, survival horror não fazia mais tanto sucesso como gêneros de ação frenética, mas aos poucos a Capcom e outras desenvolvedoras começaram a optar por arriscar e voltar aos moldes antigos, e foi quando surgiram os remakes de RE, a princípio o 3 iria seguir a mesma formula do 2, focado muito mais na história e sobrevivência do que o combate. Mas ao voltarmos para Raccoon City percebemos que o jogo se trata muito mais de ação do que sobrevivência e terror, claro, temos os icônicos sustos já conhecido na franquia desde o primeiro jogo, mas nada demais, são muito mais zumbis na tela do que antes, te obrigando a ter que matar todos os pelo menos alguns para poder passar sem sofrer qualquer tipo de dano. Não que isto seja ruim, mas faz o jogo parecer mais um Resident Evil 6 do que o próprio 3.

Talvez a coisa mais esperada pelos fãs era a icônica participação do Nêmesis, zumbi modificado e criado para caçar membros do grupo de operação especiais da polícia de Raccoon City, S.T.A.R.S. Logo nos primeiros cinto minutos de gampelay o vilão aparece e depois se mantem frequente durante pelo menos a primeira hora, mas depois disto, sua aparição se resume apenas a lutas de chefes, não é nada como o Mister X, que, durante quase todo seu trajeto em Resident 2, te persegue avidamente até quase o final do jogo. Senti que o personagem foi mal aproveitado.

A história é basicamente a do original, com poucas mudanças. Vale lembrar que o jogo se passa um pouco antes de Resident 2, mas não encontramos com o Leon ou Claire durante o gameplay. Diferente do seu antecessor, só temos uma campanha aqui, a da Jill Valentine, policial da S.T.A.R.S que acaba tendo contato com Carlos Oliveira, soldado da Umbrella Corporation, responsável pela disseminação do T-Vírus na cidade, que transforma pessoas infectadas em zumbi.

O legal é que em alguns momentos, o gameplay altera entre a Jill e o Carlos, podendo experimentar em poucas ocasiões a jogabilidade com o soldado. Mas não temos uma campanha em que jogamos somente com um dos dois personagens.

MAS VALE A PENA?

Resident Evil 3 Remake é uma das portas de entrada para os aqueles que querem se aventurar no universo magnifico de Resident Evil, mas os fãs mais saudosistas talvez não irão gostar muito do remake, pois algumas coisas presentes no original foram excluídas ou bem reduzidas na nova versão

Confira o trailer logo abaixo:

Resident Evil 3 Remake está disponível para Playstation 4, Xbox One e PC.

O jogo foi cedido pela Capacom para ser realizado a análise. Testamos em um PC.