Super Smash Bros. é uma das maiores, mais amadas e mais populares franquias existentes. Mas antes de ser uma colaboração absurda da história dos videogames como um todo e uma festa de crossovers, Smash era apenas um joguinho de luta que reunia alguns personagens da Nintendo com uma gameplay diferente de qualquer coisa vista antes. As raízes de Smash datam da época do Nintendo 64, plataforma na qual o primeiro jogo foi lançado com 12 personagens, por volta de 10 fases (pra menos) e mecânicas únicas que até hoje continuam sendo umas das ideias mais originais em jogos de luta. Mas vocês sabem como funciona, então não vou ficar nisso.
Nos dias de hoje, Smash 64 se destaca pelo seu estado de vantagem absurdo e combos exagerados por conta do sistema de Z-Cancel caraterístico dessa entrada na franquia e muito hitstun. Também conta com a não-presença de Directional Influence, uma mecânica muito importante introduzida no jogo seguinte que se tornou um dos pilares pro estilo de gameplay que Smash introduziu. Por ser tão diferente em uma franquia como essa, 64 tem seu número de fãs atraídos por sua bizarrice mecânica, e entre eles, alguns muito talentosos… até demais.
É aí que entra Smash Remix. Todo Smash tem uma comunidade de mods absurda e isso já existe desde a época do Brawl e a criação de Project M, possivelmente o melhor mod de Smash já feito. E Remix, além de ser um produto da criatividade de toda uma comunidade, é um trabalho de muito carinho e atenção. Um filho criado com amor que a cada nova versão impressiona mais.
Remix se propõe a fazer algumas poucas coisinhas: mais do que dobrar a quantidade de personagens jogáveis, adicionar variantes tanto de cor quanto em moveset de cada personagem, multiplicar o número de fases por 10, adicionar pelo menos seis novos modos de jogo, novos itens, configuração absurda de cada pequena parte do título original e do mod, remixar músicas de todo tipo de jogo tanto da Nintendo quanto de fora com a fonte do Nintendo 64, fazer trailers extremamente dedicados pra cada versão nova, entre outras coisas menores mas nem tanto. É uma das modificações mais interessantes e criativas, além de esforçadas, que já foram vistas na franquia. E tudo isso mantendo o sentimento original intacto, tanto artisticamente quanto mecanicamente.
De alguma forma Remix faz com que Smash 64 volte para a data do seu lançamento, quando ele era o único que podia ser jogado e só sua existência era suficiente. Casualmente falando, por que você jogaria 64 ao invés de Ultimate? Agora tanto casualmente quanto competitivamente, o primeiro Smash é viável e cheio de conteúdo que toda hora é atualizado com mais coisas e provavelmente nunca vai morrer. Mas isso é apenas o conteúdo superficial, precisamos falar sobre cada coisa mais especificamente!
Elenco!
No início, Remix começou por trazer clones dos personagens existentes. Ganondorf usando Falcon, Young Link usando Link, Dr. Mario vindo do Mario, Falco com Fox e Dark Samus nos moldes da Samus. Isso já era bem original porque não existia isso com 64 na época (bem, tem o Luigi), mas hoje, esse é um passado bem distante. Os cinco clones originais foram atualizados para serem mais únicos, enquanto muitos personagens originais foram adicionados. Cinco clones, e ONZE personagens feitos do zero com muito carinho e trabalho. Não só isso, mas alguns personagens possuem versões regionais que alteram um pouco do seu balanceamento (como versão Europeia ou Japonesa), coisinhas como Metal Mario ou Giant Donkey Kong, aliados de versões Polygon de cada personagem. Ah, lembra que eu disse onze personagens? Na verdade são doze! Escondido no Luigi você pode apertar o direcional pra cima e trocar para Mad Piano! Que é o piano assombrado de Mario 64 com um dos movesets mais criativos do jogo. Além disso, alguns personagens novos também tem suas variações — como Giga Bowser e Super Sonic. Mas vamos parar de enrolar e falar sobre cada personagem!
Nota: Essas interpretações dos personagens não refletem a realidade do cenário competitivo avançado porque não faço parte do competitivo de Smash Remix. Essa é apenas uma visão casual de uma menina que joga muito esse mod sem compromisso.
Dr. Mario — Doc vem com diversas inspirações em jogos futuros na franquia e outros mods conhecidos como o próprio Project M. Suas mudanças em relação ao Mario vem no seu Down Air à la Falcon, com um Fair de soco que Mario tem do Melee pra frente, um Up B bem melhor fazendo o ótimo Recovery do Mario original ainda mais impressionante e o poderoso Back Throw do Ultimate. Seu Fsmash também possui efeitos de choque! Notoriamente, o projétil de pílula tem propriedades diferentes em relação às bolas de fogo, mas é difícil dizer qual é o melhor.
Young Link — Uma versão muito mais divertida do Link original na minha opinião (a opinião de uma Link Main). Sua maior mudança é velocidade pelo custo de alcance, fazendo com que Yink precise chegar mais perto pra atacar… o que acaba não mudando muita coisa honestamente. Seus novos ataques são seu Up Smash que virou apenas um Hit, Dash Attack que agora é rolar (muito mais útil), seu Down Air tendo propriedade de fogo, um Up B multihit que também serve como recovery melhor e um Bombchu como Down B, que é uma bomba móvel! É um dos mais divertidos de usar e na última atualização ele recebeu muitas coisas novas (algumas já mencionadas). Algo notável, além da sua espada e escudo inspirada em Majora’s Mask, é a presença de um throw que não usa Hookshot. Agora Link pode aproveitar dos throws absurdamente rápidos de Smash 64!
Dark Samus — Ela é um dos clones mais interessantes de Smash Remix, muito pelo seu balanceamento em relação à Samus original. Ao menos por uma visão superficial, é debatível se alguns ataques que mudaram estão melhores ou piores em relação aos originais, mas em suma, servem pra coisas diferentes. O down tilt diferente é o atual da Samus em Smash desde Melee, uma pequena explosão no chão. O Up Smash não é mais uma série de explosões, mas apenas um soco cobrindo toda a volta vertical da Dark Samus. Down Smash é uma ideia parecida com a original em que é uma evolução do Down Tilt. Dessa forma, ao invés de chutar para os dois lados, Dark Samus dá um soco no chão com o canhão e causa um terremoto. É um ataque bem forte e muito útil. No ar, seu Nair é parecido com Mewtwo gerando eletricidade em volta do seu corpo para atacar quem acabar tocando nela. Fair é apenas uma rápida explosão ao invés de uma série delas, enquanto Back Air é parecido com o atual em Smash. Nos Specials, o Up B da Dark Samus notavelmente tem menos altura, embora pareça ser mais forte como ataque. As animações são todas inspiradas em Ultimate, fazendo que esse clone seja esteticamente muito diferente do original e talvez um dos melhores em questão de oferecer uma diferença notável e balanceada à sua contra-parte.
Ganondorf — Como clone do Falcon ele é bastante impressionante, porque seu original é um dos melhores personagens de Smash 64 e um dos mais hype (como sempre). Ganon no entanto funciona de forma completamente diferente e, de uma visão casual, compensa bastante a falta de velocidade e combos mortais fáceis de executar, com poder puro e alcance. Seu Jab só possui um hit mas é uma maneira muito fácil de criar distância por ser bem forte. Up Tilt é uma versão muito mais rápida e útil do chute dinamite dos jogos mais recentes, e o mesmo pode ser dito sobre o Warlock Punch no Neutral B. Esse em específico, assim como Falcon Punch, pode ser usado pra recovery por ser bem rápido e impulsionar o personagem pra frente. Sua utilidade também é dobrada pela quantia de armor inserida no golpe. Os Smashes foram todos alterados para algo parecido com Ultimate, mas sem uma espada e sim o tridente clássico do Ganon. Os chutes duplos do Fair do Falcon foram trazidos para o Nair (assim como seriam do Melee pra frente), e o Fair agora é ocupado por um forte soco vertical parecido com o do Dr Mario, mas talvez muito melhor. Down Air também é mais lento, embora poderoso, fazendo com que as kills ridículas do Falcon não sejam tão comuns no Ganondorf.
Falco — Não muito interessante visto de fora, mas o potencial pra combos desse personagem é inaceitável. Com a adição do seu Up Tilt de dois tapas, o Fsmash sendo o “Roundhouse Kick” do Fox no Melee, e com Recovery aprimorados por um pulo maior e um dash no Neutral B, Falco tem o potencial pra ser melhor do que Fox que já era um personagem inacreditável. Isso sem falar no incrível spike do Down Air, algo característico do Falco. É um personagem bastante divertido se você conseguir lembrar que o Neutral B não é o laser e parar de se matar sempre que tentar zonerar heavies!
Mad Piano! — Acabou os clones! Mas vou falar sobre o piano porque ele ocupa o mesmo slot do Luigi. Esse é um personagem feito como uma “piada”, mas acaba por ser muito bom e bastante divertido de jogar! É meu heavy favorito e isso não é só porque Mario 64 é meu Mario favorito (provavelmente), mas pelo range e neutro absurdo do personagem. Por ser um piano é difícil imaginar muitos ataques que ele possa fazer, mas a variedade é razoavelmente grande. Usar o corpo gigante de um piano já é uma arma por si só, mas abrir e fechar sua “tampa” ajuda MP a atacar enquanto pode usar seus dentes afiados e boca para engolir oponentes, mordê-los e cuspir fora. Smash 64 usava muito de animações de esticar e mudar o tamanho de certas coisas nos ataques dos personagens, e isso é bem feito no piano que por vezes tem ataques que ele só estica um pouquinho um lado. O piano também dá dano no seu fast fall e no meio do seu dash, tanto por suas presas quanto por seu peso. Seu down air também é único por ser o único do tipo que joga o personagem que usou pra baixo, algo que só foi introduzido oficialmente em Smash no Brawl. Cuspir livros e tocar músicas bonitinhas também é algo que Mad Piano pode fazer e sua presença é uma das ideias mais divertidas que uma comunidade poderia ter.
WARIOOO!!! — Meu favorito de todos, obviamente! Na época do 64 não existia WarioWare, e Wario era considerado a versão corrompida do Mario que é baseado apenas em força bruta e egoísmo. E, claro, tudo isso era representado por Wario Land! Claro, esse moveset do Wario traz ataques de Smash, mas a maioria dos seus golpes são de Wario Land e, impressionantemente, de antes do 4! Na época que 64 lançou não existia 4 mas também não existia 3, que também é representado em Remix por algum motivo. De qualquer forma é um take bem diferente para um moveset do Wario em Smash e algo que aprecio muito. Neutral B é seu Shoulder Bash, que funciona de forma parecida com Project M em que você pode ir pra cima ou pra baixo ao usar. Down B é o poderoso Ground Pound! Que não é tão bom quanto o Pound Down Air em Project M mas é carismático. Seus tilts vêm direto de Ultimate, algo que aprecio demais porque ele tem o tapa na gostosa aqui. Dash Attack é o roll de Wario Land, enquanto os Smashes todos são diferentes de Ultimate. Fsmash faz ele se jogar com a barriga, com o Down Smash ele causa um terremoto com a barriga, e Up Smash é só um soco bem forte. Nos seus aerials apenas Fair e Up Air vêm de Smash, porque Nair é uma barrigada parecida com Virtual Boy Wario Land, Down Air são três chutes para baixo (poderosos spikes) e Back Air é uma rabada que não pode faltar. Também é interessante dizer que Fthrow é o arremesso básico de Wario Land.
Lucas — Lucas possui todo o seu moveset de Ultimate aqui, exceto por PK Freeze. É uma versão muito mais divertida do Ness mas… jogar com personagem de Mother, embora goste do jogo, não me atrai muito. Ainda assim, todos os seus aerials usam PSI e seu neutro, vantagem e desvantagem são muito melhores que do Ness. Mas o Recovery continua sendo bem ruim por ser lento e estranho de controlar. Não tem muito a dizer porque não jogo de Lucas em nenhum Smash e pelo moveset ser igual os mais recentes.
Bowser — Esse é mais original, com algumas decisões bem interessantes nos seus golpes. De certa forma, reúne partes de muitas encarnações diferentes do Bowser, como seu Side B atual sendo usado no Fthrow, por ser tão icônico. Fair e Bair de Ultimate, Down Air de Melee, Nair e Up Air de Remix. Esse Bowser não é só interessante mas muito forte por estar no 64 e ter acesso à Z-Cancels. Poder combar Down Air em Down Smash é só uma das coisas impressionantes que ele pode fazer!
Giga Bowser — Não um personagem de verdade por ser quebrado de propósito, mas uma adição muito divertida como uma boss fight! Giga triplica a força de todos os ataques do Bowser, tem uma penca de armor e leva quase nada de knockback. É a Boss Fight perfeita pra juntar duas ou três pessoas pra tentar vencer um CPU Lv 10 usando Giga Bowser.
Wolf — Impressionantemente, Wolf carrega seus golpes de Ultimate consigo. Claro, seu Neutral B e Up B são razoavelmente diferentes, mas todos os outros moves estão aqui! Embora eu goste muito dele em Ultimate (e do personagem em geral), acabei não me sentindo muito confortável com o pouco range que ele tem em Remix. No entanto ele parece ser um bom personagem e eu não me reajustei direito ao neutro dele. Ele também tem muitas cores alternativas.
Conker! — O primeiro personagem não só original em Smash 64 mas na franquia! Conker é a representação da Rare que nunca entraria em Smash mas que é feita jus em Remix, sem precisar de nada muito adulto. Conker usa granadas, estilingue, panelas, katanas, maçaricos, motosserra e até um pedaço de pau pra causar caos! Com um moveset completamente original ele é obviamente um dos destaques de Remix e é bem divertido. Uma fraqueza notável é que embora tenha bom recovery horizontal acaba por sofrer na verticalidade não tendo meios de ir muito alto.
Mewtwo — Com um Down B aprimorado e a possibilidade de usar Double Jump Cancel, Mewtwo está em uma das suas melhores versões em Remix. O recovery usando teleporte também ajuda! Ele é bem difícil de aprender mas tem ferramentas muito úteis pra quase qualquer situação, exceto se defender por ter uma hurtbox bem grandinha. Os ataques com a cauda são muito bons pelo seu alcance, algo que não era muito comum em Smash 64.
Marth — Range impressionante, dash dancing, neutro imbatível, ótimos throws, o melhor Fair da história, Ken Combo e voz de twink, Marth veio completo para Smash Remix. Eu esperava que ele viesse desde o momento que o primeiro personagem não-clone foi lançado porque ele simplesmente encaixa muito bem em Smash 64. Mas eu não esperava que ele ia vir com Dancing Blade ao invés de Shieldbreaker! Marth é um dos mais fortes personagens em Remix na opinião de… uma menina que não compete, então provavelmente estou errada. Mas a possibilidade de fazer combos mortais com um alcance extremamente seguro, de vencer neutro em qualquer ocasião e ainda ter recovery bom me faz pensar que Marth é uma máquina de destruição. E agora que eu posso dar Tilts sem precisar me preocupar em mexer o analógico no máximo dois milímetros, talvez eu de fato seja boa com ele!
Sonic — Direto de Adventure 1, Sonic tem um moveset bem mais original do que o esperado! Em relação a Ultimate, apenas um dos Aerials permanece igual que é a tesoura com as pernas do Up Air. Porque Fair é o Sonic Eagle, Back Air são dois chutes parecidos com Link, Nair é o famoso Sex Kick da maioria dos personagens de Smash 64 e Down Air é… correr!! Ele corre na sua cara. Up Tilt também é diferente, parecido com o de Project M dando um salto mortal pra trás. Up Smash são dois chutes pra cima, o que seria seu Up Tilt em Ultimate. Seus Specials são bem parecidos com o esperado, mas não tão úteis quanto em outras versões do Sonic. Homing Attack pode ser usado pra Recovery como um Air Dash o que é a melhor mudança, mas Up B não deixa você agir até o final da subida e o Spindash é muito mais fraco. Eu não sou muito boa com esse Sonic mas ele foi uma adição bem inesperada na época.
Super Sonic — Outro boss character! Mas é debatível se esse é mais forte ou mais fraco que Giga Bowser. Ainda assim, Super Sonic não traz só força mas MUITO mais velocidade pro moveset inteiro do Sonic, além de ter recovery duplamente melhor. É também um personagem que pode lutar de igual pra igual com Giga Bowser se você quiser! Mas esse pede mais habilidade pra utilizar do que o Godzilla de Smash.
Sheik — Trazendo Melee para o passado, Sheik comba todos os seus tilts em si mesmos e mostra como Z-Cancel é a habilidade mais roubada da franquia. Sheik sempre teve framedata boa em todo Smash, mas aqui ela não tem lag nos seus moves fazendo dela um boss character que é viável competitivamente! Ok, eu não sei se isso é verdade, mas ela é muito boa mesmo e combina bem com esse jogo. E ela também não veio acompanhada, então seu Down B é o salto Bouncing Fish, ao invés de trocar pra Zelda.
Marina! — A robôzinha adorável de Mischief Makers da Treasure veio pra Remix há poucos meses com um Cargo Throw e a possibilidade de transformar projéteis em itens pra que ela tenha projéteis também! É um personagem bem divertido (ela é muito fofa), e já faz tempo que tem fase de Mischief Makers nesse jogo sem ter a protagonista no elenco. Ela é provavelmente o único personagem que tem Up e Down Throw! Porque fazem parte do Special dela.
King Dedede — Por último mas não menos importante, Dedede veio junto com Marina e é minha versão favorita do personagem. Por algum motivo seus ataques são muito rápidos e ele tem três projéteis diferentes no seu Down B! Waddle Dee, Waddle Doo e Gordos, servindo pra diferentes coisas mas normalmente pra controlar todo o cenário.
Fases!
A minha adição favorita de Remix são as inúmeras fases que foram adicionadas, e não só adicionadas como sempre reinventadas. Não só a possibilidade de tirar movimentação das plataformas ou hazards mas mudar o próprio Layout da fase fazem com que a seleção de cenários de Remix seja melhor que a dos jogos oficiais! E eu gostaria de apresentar algumas fases que representam bem a qualidade do jogo.
Fases Beta — Muitos cenários tem versões não finalizadas de desenvolvimento, ou apenas fases que não são jogáveis no jogo original mas estão lá nos arquivos. Essas fases são: Peach’s Castle, Dragon King, Meta Crystal, Duel Zone, Final Destination, First Destination (a mesinha dos bonecos na abertura), Showdown (também da abertura), Dream Land Beta 1, Dream Land Beta 2 e How To Play. Essas obviamente não são fases criadas pelo Remix, mas estão no jogo de uma forma ou de outra e agora são jogáveis!
Dream Land Stages — Um bom número de fases possuem versão DL, que seria o equivalente à Battlefield desse jogo. Battlefield existe na forma da Duel Zone aqui, mas no competitivo Dream Land sempre foi a fase padrão então é ela que é usada. Inclusive, embora possa ser desabilitado, as fases Dream Land tem hazards próprios! Assim como a versão original que possui o vento da árvore, Saffron City tem a plataforma do meio que se move, e Sector Z naves aparecendo pra meter bala em você. De novo, você pode desativar tudo isso.
Omega Stages — Fases planas sem plataforma, assim como as Omega em Smash 4 e Ultimate. Não costuma ter nada demais nelas.
Remix Remakes — Algumas fases também possuem remakes de layout feitos especificamente pro Remix, alguns baseados em fases de outros Smash, e outras originais. Mushroom Kingdom SR é uma versão inspirada pela Mushroom Kingdom de Melee. Winter Dream Land… é Dream Land no inverno! Dream Greens é inspirada em Green Greens do Melee, mas sem os blocos e plataformas semi-sólidas tapando os buracos. Sector Z SR é apenas a parte traseira da nave, mas muito maior. Tent Final Destination adiciona uma tenda no meio da fase pra atrapalhar e fica por isso. Dragon King SR faz essa fase de desenvolvimento finalmente divertida de jogar, já que agora tem ledges. Mini Yoshi’s Island é Yoshi’s Island! Só que menorzinha pra ser um pouco mais competitivamente viável (ainda não é).
Ganon’s Tower — Essa é uma fase com layout original e competitivo. Duas plataformas no canto da fase saindo pra fora dela e uma grande no meio mas em cima. Esse layout aparece em outra fase também! Eu gosto muito dessa e do Layout em si, assim como dos visuais que são espetaculares nessa. A outra fase que usa esse Layout é Spiral Mountain de Banjo-Kazooie, acho que nessa as Blast Zones mudam um pouco e a fase é bem maior!
Cool Cool Mountain — Uma fase casual, e tem muitas dessas em Remix! O design original representa bem Mario 64 com umas 4 plataformas jogadas no ar, uma parte da montanha, uma ponte e duas semi-sólidas de gelo. No fundo, temos o boneco de neve olhando! Como esperado, as plataformas de gelo deslizam. Essa fase tem um redesign também, que embora perca um pouco do brilho por ser simétrica, é meu tipo de fase favorita. Ela é mais voltada pro “competitivo” mas CLARAMENTE não é viável. Inclinações muito grandes e plataformas de gelo; isso não é competitivo, mas esse tipo de fase que é mais ortodoxa e quase consegue ser viável é o tipo que eu mais gosto em qualquer Smash. Embora competindo em Ultimate, minha ruleset favorita deixa Green Greens e Brinstar ligadas (sem Hazards, claro).
Dr. Mario — Uma fase com design simples. Chão reto, duas plataformas pouco antes da ledge, mas ainda assim não sendo igual à Pokémon Stadium. A fase é uma mesinha de um médico com um computador, remédios e uma prancheta. Nenhuma fase compartilha esse exato layout, o que é bem interessante.
Game Boy Land/Muda Kingdom — Game Boy Land é uma fase muito impressionante que muda de Layout mostrando diferentes jogos de GB. É o tipo de ideia que não estaria no 64 mas aqui estamos em Smash Remix. Mario Land, Kirby, Pokémon… e uma música com Medley de vários jogos. Mas antes da fase ser Game Boy Land ela era Muda Kingdom, uma fase apenas de Mario Land 1. Ela ainda pode ser jogada! O layout inclui algumas plataformas posicionadas de uma maneira aleatória representando montanhas, assim como seriam no jogo original. Tem um cano no meio também, com o design de canos de Mario Land. Existem outras fases que tentam representar consoles também, elas são: N64, que é a logo do Nintendo 64 com umas quatro plataformas em volta. Essa fase é muito dream fuel e esquisita, além de propositalmente desconfortável de lutar em cima. Também tem Flat Zone 1 e 2, representando o Game & Watch.
Kitchen Island — Uma fase simples em que você luta em cima da fortuna do Wario! Tem algumas plataformas também do lado de fora e no centro da fase. A fortuna do Wario inclui um capacete viking e a caixinha de música de Wario Land 3.
Muitas fases de Melee, Brawl, 4, Ultimate… — WarioWare, Kalos, Pokémon Stadium 1 e 2, Smashville (com visual de Animal Forest 64!), Mementos, Lylat, Great Bay, Fountain of Dreams, Onett, Big Blue, Corneria, Peach’s Castle II, Hyrule Temple, Congo Falls, World 1–1 de Mario 1, Yoshi’s Story, Venom, Jungle Japes, Castle Siege e Yoshi’s Island II. Todas perfeitamente reproduzidas, mesmo os Hazards que algumas tem. Embora não faça sentido algumas como Mementos, mais fase é mais fase e elas são bem divertidas de jogar como são em outros jogos. Claro que Temple não é a mesma coisa sem Walltech mas ainda dá pra se divertir bastante!
Tal Tal Heights — Uma fase de Link’s Awakening! No topo da montanha que fica aquele ovo rosa gigante. O chão é reto, tem duas plataformas inclinadas nos cantos e uma pequena reta no meio acima delas. É um layout ótimo!
Smashketball — Essa é uma das mais legais, porque é meio que um minigame! Você tá em um campo de basquete e nos dois cantos da fase tem barris. Se você for lançado em um, morre, mas não tem como morrer de outra forma sem ser indo pra baixo porque tem paredes e telhado na fase impedindo. É completamente casual!
Delfino Plaza — Uma fase que muda de layout toda hora mas sem a parte das ilhas ou montanhas que tem em jogos recentes. São apenas várias plataformas divertidas de jogar encima, nenhum layout competitivo.
Glacial River — Uma fase de… Marvel vs Capcom 2! Com música de lá inclusive. O chão principal tem duas inclinações pra baixo indo até o meio, significa que no meio tem uma parte do chão que é mais baixa que as laterais. No meio da fase tem uma plataforma também. Além disso tem um redesign dessa fase que deixa esse chão reto pro cenário competitivo poder escutar soundtrack de MvC2.
Gerudo Valley — Uma das minhas favoritas pelo design estranho mas bem divertido. Tem três plataformas que estão jogadas em lugares muito aleatórios quase que formando uma seta pra direita. A altura e posicionamento são esquisitos mas é muito legal jogar nessa fase, além de ter ótimas músicas. Gosto de fases simples que mudam um pouco a regra de simetria que as competitivas usam.
Goomba Road — De Paper Mario, essa tem outro layout simples. Uma plataforma no meio e duas mais altas nos cantos. É bem única e nenhuma outra fase tem essa mesma ideia de plataforma.
Bowser’s Keep — Ao contrário do esperado, não é o castelo do Bowser com lava que sempre acaba sendo. É o topo do castelo em Mario RPG, com Smithy de fundo! Tem duas plataformas no lado de fora da fase que ficam aparecendo e sumindo (entrando dentro da parede), então é um layout que fica mudando. Embora simples é uma fase bem legal, se não fosse pelo background completamente vermelho (que também tem no jogo original).
Rith Esa — De… Jet Force Gemini? Eu conheço o jogo mas nunca joguei, ainda assim tem uma fase bem legal. É completamente casual; contém uma montanhazinha no meio e duas do lados dessa com um morrinho em cada. Lutas nela são interessantes, só tem que se cuidar com os buracos no meio.
Windy — Um moinho no topo de uma montanha com uma colina na esquerda. O moinho de vento cria quatro plataformas que ficam girando e, por ter uma parede, é uma fase completamente casual. No entanto, os visuais são excelentes então vale a pena escolher ela de vez em quando.
Planet Clancer — Duas plataformas nos cantos, um pouco pra fora e um pouco pra dentro da fase, e uma lá embaixo que fica indo e voltando entre a parte esquerda e direita. Esse é um cenário de Mischief Makers e sem hazards/movimentação é facilmente uma fase competitiva.
Green Hill, Casino Night, Metallic Madness — Sonic tem três fases! E todas tem design único e seus próprios Hazards. Green Hill tem apenas uma plataforma no meio balançando como… um balanço! Casino Night é bem mais complicada, tendo três plataformas sólidas principais. Uma no meio e duas nos dois lados dela um pouco mais abaixo. No chão do meio tem uma plataforma semi-sólida normal e… três bumpers! Um redondo no meio e dois triangulares do lado dele. Essa fase é bem divertida de jogar por causa disso, porque os bumpers atrapalham todos os jogadores em conseguir kills e fazem as lutas se estenderem até 250%. Metallic Madness tem dois cilindros do lado do chão principal que sobem e descem e uma plataforma razoavelmente grande no meio da fase. De vez em quando uma abelha vai passar lançando raios que diminuem o tamanho dos personagens, o que é bem divertido quando os dois são acertados, mas chato se só um se ferrar.
Rainbow Road, Toad’s Turnpike — RR é uma viagem por volta de toda a Rainbow Road do 64, inspirado em muitas fases de Smashes futuros que fazem o mesmo. Enquanto isso, TT é uma viagem pelo trânsito da fase de mesmo nome de Mario Kart 64, por cima de caminhões e ônibus cuidando para não cair pra fora acertado pelas placas ou por seus amigos.
Dracula’s Castle — A entrada da sala final de algum Castlevania com a escadaria… e eu espero que seja Castlevania 64! Ao menos usam as texturas desse jogo. Também tem uma versão de cabeça pra baixo, que é muito mais divertida de jogar. É difícil explicar o layout porque ele é muito complexo, mas é uma fase legal.
Pirate Land — A última fase de Smash Remix que vou falar sobre é uma que veio do Mario Party 2… e é aquela ponte maldita com mil espaços verdes que te levam pro início da fase. Aqui é uma grande linha reta com duas plataformas nos cantos (em cima de ilhazinhas), e aí a ponte no meio. Na ponte, um navio vai ficar atirando sem parar, mas você tá protegido nas ilhas. É muito fácil morrer nessa fase, até porque as Blast Zones estão muito perto do chão.
Modos de Jogo e Recursos!
Remix 1P — Classic Mode, mas com conteúdo do Remix! Só fases e personagens do mod o que… é muito mais que o jogo original! É divertido mas bem difícil.
All-Star Mode — 3 corações, de uma a cinco vidas, todos os personagens do jogo. Um desafio bem interessante e razoavelmente diferente dos All-Star de outros Smash, muito porque esse é mais longo já que é uma luta por personagem.
Multi-Man Mode — Nesse você vai lutar com infinitos Polygons para conseguir pontuações altas! É como qualquer outro Smash mas não gosto muito desse tipo de modo.
Cruel Multi-Man — Agora todo Polygon é um monstro, forte e inteligente. Bem, ao menos deveria ser, você acaba sofrendo mais porque são vários de uma vez.
Home-Run Contest — Um sandbag na sua frente e do seu lado um taco, você tem alguns segundos para lançá-lo o mais longe que pode. Eu normalmente não jogo muito modos secundários mas são adições bacanas pra uma experiência mais casual, com coisas que só Smashes seguintes teriam.
Break The Targets, Board The Platforms, Race to the Finish — Você pode jogar esses três modos pelo menu com personagens do Remix, que tem seus próprios mapas pra cada um (exceto o último que é igual pra todo mundo).
12 Character Battle — Uma luta entre 24 personagens — cada jogador tem 12 deles. Você escolhe quem vai ser e, quando perde uma luta, troca de personagem. Por algum motivo não tô achando o cast inteiro do jogo no menu então não acho que tá finalizado.
Configurações — Normalmente eu não listaria isso mas é bem importante. Remix traz uma série de opções pra customizar a experiência, e várias delas podem ser configuradas aqui. Tem opções simples como tirar tela de resultado, segurar pra pausar, personagem piscar quando fizer Z-Cancel… ou coisas mais específicas! Existe um modo de “Cruel Z-Cancel”, em que o jogo pode te punir caso você erre o cancelamento. Ele pode te dar 7% de dano, fazer o chão virar lava, te dar shieldbreak, simplesmente te matar, fazer você dar taunt, enterrar no chão ou você pode ligar todos e vai receber um aleatório. Você também pode configurar os modelos dos personagens pra serem High ou Low Poly, assim como fazer as hitboxes aparecerem (que no 64 são quadradas ao invés de círculos). Coisas mais gerais que sempre vão estar ligadas é o Combo Meter melhorado do Remix, ou AI melhor (esse eu tiro foda-se sem paciência com CPU), Widescreen… e, é claro, você pode ligar diferenças regionais como sons, SDI, ou Hitlag. Tem coisa que eu nem faço ideia do que é como Momentum Slide, e você pode ligar Tripping do Brawl também se quiser um pouco de irritação.
Como se não bastasse tudo isso de coisa (nem falei tudo), você também pode configurar todas as músicas do jogo e decidir quais quer ou não quer que toquem. Também dá pra configurar a seleção de fases! Não só mudar o layout pra algo competitivo, como ligar e desligar qualquer fase que quiser e decidir se vai ter Hazards ou não, coisa que você pode fazer até na hora de selecionar. Você também pode mudar a câmera mas não sei porque faria isso. E por último, você pode criar Player Tags pra aparecer seu nome no meio da luta.
Seleção de Personagens — Saindo de modos de jogo, temos também muita customização direto na seleção de personagens. Apertando no ícone da Smashball ao seu lado você pode mudar muitas coisas que podem fazer as lutas mais divertidas. Dá pra mudar a cor do seu escudo, pegar uma Tag, deixar seu personagem invisível ou mudar o modelo ou mostrar o esqueleto, adicionar uma HUD mostrando os inputs, mudar o tamanho do personagem, seu número de vidas, configurar o Knockback(?), adicionar frames de Delay (provavelmente pra treinar pro online), escolher um item pra começar a partida, habilitar o Item Taunt que ao dar Taunt o personagem tira um item, mudar o botão do Taunt, dar um chapéu específico pro Kirby (tem chapéus pra cada personagem do Remix também!) e, meu favorito, dar uma função pro D-Pad. Os direcionais podem dar Smash, Tilt, Special e o que mais me animou, te movimentar. O problema é que a movimentação ainda não é muito boa, eu imaginava que ficaria algo melhor para o teclado mas me enganei um pouco. Primeiro que ainda tem Tap Jump dificultando Up Tilt, segundo que, embora tenha Dash dando dois tapinhas, isso também se aplica pra sua velocidade aérea. Significa que você tem que ficar dando dois toques pra se movimentar no ar o que não é nada natural. Ainda tem espaço pra melhorar e eu to ansiosa pra ver onde eles vão com essa opção.
O jogo em geral
Apenas citar as coisas que o mod tem não é exatamente uma análise, mas acho que é uma maneira viável de mostrar o esforço por trás do projeto. Ainda assim, eu preciso trazer minha opinião em um texto como esse (embora tenha feito isso de certa forma durante ele). Esse é um jogo bastante divertido e o conteúdo do Remix sempre me faz voltar pra um Smash que de outra forma eu acabaria quase não jogando. Smash 64 me marcou muito porque eu acabei por jogar todos em ordem durante a vida, e 64 foi tudo que eu tinha até mais ou menos 2013. Eu também tinha Super Smash Flash 2! Mas esse é pra outro dia. O único problema é que ele não é um jogo tão divertido quando você não é uma criança.
Smash 64 é extremamente difícil de se acostumar, mas mesmo quando você eventualmente se acostuma ele consegue ser bem frustrante. Acho um jogo muito bom, mas nenhum jogo deveria punir um jogador por tentar se defender. A falta de DI, o shieldstun insano e não ter muitas manobras defensivas como techs na parede, spot dodge ou air dodge fazem do 64 um ótimo jogo se você estiver ganhando e um péssimo quando você tá perdendo. Por isso ele também é de longe o Smash mais desbalanceado, já que se um personagem perde a matchup ele PERDE a matchup e perde demais. Embora Remix tenha muito potencial competitivo e seja jogado assim, experienciar de maneira mais casual acaba sendo bem menos frustrante e jogar com amigos é muito divertido pelo tanto de coisa aleatória que tem pra fazer (como Smashketball).
Mas é muito emocionante ver um projeto de carinho como Smash Remix, e mesmo não gostando tanto de jogar Smash 64 eu sempre volto pro Remix. É um mod que tem meu total suporte e que me diverte demais, e gostaria de levar ele pra mais pessoas. Remix tem um canal no Youtube e uma conta no Twitter que você pode usar pra seguir o projeto e jogar; provavelmente deve ter um servidor no Discord também. No mais, obrigada pela leitura que foi mais uma promoção de Remix do que análise. Boa noite.
